segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Meus Heróis - Rodrigo 'cC'

Meus Heróis são do Sul
Desde minha amada Paranaense Pimentinha, delicia dos meus dias que me faz escritos, amado, feliz e realizado, a guerreira Catarinense Anita Garibaldi, que lutou pelo sul pela união da Itália, do lado do amor puro, que era energia viva pra tanta ousadia, ao majestoso gaúcho Bento Gonçalves, lutando pelo abençoado povo do Sul, que também teve seus soldados lutando em outras guerras contra o Uruguai e Paraguai. que temos o sangue no chão por nosso Sul, por nossa nação. A Catarinense tipo Santa Zilda Arns que fazia o bem sem olhar pra quem, do Paranaense Sergio Moro que fez da capital paranaense a república que luta pelo povo e justiça, fim da tirania que rouba nossos valores nos dando de efeito a falta de saúde, educação, evolução. Aos gaúchos Engenheiros do Havaii que faz tão belas e sabias músicas.

Meu Sul é um lugar de encantos e magia onde sem tem desde da neve, as praias mais belas, tem a araucária tão rústica e única, tem as baleias que aqui procria, frio gostoso, geadas e calor intenso que ilumina a vida desse povo mestiço, de índios, negros, povos de todas as cores do mundo inteiro que fazem desse lugar pequenino um dos cantos mais produtivos desse solo brasileiro..

- por Rodrigo 'cC' -
Exército de um homem só - Engenheiros do Hawaii

domingo, 30 de dezembro de 2018

Alma de Sonhador - SamBennett


Ás pessoas me perguntam porque não escrevo mais sobre mim. Eu respondo: -quase tudo que escrevo falo sobre mim, minha história, minhas angústias, momentos bons, outros nem tanto. -Digo mais: -escrevo muito nas entrelinhas. A pessoa que sabe o que estou naquele momento sentindo, talvez me sinta e entenda. Já os leitores precisam ler com alma e não com olhos apenas. Precisam sentir. Todo escritor sempre deixa uma mensagem sobre os momentos deles em seus versos.
- Um pouquinho de mim -
Sou intensa, amo com todo meu ser. Conversas superficiais pra mim é uma perda de tempo, mesmo assim preservo o equilíbrio na minha vida e amo pessoas equilibradas. Gosto também de conversar sobre coisas interessantes, profundas, honestas, às vezes dolorosas e sonho demais da conta. Sonhos realizáveis é claro. 
Massss... meu segredo é me manter em segredo. Não gosto de me expor, me vangloriar, me mostrar, o mundo anda muito perverso, a maldade anda solta e é bom se preservar e manter reclusa com quem me faz bem e me aceita como sou, não preciso colocar fotos sorridentes em meu perfil, na verdade detesto expor fotos em rede social, não preciso disso, prefiro mostrar conteúdo e ponto.

Quanto ao blog, cada música que posto não é em vão, todas tem uma mensagem, algo ali que me incita a postar, porque seria o que eu queria dizer ou escrever naquele momento e não consegui. Umas danço, outras choro rios de lágrimas, outras silêncio reflexão, outras eu canto e me divirto muitooooo!!!
Também cada poema, poesia, texto, frases, sempre tem uma razão, nada é inventado, tudo tem meus sentimentos explícito ou escondidinhos nas entrelinhas.

Sou sonhadora, romântica e tenho uma alma que sabe de onde veio e o que almeja e o tempo nunca envelhece a alma de um sonhador... Nunca!

Abraços!!!
-Samantha Bennett-

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Ciclo da Vida - SamBennett (Vídeo)


A vida em seu mais belo espetáculo,
cumprindo seus ciclos
sem necessitar de plateia,
enfrentando seus obstáculos,
Fazendo jus a cada estreia.

~Samantha Bennett~
26/12/2018
The Lion King: Circle of Life - by LEBO M. 

(vídeo presente priminhas Gabi/Manu)

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Piá do Céu - Rodrigo 'cC'

Piá do Céu
(Por Rodrigo 'cC)

Eu não pedi pra ser assim no anteceder o tempo, no perceber o pensamento, no sentir o momento. Guardo-me como um segredo, por muitas vezes tive medo de mim mesmo, mas como entender? –Se eu era ainda muito pequeno e já tinha sensação do voo. Sim, tive amigo imaginário!
Eu sei do paralelo entre o tempo e o espaço na inocência que via sentindo cada forma de vida, o próximo passo independente se é maldade, bondade. Sim! Eu era o dito abobado que vivia no mundo da lua. Mas é de lá que se vê a vida de cima, o efeito da luz e da escuridão. É um lugar para poucos que de lá trazem muito, a vida deixa de ser segredo, de ter fé no que não se vê, pois se enxerga com clareza a certeza de ser um ser de energia, tanto que se o coração parar se desfribila, a alma acende e apaga. Vai do que se tem na mente no momento e seu efeito se for veneno derruba mesmo, mas se é de pureza está tudo beleza.

