quinta-feira, 5 de março de 2020

Conto: O Filho do Silva - Parte 05

Parte 05 - (Continuação)
-Por Rodrigo 'cC"-

Passamos a aduana, passou o medo da Paraguaia, vamos a uma mansão gigante, linda, cães Dobermans no quintal a andar do lado da Mercedes a me olhar nos olhos e de perto. Assim que a Paraguaia sai do carro, mando os Dobermans sentar e assim os quatro fazem.
Entramos na mansão com alegria e abraços é recebida era sua mãe e seu pai, eu os comprimento, ela me apresente dizendo toda a verdade de quem eu era, sobre o que tinha feito e o motivo. O pai da Paraguaia mandou que me levassem ao meu aposento e ao chegar fiquei encantado com o luxo, tudo era em pedra e madeira, muitas cores, cama gigantesca, a visão do alagado da Itaipu.
Comemos chipa e tomamos tereré. Saímos andar na floresta. Voltamos e sentamos em uma cachoeira linda, ouvimos essa música  a meu pedido para lembrar do meu pai:
Musica: Naquela Mesa - Zelia Duncan
Ao som do violão e da voz da irmã da Paraguaia. Uma família que até a vovó é linda.
Saímos, fomos andar de jet ski, de lancha no alagado da Itaipu. A noite fomos ao cassino, encantei-me com a diversidade, a cultura, a língua nativa, as garotas.
Votando para mansão o pai dela liga para o "Patrão da Vila" e pergunta como estão as coisas e recebe a noticia que: ninguém viu e ninguém sabe. Que está tudo certo.
Eu converso com o "Patrão," peço que ele diga a minha mãe que estou bem, que logo estarei em casa,  que não existe lugar mais seguro para mim que junto a Paraguaia, que mandarei noticias todos os dias.

Chegando na casa da Esposa do Silva o "Patrão" entra em conversa dizendo que:-Não se preocupe que nunca farei nada de errado para te machucar. A Paraguaia não salvou apenas a vida dele e sim a alma. Essa vida do crime trás adianto financeiro, mas um peso ao travesseiro e seu filho não nasceu para ser bandido. Fica tranquila, logo ele estará ai. Então chega a conversa o Patrão: - Já sou mulher, criada em vila. - Como vai ficar a Família do Piá Ruim? Eles não vão se vingar? - Como está isso? - E eu e minha filha? - Eu sei que o pai dele está no presídio do Ahú em Curitiba e não vai gostar nada disso.
O Patrão fala: - É não tem como não se preocupar, deixa que vou mandar a verdade sobre tudo e vamos ver o que vai acontecer. - Depois voltamos nos falar sobre. -Me diz uma coisa! Você acha melhor, eu sei que tu não tem grana, mas eu pago. Vá viajar e fica um mês fora até tudo se acalmar. Nem vou preocupar o "Piá do Silva," acredito que ele nem se ligou do tamanho da guerra que se enfiou.
O "Patrão" chama a advogada e diz a ela o que acontece. A Advogada faz o que ele pede, vai ao presídio, chama o "Sinistro,", vulgo do pai do "Piá Ruim" para conversar, qual está com sangue nos olhos pelo "Piá do Silva". Manda um recado ao Patrão dizendo que deixar morrer seu Filho foi traição e que está saindo para levar essa ideia reta.

O Pai da Paraguaia vendo a inocência do "Piá do Silva"  qual há dias estava em sua casa grudado ao jardineiro, aprendendo sobre o que e como cultivar, sentindo a flora em suas mãos, entendendo a multiplicação da vida, o poder, obra divina, momento onde a semelhança e Deus ao espalhar a vida. Vem a Paraguaia cantando.
Musica: Terra - Caetano veloso
Fico a admirá-la, quanta beleza, pele dourada, cabelos a cintura, meio índia, seu sotaque enrolado, muito linda, mas mantinha minha postura. Nunca mais toquei no assunto de ter perdido minha virgindade com ela. Que noite alucinante por inteira. Essa vinda ao Paraguai foi... A viajem!!
Agora aqui nessa mansão linda e minha mãe em uma casa humilde. O pai da Paraguaia nos chama na conversa e diz "a real" que esta acontecendo, dizendo que a mãe do "Piá do Silva" esta em viajem que a guerra estourou e pressiona o "Piá do Silva": -Você entendeu que uma escolha muda tudo de um segundo para o outro? Que a partir dai a vida nunca mais será a mesma Piá. - Eu não posso ir contra  ao seu "Patrão" e nem contra o "Sinistro," os dois tem a sua importância, um no sistema e outro na rua, mas minha filha foi quem matou, então vou decidir e se não conseguir apaziguar a guerra vou ter que eliminar o "Sinistro" - Preciso de minha filha em Curitiba, só não sei o porque  ficar enfiada em Colombo.
Ela diz: - Pai, ali em Colombo a malandragem é mais reta e forte, me sinto protegida.
Saímos em direção a Argentina num lugar chamado La Barranca e no caminho paramos em um posto de gasolina abastecer a Porsche 911 conversível, compramos cerveja, fumamos um enrolado de maconha, meu pai sempre muito vivo dentro de mim toca essa musica:
Musica: U Can't Touch This - MC Hammer
Me jogo a dançar passos, quando me dou conta ao abrir os olhos  estou dentro a uma roda, onde duas gatas me acompanhavam nos passos, estava longe da minha realidade que era de vileiro. Fomos ao La Barranca na Argentina, curti um pouco e do nada vi uma garota Argentina descendo a barranca do rio e lá fui interagir com a loira, qual engraçada pescando em um sábado ao lado da balada. Com certeza era a garota mais interessante que ali havia.
A Paraguaia a me observar do deck do La Barranca. Me envolvi na pescaria, a loira me emprestou o molinete e ali cada fisgada e peixe que perdia, era pura risada.
Num momento da madrugada paramos para fumar, ficamos muito perto, em uma noite alegre, olho no olho e beijo e sumimos na capoeira. Ao amanhecer voltei ao Porsche 911.
Bêbada e com cara de mal estava a Paraguaia que entrou no carro, bateu a porta e saiu dirigindo no modo aventura. Senti muito medo e antes de chegar ao portão da mansão parou a Porsche 911 e me perguntou o que eu estava fazendo e respondi: - Pesquei e depois rolou um clima vendo o sol nascer no horizonte sobre o rio. Eu perguntei: - E tu Paraguaia o que fez?
Ela em fúria respondeu: - Fiquei te esperando a noite toda e não tem que sair transando com garotas por ai como se fosse um aventureiro irresponsável.
Eu respondi: - Tu me ensinou e vi que é bom e agora quero experimentar várias.
Levei um soco no olho e entrei no carro. Entramos na mansão e o pai dela já deu risada e falou: -  Arrumou outra confusão "Piá do Silva"?
Eu disse: - Apanhei de uma garota.
Ele rindo disse: - Por que?
Respondi: - Eu não quis ela.

