-Por Rodrigo 'cC"-
Entro na caminhonete, saio olho e vejo a Índia qual toca minha alma e não apenas o corpo, a mente, o coração. Vejo pelo retrovisor aquele rosto que transparece verdade, o amor puro, faço a primeira curva com a certeza de estar indo embora do paraíso, deixando lá a vida pura e verdadeira para voltar a loucura da selva de pedra, o inferno. Ligo o toca fitas da F1000, pego uma fita da Bonnie Tyler aperto o play...
Vejo um morro, pego a estrada em sua direção e em uma serrinha qual dava a volta ao morro, me deparo com uma puma tentando atacar um tronco oco, defendido por uma cadela Husky Siberiano qual já machucada não recuava. Me envolvi na Briga atirei ao chão a puma me atacou a cachorra a atacou, ela que virou no veneno da sede de matar, precisei atirar e matei a Puma. Senti aquele choque de matar sem nenhuma adrenalina, não tenho alma de caçador. Olhei dentro do tronco uma ninhada de cachorrinhos, olho para o lado, a cadela caída e o que ainda a deixava de pé era a valentia de mãe. Recolhi os filhotinhos e Husky mãe, levei todos para a caminhonete. Voltei para estrada principal, fui até uma casa em uma velha pousada e peço que preparem uma sopa paraguaia. Sento-me junto a cachorra, a alimento e me alimento e faço curativos. A Dona da pousada me ajuda a costur seus cortes e limpar bem o ferimento. Alugo um quarto e ali permanecemos eu. a cachorra e seus filhotes.
Amanhece tomamos café na cama, a cachorra qual me obriguei a chamar de Princesa, pois eu a tratava como uma, meu cuidado com ela foi gigante, nunca havia dado tanta atenção a nada quando dei a salvar essas vidas tão valiosas ao Criador quanto a minha. Pego um a um, dou mamadeira, pois a Princesa estava fraca e se ela fizesse a amamentação sagrada, lhe faltará a energia para vida.
Na fazenda minha Mãe já imaginava que eu não voltaria mais e com a Índia ficaria. Minha irmã a acalma e diz: - Calma mãe! Logo ele vem. Nunca vai me abandonar. - Mãe, vamos pescar para distrair?
A Paraguaia se envolve e vamos a beira do Rio Paraná, ali pescamos por horas, minha Mãe olha para Paraguaia agoniada e diz: - Tu tem que seguir sua vida. Meu filho a tem carinho, mas não tem amor e você não pode desperdiçar sua vida. Ele é muito novo e tem esse jeito aventureiro com as mulheres e ama a Gaúcha.
A Paraguaia diz acredito que amava. Tu percebeu o esforço que fez pra libertar a Índia e desde o primeiro momento que a viu algo mudou em seus olhos.
A Mãe concorda que realmente seu trato para com a Índia foi diferente e diz: - Só o que me falta ele não voltar mais da tribo!! - E tu Paraguaia sabe onde fica a tribo?
Diz a Paraguaia: - Sei!
E assim seguiram para tribo, já há dois dias sem aparecer tem algo aí. A Paraguaia pega o carro a Mãe do Piá do Silva e sua irmã a cantar uma musica...
Chego na pousada acordo a minha Irmã que vai correndo em direção a Princesa e seus filhotes, vai na cozinha pede para a cozinheira leite e damos mamadeira a todos, damos carinho pra Princesa e vamos jantar e depois dormir.
O Pai da Paraguaia com o dizer do Piá do Silva de não se envolver com sua filha por não mentir para ela um amor que não sente e não querer levar adiante um sonho realizado de mentira.
A mãe da Paraguaia diz: - Então desistiu de mandar matar ele?
O pai da Paraguaia diz: - É, vou ajudá-lo a se manter no bem. No fundo está quase se perdendo, mas tem alma do bem, não merece o inferno na terra.- Vou perguntar a ele o que deseja em sua vida.
Amanhece, o Piá o Silva sai em direção a fazenda chegando lá vai ao Pai da Paraguaia o chama de canto. O Pai propõe uma pescaria, pegam o Iate e vão Rio Paraná acima. Uma conversa se inicia e o Piá do Silva pergunta: - Como você sabe quando não é paixão e sim Amor?
O Pai responde: - Porque o Amor é lutar, você faz o impossível e paixão não se faz muito se esquece logo.
O Piá do Silva diz: - Estou com o sentimento que to indo embora do Paraguai e deixando um pedaço de mim.
O Pai diz: - É a Índia?
O Piá do Silva diz: - Sim, mas tem algo a mais que sinto, só não sei o que é.
O Pai pergunta: - Se eu lhe concedesse um pedido que custe até ser meu braço direito ou milhões em dinheiro, fazenda, o que quiser. O que você pediria?
o Piá do Silva diz: - Proíba o trafico na vila onde nasci. É isso que eu desejaria.
O Pai da Paraguaia diz: - Desejo concedido.
E Pega seu Celular, liga para um Grau acima na hierarquia na Bolívia e consegue que se proíba a venda de drogas em sua vila e conta que vai trazer para o seu lado o Patão da vila assim que sair do presidio do Ahú, que já está cansado dessa vida de poder, perigo, adrenalina que cansou.
O Piá do Silva conversando com um homem tão esperto fala de seu pensamento de usar o reciclável da vila para fazer dinheiro e usar ali mesmo: - Em Curitiba se troca o reciclável por hortifrúti pretendo fazer uma associação comunitária e penso em realizar bingos para unir a vila e arrecadar o dinheiro da vila para usar na vila.
O pai da Paraguaia não resiste e fala: - Tu não é desse mundo Piá! Tu nasceu para fazer o bem. Eu vou te ajudar. - Ache dois terrenos um do lado do outro que vou doar para te ajudar e fica tranquilo que não se venderá mais drogas na vila.
Eu agradeço e vejo o malandro surpreso com minha atitude e me diz em bom tom: - Piá do Silva se um dia alguém cruzar seu caminho, qualquer um, em qualquer lugar do mundo me diga,que vou matar a família inteira, nem papagaio ou cachorro vai viver. E já diz: - Duvido que vá usar esse poder mas já sabe; - Se você sentir acuado é só dizer: sabe que sirvo ao anticristo, meu chegado da Flórida eu digo:-Se eu ver que não tem jeito mesmo vou ordenar essas mortes sem dó, pois sei que o medo que mata tanto quanto a coragem.
O Pai da Paraguai diz: Presta atenção está puxando.
Eu dou a fisgada e começa a briga com o pintado.
Depois de um tempo de briga, tiro o pintado do Rio Paraná e já combinamos a fazer uma sopa que eu vou preparar. O Pai da Paraguai já me tratando de igual pra igual, eu o olho nos olhos e digo: - É, eu sinto que vou ter que usar seu poder e lhe cobrar a palavra dada de matar para me defender. - Algo me diz que um dia vai acontecer e vai ser sem chance para quem não me deixar outra escolha.
Voltamos a fazenda e na chegada vejo todos no trapiche o pai da Paraguaia diz: Escuta essa música...
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👉(Continua na parte 12)
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