É de muita seriedade ser espiritualidade, é como se precisasse andar na corda bamba num balança mais num cai, é sentir a energia de quem nunca viu na vida, é sentir a tristeza num olhar, num simples caminhar, desses sem ir pra nenhum lugar, é se permitir a natureza tocar, é saber sobre as coisas sem nunca ter feito, é anteceder a palavra a ser dita, é isolar-se, gostar mesmo de ficar só e se proteger na vida, é ser uma pessoa mal compreendida, não sei se por alguns de nós mal interpretar o dom de ir entre o espaço e o tempo e se aproveitar do que fica sabendo, deturpando e ganhando dinheiro, se aproveitando de inocentes perdidos em busca de cura. Mesmo sabendo o preço do livre arbítrio, não se aproveite da fé, do tão antigo quanto Cristo, a fé no que se vê, da certeza da criação, do bem do mal, de ser portal. Esqueçam, isso faz bem só no terreno financeiro, pois se mal usado, seu dom vai escurecer, vai fazer ponte e vai escurecer almas aos montes. Isso é um perigo é o mal gratuito, mas quando bem usado, é abençoado, lhe faz bem apenas com um sorriso, um abraço, com a palavra bem dita que filtra, como se desse uma iluminada, um respirar mais leve na vida.

Chegamos antes da ciência, da medicina, que o próprio cristianismo. Curamos os nossos desde o inicio, conhecemos as plantas, os elementos, almas que curam e precisamos lutar pelo bem humano. Sabemos que podemos ajudar a terra, fazer nossa parte apenas na força da boa fé que em todos os cantos da terra tem. Seja no que for, pois é fácil ajudar a Mãe Natureza, ás outras formas de vida, pois mais que acima de tudo exista o Criador e por outro o mal solto aqui no chão, temos nós humanos que nos defendemos, dominamos a terra a água e o céu, somos capazes das mais variadas formas de nos ajudar. Está tudo aí! Medicina, agricultura, criações. Não dá para entender,  não se passa tecnologia pras terras que mais se precisa e ainda existe fome, isso é o mal em vida e está no chão, não adianta correr.

Deixemos de lado a maldade e perceberemos que entre toda diferença, entre cada um aqui na terra, somos um só. Não interessa no que tu acreditas, agora -Pare e Pense- somos bilhões em uma causa única, pela vida, mudamos isso hoje, o mundo se fala, está conectado. Se cada um juntar um lixo do chão, plantar uma árvore, estaremos nos salvando. Podemos sim, mudar as coisas, independente do lugar onde estivermos poder fazer algo para transformar.

Todo dia é um presente, não passe na vida a toa sem eternizar-se em algo que lhe faça contribuir. Está fácil, é só uma atitude. Ao seu redor, alguém sempre vai precisar, todos têm algo a passar a alguém, seja uma doação material, um sorriso. Sei lá, mas acredite em si, sinta-se energia, permita-se um bom olhar à vida, ter um algo que não machuca e nem lhe deixa pobre. Tenta!! Independente de sua crença, a atitude será maior que a boa fé no seu pensamento.

É assim! São as atitudes que nos modela, que nos trás aqui onde estamos agora, à vida terrena, valemos hoje nessa visão que o que agrada aos olhos é o que se vale, é para os fracos.