Fui tomar banho e dormi o dia todo. Acordei e o pai da Paraguaia estava indo para o alagado da Itaipu, fui junto, pois nem estava a fim da ira da Paraguaia.
Chegando no Iate, na doce água de Itaipu onde a pescaria seria de pintado, mas ao entrar no Iate dou de cara com a loira da Argentina a qual já me cumprimentou de beijo no rosto e de nome. Um senhor Argentino de cara brava me olhou e indagou ao pai da Paraguaia, quem eu era, me perguntou de onde a conheci. Contei que havia conhecido na noite anterior e pescamos juntos.
Saímos para pescar, pegamos vários pintados era uma ceva antiga, os gigantes peixes andavam sempre ali. No outro dia haveria  o jantar feito com a pesca na Argentina, também a beira do alagado da Itaipu e assim foi.
Mantive distância da loira Argentina como mantinha também da Paraguaia. Passou a noite e de novo dormi o dia todo. Acordei, coloquei minha sandália de couro, bermuda rasgada, camisa xadrez e entrei no Iate. Fomos pelo alagado a Argentina. Chegando lá um jardim do paraíso, um pomar lindo, lagos com carpas coloridas, um piano no jardim uma morena tocando. Sentei no gramado e me deliciei com a cena e com essa musica:
Musica - Stairway To Heaven - Led Zeppelin
A noite passa e eu ali na grama sentado, tudo vinha na mão, a Morena do Piano na certeza parecia uma sereia, pois já na madrugada, eu de cueca sentado em uma pedra, uns metros da margem do alagado, ela surge entrando na água e vindo em minha direção. Sentamos ali, conversamos horas sobre tudo sem se quer sair da amizade que ali nasceu. Ela estava fora de seu ambiente como eu, então foi fácil se aproximar.
Amanheceu todos da festa vendo o sol nascer, a musica de piano, uma alegria e paz contagiante.

Em Colombo Paraná Brasil a guerra estava pronta a explodir antes da data chegada da morte do "Sinistro" o pai do "Piá Ruim," ele ordenou um dos seus que estava de portaria a matar o" Patrão da vila" e acontece a troca de tiros em frente ao Fliperama. O Patrão esta hospitalizado e o soldado do "Sinistro" morto.
O pai da Paraguaia na hora nem nos disse, nos deixou dormir, acordar bem e se alimentar. Só aí disse o acontecido e mais, que haviam queimado a casa que eu morava. Na hora entrei em estado de ira o pai da Paraguaia antecipa a morte do "Sinistro" a Paraguaia chorando, pois é amiga do "Patrão" e eu a ele tenho gratidão.
Na madrugada, pirei e voltei para minha vila. Atravesso Foz do Iguaçu de moto táxi, vou a casa onde foi feita a troca da D20 Bonanza pelo Mercedes Bens a roubo e volto para a metropolitana da capital, mas no meio do caminho enquanto ouvia essa musica:
Música: I Wanna Rock - Twisted Sister
Olho no espelho, vejo uma Caravan da federal, tento fugir e começa a perseguição, eles me passam tentam me segurar, toco a caminhonete em cima, eles capotam e eu também. Saí da caminhonete, ando na beira da BR277 totalmente zonzo, escuto o tiro caio e escuto o cantar dos pneus, acordo estou dentro do carro com a Paraguaia que assim que sentiu minha falta entendeu o que eu havia feito e veio atrás e de novo salva minha vida.

Fomos para casa de um médico em Guarapuava qual tirou a bala e me curou em sua casa.
O pai da Paraguaia estava na fúria comigo, o "Patrão" estava entre a vida e a morte, iria pra cadeia, pois matou para se defender. A vila jogada, voltei pra Vila olhei para minha casa onde pagávamos aluguel, queimada.
Eu e a Paraguaia nos instalamos no pico da vila. Casa que já era dela, liguei pra minha Mãe e contei o que aconteceu e que ela voltasse pra casa, pois tudo mudou.
Vou andar na vila todos me cumprimentam sinto o carinho da vila fico pensando sobre tudo sobre que rumo vou tomar.
Volto para casa, a Paraguaia fazendo janta um cheiro bom de louro no feijão, ligo o rádio e toca essa musica:
Musica: Eu so quero é se feliz - Cidinho & Doca, DJ Marlboro 
Olho a Paraguaia dançando até o chão no rebolado e  Penso--- agora vai ser diferente vai ser do meu jeito..
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 (👉Continua na  parte 06)
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