A Fogueira - '06'
Levanta-se o Cabeludo percebendo que o Híbrido se aproxima e ao sentir sua alma, se alivia. Com um gesto todos ficam quietos e se levanta a Onça Negra, amiga de Olhos de Céu. Olhando cega na mesma direção colocando todos em alerta. O medo se espalha, a energia na cena fica negativa, o Híbrido se aproxima em passos contínuos, todos tomados pela adrenalina, ele se senta ao lado de Olhos de Céu que o recebe com um sorriso..
A Onça Negra meio ciumenta, chega resmungando, mas vai acalmando-se, pois tem o sexto sentido percebe que não há perigo. Os corações se acalmam, acabam o agito. O espiritualizado da aldeia lhe oferece uma ceia, o Híbrido cansado, alimenta-se.
Ao amanhecer sobe na Figueira no centro da aldeia e faz sua morada, com galhos e folhas de coqueiro.. Cedinho aquele 'fervo' da brincadeira da Onça negra, num pega e não pega com o Hibrido que tinha reconhecido as penas na cabeça dos Índios e se acalma, pois era filho de um que tinha sido achado bebezinho de uma tribo ao extremo Norte do mundo novo de onde tinha vindo..
Ao amanhecer sobe na Figueira no centro da aldeia e faz sua morada, com galhos e folhas de coqueiro.. Cedinho aquele 'fervo' da brincadeira da Onça negra, num pega e não pega com o Hibrido que tinha reconhecido as penas na cabeça dos Índios e se acalma, pois era filho de um que tinha sido achado bebezinho de uma tribo ao extremo Norte do mundo novo de onde tinha vindo..
Com o passar do tempo, todos da Tribo abismado com o Híbrido e a Encantadora tentando lhe ensinar a falar, pois ele aprendia rápido, só olhando aprendeu a fazer fogo e com o Cacique aprendeu a usar o arco. Era habilidoso nas árvores, aprendeu muito com a tribo. Havia regras, respeito e uma linha evolutiva onde tudo tinha o tempo certo para o amadurecimento..
A Fogueira era um lugar abençoado pela qual o Híbrido tinha carinho, depois do dia em que o fogo dominou, nunca mais a chama se apagou e em sua volta as histórias do Cabeludo e o Mensageiro, às refeições, grandes decisões da tribo se tomaria. O gostoso era o dia do cachimbo tinha uma dancinha que até chover fazia!! Um momento de pura magia..
Desde sua chegada, o Híbrido prestava atenção na fala de uma forma curiosa e a Encantadora lhe ensinando a falar, esperto, fiel a Olhos de Céu a protegia sem cortar sua liberdade. Ele e a Onça Negra não a deixava longe, muita luz ela tinha e pra ela e a Onça Negra suas primeiras palavras dizia era o segredo que eles tinham..
A noite todos na beira da Fogueira, um silencio, diz o Híbrido, que essa noite ele diria sobre a Mãe Natureza e sobre o que via dizendo, que a árvore é o ser mais generoso, pois dela tudo se tira: a sombra, o fruto a madeira pra fogueira, até o ar que se respira e que o passarinho faz seu ninho, todo arrumadinho, conquista seu amor pra vida e é leal, alimenta sua amada dias seguidos enquanto ela choca seus filhos e depois de nascidos de igual pra igual alimentam e dão um caminho ao seus filhos levando a fidelidade até o fim de seus dias..
Já no momento triste de ser diferente, estar só no mundo, uma lágrima no canto do olho e ele diz que por mais triste que pareça, ele é feliz por ter a vida, por ser livre e ter amigos que não o deixa se sentir sozinho. Leais que te percebem sem sequer dizer uma palavra, no jeito ou na olhada e agora chegava a vez de falar do Cacique e começaria ali mais uma história e essa é a do dia em que ele salvou os seus e o Mensageiro dos Homens da Caveira de tantas contadas a beira da Fogueira....
-Por Rodrigo 'cC'-
03/08/17