Dentro de você tem uma alma que sente o efeito de tudo na terra: - trabalho, contas, sentimental, família e o mundo à volta, notícias, redes sociais, é uma loucura. É tanta coisa a fazer. Sim é assim mesmo! Mas dá uma olhada naquele canto, veja se o que está lá não vale um sorriso. O bem é mais fácil de fazer do que a maldade. Só precisamos nos enxergar como humanidade, uma unidade..
Independente de onde você veio ou onde acredite que vá. Estamos aqui agora! Viemos de tão longe que até hoje não se tem certeza de onde viemos. Já passaram os dinossauros, a era do gelo que agora dominamos, não podemos sermos responsáveis por nossa própria extinção. Temos tecnologia, damos formas às coisas que nunca existiram, aprendemos que somos obrigados a reciclar, temos as curas para nossos corpos, dominamos a vida e já fomos longe demais nas conquistas. Agora é hora de resgatar seu ser, o planeta e é possível fazer sua parte. Somos bilhões. Então podemos plantar bilhões de árvores, podemos evitar que bilhões de lixos vão ao chão, ás águas, podemos distribuir bilhões de sorrisos ou podemos ser responsáveis pela extinção de nós mesmos, o demônio que criou seu próprio sofrimento, condenando os seus mesmos ao seu fim..
25/12/2018
We Don't Need Another Hero - Tina Turner
Nós Não Precisamos de Outro Herói 

sábado, 22 de dezembro de 2018

Vivendo e Aprendendo


Retirando o que parecia um bom sonho para alguém que não teve bons sonhos em anos, eu sinto que ainda estou entrando na luz, depois de um longo período de tempo em um casulo escuro sem janelas, sem um momento sequer bonito. 
Mesmo que eu sinta que estou em uma realidade alternativa, aprendi e cultivei chaves nos últimos anos. Agora há um novo terreno pra pisar e aprender novas coisas.

Agradeço esse novo mundo de luz, esperança e amor, onde pude aprender MUITO com a dor e a dificuldade, sem esquecer que há muito mais ainda para aprender.

(pepperpimentinha.blogspot.com)

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Video - Photograph


"Nós guardaremos esse amor em uma fotografia.
Nós fizemos essas memórias para nós mesmos, 

onde nossos olhos nunca fecham, corações nunca foram partidos
 e o tempo está congelado para sempre."


Musica/letra/trdução: Photograph - Ed Sheeron
18/12/2018

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

As coisas mais leves


"No fim tu hás de ver 
que as coisas mais leves 
são as únicas que o vento 
não conseguiu levar:
um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia o próprio vento. 

-Mario Quintana

sábado, 15 de dezembro de 2018

A Imigrante - Rodrigo 'cC'

A Imigrante
(Por Rodrigo 'cC)

  Polônia 1918. 
 -Filha vem! Vamos ajudar o pai. Sua mãe adorava essas flores. Vamos conservar as sementes e levar à frente, pois a semente é a herança..
-Papai como a mãe era no seu jeito?   Pareço com ela no meu ser?? 
-Rsrsrs - Sim minha pequena!!!  – Responde o pai  – 
-Grã vem aqui seu pulguento – disse o pai – 
- Aí seu arteiro, passou a noite fora de casa né? Está com cara de culpado!!   Agora vá! Vá e me traga as vacas, que eu preciso ir à Capital levar algo muito valioso, é tu que fará minha segurança  – sai em disparada em latidos o Grã seu único amigo – 
-Filha senta aqui e só escuta o papai.  – A Pequena segura sua boneca de pano, senta-se e o pai lhe diz: – que na vida tudo que ele não sabe é como ser mãe, mas que ele ensina tudo que sabe de homens, pois eles são o que há de pior no mundo..
-Filha seja educada com todos  –  continua o pai – seja conhecida de todos, mas seja sua amiga, a aproximação muito grande trás uma liberdade que pode não ser tão boa assim. É bom não falar de sua vida pessoal, para que não se tenham muito a dizerem de ti e assim tu se protege do mal, da inveja que não se pode ver..
-Cristo, filho do Deus da sua mãe, – prossegue o pai – foi morto na traição, e da traição ninguém se livra. Assim dizia ela. O que eu posso te dar de herança da sua mãe é a fé em Deus. Eu não o conhecia, nasci em outro ambiente, minha visão das coisas e do mundo são mais primitivas.
- Filha vem!  Vou lhe ensinar como funciona tudo, como e para que serve cada coisa aqui.  – como se não prestasse a atenção, não lhe escapava uma sequer palavra, seus olhos já haviam gravado o dia a dia de trabalho. Nada lhe era segredo. Moravam sós e o seu próprio lar era seu parque seu mundo seu abrigo .

