sábado, 30 de outubro de 2021

Quando a Amizade vem da Alma- Por Rodrigo cC-

Polaquinho

Velha alma conectada, amiga,

não jugou no Meu pior tropeço,

o efeito do tempo o tombo,

uma alma, corpo, sentimento,

uma vida depreciada,

 mas o tempo a energia bem vinda,

nos colocaram de volta,

no mesmo momento,

sua alma boa e sábia,

estendeu a mão a minha,

me devolvendo a alegria,

que a tempos não sentia,

seu comportamento e conversa,

sua vida atípica,

sua energia que passa paz e alegria,

abriu todas as portas,

que Eu não percebia,

sua verdade trouxe,

a cura que Eu achava perdida.

Por Rodrigo cC


domingo, 10 de outubro de 2021

Bom Dia!! Boa Noite !!


Bom Dia! Amanhecendo o som do voo dos jacus descendo da Araucaria, o galo índio guerreiro tataravô no terreiro no bater de asas cansado, solta seu canto curto, rouco. O riscar do fósforo põe fogo a lenha fazendo a chaleira apitar. Na mão a cuia, no pacote a velha erva mate herdada do velho índio Guarani, no outro gosto, o cheiro do café e o bolar do fumo na palha. Cantando no portão da varanda o sabiá laranjeira, na jabuticabeira a sabiá preta atenta e uma outra na gigante araucária, na disputa de quem canta mais. O canário terra nervoso agora dono da casa do joão-de-barro canta sem parar, o pintassilgo degustando as sementes aladas do almeirão onde andou o caracol na madrugada, o habilidoso serelepe vem pelo fio de luz até a varanda para se alimentar das sementes ao som da bagunça dos beija-flores, na cabaça furada o ninho da corruíra, atrás do velho quadro passado de pai pra filho a lagartixa, na amoreira a diversidade de sabiás e saíras e suas cores, a tiriva degustando a flor do ipê amarelo, a  revoada cantarolada do bando de chupim folgado que explora, o tico-tico, os pardais a tomar banho na areia, o cachorro largado não levanta nem pra abanar o rabo, cansado com uns furos novos herdados da folia da madrugada e com a cara de brava sua dona a sovar o pão dizendo: - Mas é cachorro! O seu Dono de riso frouxo lhe faz curativo dizendo: -Larga dessa vida maloqueira, tu está velho Caramelo.
Chega a chuva fazendo música, de batida a lenha rachada na machadinha pra assar o pão, feijão sobre a mesa sendo escolhido no carinho, de ponta cabeça o frango morto vai virar almoço, o manso bonito lindo, fugindo da chuva faz música sobre a gigante samambaia, a velha sabiá-branca apronta seu ninho forrado do algodão da paineira sobre a velha cristaleira porta treco, na varanda cheia de vasos e flores onde volta e meia faz visagem o peralta camundongo.

Almoço sobre a mesa, o caramelo se esperta é o frango do quintal o qual ele sempre namora com os olhos ao passar a língua na boca com aquela cara de vagabundo. Na conversa sobre a mesa sobre um país o qual mais um presidente não sabe bolear a Brasília onde a gasolina está cara e a comida nem se fala, onde a salvação é salvar a moeda.
Um descanso ao som de uma moda sertaneja raiz.
Momento preocupação, tomou seu remédio minha velha,  o caramelo ainda com cara de vagabundo no mesmo tapete que deitou tantos outros caramelos que já partiram, desde o que chegou de presente de casamento, o que correu com os filhos,o que brincava com os netos, ao que cuidava da casa com muitas vítimas em suas escapadas na rua ao engraçado por ser atrapalhado a esse maloqueiro que esta aqui de companheiro na velhice.

Na seção da tarde Lagoa Azul, logo após uma velha novela pra lembrar eles como as coisas já foram. O pão cheirando, o velho já pensa na margarina derretendo e o café com leite, e já bola um fumo na palha, café da vontade de fumar, combina com sua velha sobre a janta. Resolvem juntos fazer a polenta que com o frango caipira é uma delicia e de refeição noturna a última sacola de pinhão. A velha pega três pra fazer mudas, vão até a horta, pegam terra, o velho pega mais umas sementes de pau Brasil e ali se distraem. Vão ao passado lembrando da Vila que era campo e mata e hoje apenas concreto. Já com ideia certa que terá o destino as mudas, na academia ao ar livre da Vila. Pegam uns potes de sorvete e ali a tocar a semente a água liga a vida e o velho diz: É tão fácil ajudar a Mãe Natureza, quantas árvores plantamos em nossos passeios e pescarias. A velha diz:- Ao longo de cinquenta anos de casados, foram muitas. O velho diz: - Essa foi a cultura que criamos na nossa família e alguns filhos, netos e bisnetos pegaram gosto.

Entardecendo as sabiás num disputar de cantos, o piem grita, os passarinhos silencia, o bem-te-vi guardião do quintal destemido voa sobre o piem o bicando e o espantando.  Chega a tarde o canto rouco curto do velho galo índio de dez primaveras, o assovio das asas da chegada dos jacus que passam primeiro pela varanda pegar suas bananas, o enlouquecer com a chegada da noite põe os beija- flores a beber mais água doce sem parar num cantar num brigar , a lagartixa sai detrás do quadro, os últimos cantos das sabiás .
Já tem lua sorrindo, o grito da coruja suindara anuncia a noite, a cigarra fica esperta, a coruja sumurucucu está na Paineira, no Jerivá os morcegos a catar coquinhos.
Frango com polenta sobre a mesa, o silêncio da noite, gratidão de um pelo outro existir, num sorriso de olhos um traz a salada o outro serve o suco. No descansar, o rir com a fita de vídeo cassete do Mazaropi, na gentileza o velho abre o pinhão, no colo dela o potinho de sal e outro de manteiga, aquele namoro sem palavras que os levou tão longe. Um copo de leite, outro de água em criados mudos. Um boa noite.
Por Rodrigo cC

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Amorrrrr


 De repente estar acordado minha Amada´

 perdeu o sentido num tom de pesadelo ,

de olhos abertos chamado realidade,

de não a ter aqui rindo, sorrindo pra mim.

 E dormir é estar vestido de uma vida antiga,

indo num entender, vindo num pra sempre,

de historias diversas de Um amor,

 escrevendo a próxima que sera a mais incrível das vindas..

RoSa


Marcas Desse Amo-Banda Universos