quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Chegando - XXV

Chegando - '25'

Vindo no lombo do Baio, é recebido por um dos marinheiros do navio do Arpoador dizendo: -Voltou maloqueiro! Chega aí! Me de um abraço. O Mensageiro mais que ligeiro entra no abraço de carinho de seu velho amigo do Vilarejo e pergunta do Arpoador e é recebida a pergunta com uma lágrima no olho... O Mensageiro entristecendo, pois tinha visto seu amigo. Pergunta o que aconteceu e o Marinheiro conta sobre a lenda da Pequena Menina em que o Arpoador desafiou o Protetor da Geleira matando-o e morrendo junto, parecia que ele queria isso, passamos a noite bebendo e ele dizia que a vida não era mais pra ele...

Me conte mais disse o Mensageiro, o Marinheiro começou a falar que após morrer a Pequena Menina, os tubarões começaram a atacar o Baleeiro. Eram muitos golpes, as baleias começaram a se aproximar, nem tínhamos armas e homens suficientes pra se defender, estávamos perdidos. O Baleeiro estava entrando muita água,  éramos prezas fáceis... As geleiras começaram soltar pedras gigantes de gelo, as ondas cresceram e nós ali vendo a morte. O Baleeiro quase submerso, surge do fundo uma gigante baleia Branca e uma Luz verde clara. Era a Pequena menina, os tubarões pararam o ataque, as Baleias todas envolta a Pequena Menina pede pra todos subirem na Baleia, na mesma hora subimos todos... 

A gigante Baleia Branca nada em direção a margem e a Pequena Menina diz: -Eu não morri, eu viro o Polvo, eu protegerei as Baleias, mas não serei uma sobra e sim uma Luz Verde. Estou voltando pro mar minha casa, nasci menina mas morri luz. Voltem pra suas casas também, cumpram sua missão...
O Malvado, um dos marinheiro do Baleeiro amigo de infância, assim como todos ali diz: -Minha missão é defender as Baleias, a loucura de meu irmão meu amigo Arpoador não vai ser em vão vou doar minha vida nessa razão!! E todos em um grito de guerra decidem o mesmo caminho...

A Pequena Menina sabia que precisaria da ajuda que guerreiros, seriam bem vindos dizendo: 
--Tem um navio sozinho aqui perto, vou levar vocês lá. Voltem a seus lugares e tragam seus amorés, existe uma cidade antiga na fenda entre o gelo e a terra, vivam ali, acendam a fogueira sempre que verem perigo. Existe no ponto mais alto um lugar próprio...
Chegamos ontem e vamos voltar nossas namoradas e mulheres estão de acordo diz o Marinheiro. O Mensageiro diz:  --Assim eu vou doar um navio, perguntando: _Tu viu o Comerciante? O Marinheiro disse: -Ele está ali na peixaria. Mais que rápido o Mensageiro vai à peixaria dizendo ao Comerciante: - Tu quer ainda minhas terras?? O Comerciante empolgado diz que sim. 
O mensageiro responde: - Eu quero um navio e dois casais dessas espécies, sementes e essas ferramentas que estão aqui na lista. O Comerciante aceita..

Ao se virar, dá de frente com o Padre, um homem bondoso, o Mensageiro diz: - O o senhor não tem nenhum Jovem pronto pra mandar junto com esses marinheiros e família? O padre responde: -Tenho sim filho. Diz o Mensageiro: - Que bom!! Vou providenciar o que a Igreja vai precisar. O Comerciante diz assim: - Deixa Mensageiro, eu vou fazer isso! Grato fica o Padre com um bondoso sorriso de agradecido...

No Pensamento fica o Mensageiro sobre como ia dizer isso, para a Graciosa e a Encantadora que estavam no Vilarejo, que dava horas de viagem e sai em direção a casa do Armeiro, que lhe devia a tempos umas Moedas que Brilha para pegar armas e barris de pólvora pra essa Vila que se formaria. O pedido do Mensageiro era que o nome da vila fosse Graciosa, onde se protegeriam as Baleias dando sentido a morte de seu amigo aventureiro que amou tanto e não viveu o amor...
O navio que ele doou se chamaria Arpoador e na bandeira ele mandou bordar um coração cercado de alecrim dourado, simbolizando o amor e a cura vinda da Graciosa, o amor de seu amigo, sua eterna amiga.

Com tudo acertado em uma semana sai os navios. O Mensageiro deseja boa fé e paz em seus caminhos e vai seguindo sentido ao seu reencontro de um amor quase impossível que a tempo o mantém vivo...

-Por Rodrigo'cC'-