A Pequena Glapinska em risos com a bagunça e latidos do arteiro Grã e as vacas teimosas, seu pai atencioso, pois longe de tudo e de todos, vive uma vida serena. Conta de como era feliz, ativo e muito vivo antes da partida da mãe da pequena que curiosa pergunta: 
- Mas para onde foi a mãe? – o pai sem saber direito sobre a fé cristã, entrega à pequena a Bíblia que pertencia a sua mãe e diz:
- Minha pequena, leia com toda sua fé e amor, não tire duvidas comigo,  pois sou de uma fé mais antiga que a Cristã.
- Então filha. – diz o pai – Ai vai dizer para onde sua Mãe foi. – A pequena com o sorriso do tamanho do mundo corre para área na casa velha..
Chega a casa a incrível vizinha Aurek,  uns anos mais velha  – ela vai ficar comigo, pois papai irá à capital negociar o seu bem mais precioso. O bom e velho queijo que acompanha os seus há muito tempo. O tempero é um segredo de família. –  Eu presto atenção em tudo, tenho pouco a olhar. –  Amo quando a vizinha Aurek vem ficar comigo,  é divertido, fico sabendo de como é o mundo fora da fazenda  –  eu gosto muito dela, é boazinha, me ensina das letras, ela diz que toca piano, eu nem sei o que é um piano, mas um dia vou ouvir um.
Após esse gostoso pensamento, envolto a sentimento de quem é amiga, com sorriso até nos olhos, um abraço de saudade limpa contida na pequena que é enfeitada com as belas palavras da doce vizinha Aurek de coração limpo, sabe o quão grandioso é o dom do ensino. Com a energia a flor da pele as duas de mãos dadas, vão ao quarto. Um presente!! Um belo vestido à pequena Glapinska, com sorriso nos olhos, uma simples lágrima dizia mais que todas as palavras, a gratidão dita sem palavras, no conforto do abraço de quem diz: – muito obrigada por existir.. 

Tantas palavras novas, as histórias do piano, o sentimento que transparecia, tocava a pequena Glapinska e encantava os olhos do seu pai, que tudo que deseja para sua filha é uma boa vida, com todos os momentos possíveis de alegrias, pois assim seu coração machucado pela perda do amor que o castiga todo dia, conforta-se no sorriso da sua pequena que irradia como a luz do dia, que reflete em seus olhos cor de mel, seu sonho para um dia qual não serão segredos as letras quais vão lhe dizer de Deus, para onde sua mãe foi em sua chegada. A pequena sedenta por vida, pelo sentido de ser senhora de seu destino. Um sentido que se sente aprender a fé no que não se vê. 
A vizinha Aurek, toda extrovertida em brincadeiras com as letras ensina a pequena Glapinska o sentido de cada uma, como formar as palavras e interpretá-las. A pequena se encanta e encanta com a expressão de alegria, diz da musica, fala do piano, diz que sonha tanto, longe de tudo e de todos na vida rustica da fazenda, entende de tudo, diz que ali faz e sabe como fazer cada trabalho. Crescendo aos olhos do calmo pai, ficou fácil sentir a vida, o mundo a sua volta, mas sua adrenalina grita ao desconhecido..

O Pai na capital fica sabendo da guerra e entra em desespero, está perto, não há tempo e volta mais que correndo acompanhado de Grã seu leal amigo. Os cavalos correndo muito mesmo, como se a vida fosse um momento, sem medo o homem pacifico sereno torna-se gigante na ideia de que protegerá sua pequena com sua vida como sacrifício. O amor é invencível. Os cavalos em alta velocidade, a roda da carroça quebra. Um acidente, mas com o instinto a flor da pele, nem percebe seu grave ferimento e do jeito que cai, levanta. Assovia!  –  Seu cavalo ileso, volta e dispara sem olhar para trás, seguem em direção da fazenda..

Na fazenda as duas unidas no dom da vizinha Aurek de direcionar a vida, mostra para menina Glapinska o quão grande é o mundo e conta que vai embora no outro dia para um lugar chamado Paraná no Brasil.  A menina triste, curiosa pergunta:  O que é esse Brasil?  – a vizinha na mais bela feição de alegria diz:
-É a mãe gentil. – A Pequena de bíblia na mão diz:  
-Ela é mãe para todos? –  a vizinha Aurek diz: 
 -Sim!  – e a Pequena Glapinska responde sorrindo:
- Sim! Sim. –  A Pequena muito "cabreira" diz: 
- Será que ela poderia ser minha mãe? Eu nunca tive uma, mas se tiver eu serei um orgulho a ela. – A vizinha se encanta, e explica que a mãe gentil é um país no mundo novo que de braços abertos entende que todos os humanos são um só povo. 
-Vamos todos pela manhã   – diz Aurek  –  e eu vim me despedir.  – a pequena em lágrimas, não diz, apenas sente e abraça como se não houvesse palavras que confortasse..

Seu pai em disparada, já perto da fazenda sente seu ferimento, equilibra-se e foca em sua filha. Ao chegar na fazenda, se depara com a cena mais linda!  –  as duas tão ligadas como mãe e filha  – a maior idade da vizinha não a livra de ainda ser uma menininha. O pai com um sorriso, a guerra no pensamento, cai do cavalo e elas correm para o socorrer, mas já não há o que fazer e a pequena sem palavras, apenas o próprio desespero contido num silêncio, aonde a maior expressão vem aos olhos que teme nunca mais ter seu pai para ver o sentimento único. 
O Pai ao entender que a vida se ia, abraçado pela pequena Glapinska,  olha para a vizinha Aurek, com olhar sorrindo que diz tudo. A Pequena que anseia o abrigo perdido, o colo do pai o lugar mais protegido. A vizinha Aurek a acolhe em seus abraços uma vida, a Pequena sentida em silencio, não diz nenhuma palavra.  Aurek a leva para sua casa e diz ao seu pai que cuide das formalidades e pede a ele para que a leve junto a eles ao Brasil. O cãozinho Grã, não sai de perto da pequena por nada.

Amanhecendo o Grã late, a pequena Glapinska pega a vizinha Aurek pela mão, pede silêncio. Os soldados inimigos já haviam entrado na casa e rendido todos da família. Aurek ciente do perigo, fogem levando as passagens do navio e a poucos passos ouvem os tiros. Sua família inteira morta só por existir, nascer do lado de cá da fronteira. Nesse instante a vizinha Aurek pergunta para a  pequena Glapinska se em sua casa havia dinheiro. Sem dizer uma palavra a pequena a pega na mão e puxa. Voltam para a fazenda da pequena. Chegando lá pegam tudo que precisam e tão assustadas sem tempo para sofrer, vão pegar o navio em direção ao Brasil..

De passagens em mãos na espera da chegada do navio, centenas de imigrantes Poloneses. A pequena Glapinska, o cãozinho Grã e e a vizinha Aurek num silencio único, olhando a passagem que era de sua irmã, agora morta simplesmente por existir, numa guerra que não lhe pertence. A pequena Glapinska se passara por ela sua irmã de hoje ao sempre, pois essa ligação única é divina. Essas coisas do Senhor da vida que une vidas distintas para fazer a mesma obra na vida.

Já em viajem a Pequena Glapinska como se por benção, distrai a sua curiosidade do mundo qual nunca tinha visto, pois a cerca da fazenda era seu limite. Hoje sozinha no mundo, não solta sua bíblia por nada, pois precisa descobrir para onde foi sua mãe, para poder ir para lá um dia, olhar em seus olhos, agradecer pela vida e pedir perdão por sua chegada ser sua partida..
Quieta a pequena ouve um som lindo que nunca tinha ouvido antes, corre na direção  –  é a vizinha Aurek que tinha encontrado seu piano no navio que havia com a parte da mobília chegado ao navio um dia antes do embarque. A Pequena como estivesse nas nuvens se descobriu pela primeira vez, senta-se ao lado da vizinha, fecha os olhos e sente o que nunca sentiu –  é o poder da musica que naquele momento veio em forma de cura, como se num passe de mágica o som do piano curava a ferida da perda da vida daquele que era seu guia, seu protetor. Tudo que ela sabia é que ele sentia a vida, sua visão do mundo era pura, assisti-lo dia a dia me mostrou como viver com ou sem ele, como se ele soubesse que um dia eu precisaria ficar sozinha na vida..

Do outro lado do navio um rapaz encanta-se com a musica e vem namorar a cena que toca seu coração, a emoção exata para ser retratada. Mais que ligeiro com seu belo sorriso, aproxima-se na mais perfeita sintonia de quem sabe o que dizia, tem suas modelos e o Grão deitado encima do piano, com o por do sol colorindo lá no fundo, a lua sorrindo esta retratada. 
A vizinha Aurek, toda convencida, pois nunca se viu tão linda, a pequena encantada, de estar sendo eternizada e o Grã latindo, como se percebendo que essa união de arte, era a magia do amor que sem  perceber já existe. Ele dá uma rodada em si e deita como se tranquilo, pois além dele tem os dois também a pequena amaria protegeria..

Há dias de viajem a sintonia só crescia, nem eram, mas pareciam a mais bela família que buscava a Mãe Gentil, uma terra nova chamada Brasil, um lugar qual ainda existe a pureza do mundo novo, um lugar de terras produtivas, de climas mais variados, muitas águas, frutas animais, cenas e belezas únicas, onde se diz que Deus é Brasileiro e é essa a busca. Um lugar abençoado por Deus e bonito por natureza, a beleza aos olhos da Pequena Glapinska, a tristeza guardada qual ela não fala, a energia boa do amor que se constroem entre o Pintor e a vizinha Aurek que encanta os olhos da Menina Glapinska, a certeza do Pintor que a arte deve se herdada, pois é um dom divino o faz ensinar a Pequena a retratar a cenas, a ter o olhar sensível, preciso, que mostra ao mundo que é nos detalhes que está o lindo.
O olhar da vizinha Aurek cada vez mais apaixonada, toca seu piano tocando o coração de todos a sua volta, fazendo a união entre todos que também são retratados aos olhos do pintor, fazendo dessa viagem ter a energia precisa para se chegar na mãe gentil com a vontade pra vida, para se reconstruir, após serem perseguidos por uma causa boba, mundana qualquer fixada na mente de um orador mal intencionado, pela falsa impressão que se não está do seu lado deve ser exterminado, estando em terra mãe ou não..

A Pequena Glapinska há tempos sem dizer uma palavra, senta-se no piano e começa a tocar a musica que lhe toca a alma, as lágrimas dos olhos da vizinha Aurek vem do coração, é muita emoção. A Pequena era uma nota, o Grã em balanços e em saudação, o uivo de tanta energia contida ao ver que a Pequena de seu único amigo o qual lhe veio na lembrança o sorriso que soltava quando a Pequena Glapinska fazia algo que o encantava. No pensamento do Grã, a jura de lealdade daquele momento que seu amigo o escolheu no ninho é repassada a Pequena que protegerá por toda sua vida.Todos no navio surpresos e lá vai alegria, tudo era festa por mais difícil a viagem, a paz e a calmaria eram rotina. 

Mas ao entardecer, uma tempestade vindo de longe, ali no momento o pavor do forte vento todos medrosos, chega a chuva violenta, todos aterrorizados, mas o cãozinho Grã no ponto mais alto, como se tivesse sentindo na violência da natureza a vida por um fio, como se a certeza do valor da vida viesse mais forte. A Pequena Glapinska trêmula, pela primeira vez abre a Bíblia assustada, pois temia pela vida, ansiava pela palavra que diria para onde sua mãe havia ido quando partiu, pois sabia que seu pai era de uma visão da vida antiga e que tinha sido abençoado por ter ele em sua pequena enquanto ele tinha a vida e que a vontade do coração dela era conhecer sua mãe, pois encantada por tanto amor nas palavras do seu pai que todo dia dizia o quanto era linda e abençoada sua amada, que seus olhos brilhavam em sorrisos, por outros em lágrimas, mas nunca a mal dizia e sim, bem dizia com se fosse sua maior riqueza na vida, os dias que passou com seu único amor. Ali a pequena lê o primeiro dia, o segundo dia, o terceiro dia, o quarto dia, o quinto dia, o sexto dia e a calmaria vem. A pequena Glapinska fecha a bíblia encantada com a ideia de ao ler, ver as cenas se formando como se não existisse mais nada. Sua descoberta divina lhe tocou a vida deu uma vontade de ler sem parar e assim foi até sua chegada a Mãe gentil..

Ao avistar o Brasil o cãozinho Grã em latidos, como se dissesse:  –   Graças minha Mãe Natureza pela terra – há meses o mar aos seus olhos – a Pequena não estava. A Pequena Glapinska corre ao lado de Grã e os dois olham a terra com um ar de alivio!! Um sorriso,  a vizinha Aurek chega de mãos dadas ao seu Pintor qual sem perceber, agora seu amor. 
Navio atracado o cãozinho Grã deita e rola no chão aliviado, sentindo livre, com seus pés no chão. A Pequena Glapinska encantada, com seus olhos namora o Porto de Santos, as pessoas, vestimentas, palavras de uma língua que nem sabia que existia, pessoas negras. 
A vizinha Aurek pergunta a pequena sobre os bens valiosos que pegou em sua casa na fuga e a pequena lhe entrega, cinco barras de ouro e um saco de pedras preciosas e ali sabem que poderão chegar ao Paraná e recomeçar a vida. Agora em sim!!! 

A pequena Glapinska agarrada a bíblia começa a viagem a colônia do Paraná, encantada com tamanha variedades de vidas, passarinhos dos mais coloridos, árvores floridas, frutas tão deliciosas, tantos animais, tantas diversidades, rios e fartura de peixes, índios quase despidos com poucas penas e pinturas, uma sensação de pureza, de ingenuidade, de liberdade, do descobrir o mundo fora da cerca da fazenda, uma certeza de segurança para encarar a vida. Já não me é de direito ser uma pequena menina, preciso do continuar da vida mesmo sozinha serei destemida, a viagem se torna um encanto aos bons olhos da arte que retrata as cenas na mão do pintor que diz do mundo nas entrelinhas da tela, na mistura de poucas cores que faz a diversidade infinita tão bonita que pende os olhos no entender ou não a mensagem contida nos bons olhos de quem a cria..

Chegando em Curitiba Paraná a Pequena se depara com uma cena de um Piá negro de olhos azuis pedindo, para continuar vivo. Ela não conseguia parar de olhar um segundo. Foi até ele e após se choca com  a lágrima nos olhos dele ao ver um adulto se alimentando. Com toda sua calma o toca o rosto, ele arredio sai. O pintor toma a cena e vem já com o alimento na mão e fala com o menino que responde, – ter sido criado por um imigrante travesso que tomava pinga e cuidava do pequeno negro de olhos azuis que já com seus quatorze anos de idade, como a Pequena Glapinska que se encantava com o Piá negro de olhos azuis, que dizia que estava assim no mundo, qual vivia do que lhe restava. 
A vizinha Aurek, mais que rápido o convidou para fazer parte dessa família  – que já tinha família, – mas que construiria a paz, o amor e a vida de forma digna. E mais que rápido o Piá negro de olhos azuis, da água e alimenta os cavalos. Dotado da sua atitude da qual não tem medo da lida, da vida, do desafio pra lutar e continuar vivo na força poderosa da terra antiga, alma de guerreiro, de corpo ligeiro se joga em viagem sem destino à procura da terra que estará abaixo de seus pés nos restos de seus dias.

Grã não sai um segundo do lado da Pequena Glapinska  que esquece o mundo e se encanta com aquele Piá negro que anda descalço junto ao comboio de carroças, hora na árvore pegando frutas, nos mostrando os sabores, outras atento nos protegendo, é tão boa fé que até o ciumento Grã vem se rendendo aos seus encantos, andam correndo nos campos. Há dias de viagem sem se sentirem ainda em casa, seguem rumo ao sul enquanto a Pequena diz ao Piá negro de olhos azuis de como era, de onde vivia, do queijo, do gado, do engenho, sem tirar a atenção do que ela dizia.

O tempo passava, ele curioso pergunta sobre a bíblia que ela não solta e lhe fala de Deus ao ponto de lhe tocar o coração e ao chegar à região de União da Vitória sul do Paraná, há uma paixão imediata pelo Rio Iguaçu, as cachoeiras, o clima, ás belezas. Então a Pequena Glapinska e a Vizinha Aurek decidem que ali vão ficar.

Já entrosados com os Colonos ali presentes, ficam sabendo que às margens do Iguaçu tem terras acidentadas, muitos barrancos, quase improdutiva. A Pequena diz em tom alto:  – Meu pai dizia que não existe terra improdutiva, e essa que ninguém quer que será nosso lar.
Com o negocio feito, chegam às terras e a pequena encanta-se com uma cachoeira e lembra-se de como era o engenho de seu pai e as cenas criam-se em sua mente ao lado de onde corria o córrego que vinha da cachoeira com vista para o majestoso Iguaçu, ali constroem a casa e assim que fica pronta, o piano em uma área grande é colocado e assim inicia-se a vida. 

O tempo passou. A pequena Glapinska já moça, seu corpo muda, sua visão sobre o Piá negro de olhos azuis muda, a conversa muda e ao se sentarem em um tronco de Araucária caída na beira da cachoeira, ela conta sobre o engenho que seu pai tinha e a atenção dada ás palavras dela tinha o entendimento preciso e ali nasceu a primeira atitude juntos. 
O Pintor interessado descrevia as engrenagens do engenho como tudo em suas pinturas. Ali o Pai da Pequena Glapinska fez-se vivo, fez sua vida não ter sido em vão. A lembrança de um homem que dizia da vida e a pequena mesmo que quieta parecendo distraída com a boneca de pano na mão, sabia de cada palavra dita e o Piá negro de olhos azuis junto com a Pequena Glapinska construíram uma relação mais estreita ao ponto de um dia qualquer, em um segundo, sem pensar, se beijaram e juntos conheceram seus corpos, e o que haviam sentindo chamava-se amor.

Engenho funcionando, os morros ditos improdutivos repletos de erva mate,  a vizinha Aurek se delicia em ser mãe e ali Deus toca sua vida, entende o sentido de ser responsável por uma vida e dar o alimento não é o mais difícil, pois educar e dar o caminho é o verdadeiro desafio.
Seu  Pintor ali encantado retratando a beira da área da casa sua bebezinha tão linda, acompanhada do sabiá laranjeira que entre cantos e beliscos se delicia com a banana que está ali de cena pensada de quem malícia tem, pois retrata a arte que vem da imaginação ou da própria vida. 
A vizinha Aurek com o dom de ensinar como se fosse o seu real motivo aqui na vida, constrói uma escola. 

A Pequena Glapinska que já sabia o que dizia a bíblia, sempre em sintonia com a vizinha Aurek, constroem  a capela de Nossa Senhora de Czestochowa em sua propriedade na qual já muitas famílias trabalhavam a terra improdutiva, produziam alimentos, esperança e dignidade aos seus e esse era o sentido da vida de seu pai na sua uma obra ao mundo, – onde todos são iguais, onde nos protegemos, nos ajudamos, nos curamos, nos damos chance à igualdade da existência dada, não importando por quem, quando e onde, somos um só, estamos todos conectados pelo chão, pelo ar que passa aqui logo está aí, a fé em Deus herdada por um simples livro que complementa o para onde ir, o que não fazer, que Jesus foi a verdade, que o seu poder veio do sacrifício e da fé de quem recebia a cura bem vinda na forma linda do poder infinito de acreditar no que não se vê, que o mal é sorrateiro e usa alguns de nós mesmos, que é tudo energia e que precisamos na nossa alma da luz que ilumina o caminho, pois a escuridão confunde os olhos e perde-se o sentido, é como viver e não ter vivido..

O cãozinho Grã velho e cansado, deitado em cima do piano ouve o choro. Chegam as gêmeas da Pequena Glapinska ao mundo, ela esta viva. Durante sua gravidez seu medo foi partir assim como sua mãe e não poder ver aqueles olhos lindos, tantos cachinhos das suas Brasileiras, filhas da mãe gentil. Agora eu velho, cansado dos meus próprios passos, posso descansar, deixar o mundo, na certeza meu amigo!!  – Que não lhe traí deixando sua pequena sozinha no mundo.

De última cena, o rio Iguaçu, uma araucária carregada e o canto da gralha azul, um suspiro de alivio para nunca mais ..


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Tanta Gente - SamBennett

 

Tanta gente me estudando, tentando me entender.
Não percebem que me entender
não é uma questão de inteligência,
e sim SENTIR. 

-Samantha Bennett-
11/12/2018


sábado, 8 de dezembro de 2018

Guerreira - Rodrigo 'cC'


Quando ela vira ira,
menina que protege com a vida.
 alma antiga, na sua naturalidade
dons antigos divinos bem vivos
uma visão antiga,  já quase extinta,
musica por si só.
Agora meu verso, que me alucina
quão guerreira pelo amor puro
atravessa mundos, onde ninguém imagina
mas sim um sonho,  um caminho,
a verdade escondida dentro do amor 
que essa menina protege até com a vida
de doce, toda toda linda
de bem com a vida.
é a gigante Camponesa
que habitava outra era,
na terrena, na divina
no continuar da vida..

Rodrigo 'cC'
08/12/2018

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O tempo não existe


"E se disserem que o amor enfraquece com o tempo, 
diga a eles que o tempo não existe"...

Jack Johnson

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Seres Espirituais


 Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual,
somos seres espirituais vivendo uma experiência humana."

Pierre Teilhard de Chardin

sábado, 1 de dezembro de 2018

...e pronto! Rodrigo 'cC'


"Meu coração se parece como uma criança.
Não raciocina, diz sempre a verdade,
faz o que sente e ponto..."

- Rodrigo 'cC -
16/09/2015