sexta-feira, 31 de maio de 2019

Ausência


O silêncio não cura, mas alivia. 
O silêncio funciona como uma pedra que colocamos no coração pra frear certas emoções. É nesta falta de palavras que a mente começa a aceitar o que relutamos com veemência. É no oco do peito que achamos o nosso bem estar. 
Calar pra não sangrar, frear a língua pra amadurecer. Encontrar um pouco de paz até na falta que alguém nos faz. 
É permitindo a clausura, a reclusão de sentimentos que doem na nossa alma, que começamos a nos curar. 

By JuFuzetto.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Minha Luz - SamBennett (Flashlight)


Você é minha luz, 
nos momentos de trevas,
 Agradeço a Deus por colocar você em minha vida 
 Obrigada por hoje, amanhã e sempre ser presente.
Obrigada por estar aqui. 
 

  Música/Letra/Tradução:Flashlight - Jessie J
20/08/2016

quinta-feira, 16 de maio de 2019

DocC Pimentinha - Rodrigo 'cC' (Vídeo)


Minha Doce, apenas doce.
Inocente, de olhar tão lindo a vida, tanto amor a família, às coisas de Deus Pai e Mãe Natureza, purinha, respeitosa. Não fala nem um palavrão, encantadora, de sorrisão, beleza exótica, estudou tudo que tinha pra estudar. Pra mim uma garota fora de seu tempo, criada de uma maneira antiga e perfeita, bem interior do Paraná.

Eu ‘cC’ criado num ambiente de periferia da capital, um ambiente mais louco, mas sou marrento, bondoso, levo ideia no role inteiro de criança ao idoso.
Sou do inicio da vila, minha brisa é riso e educação, papo reto, parei de estudar na quarta série, ninguém me controlava, na segunda série já gazeava aulas, deixava meus coroas em pânico, todo ovelha negra, meu irmão uma bênção, mas meu role no saibro e no asfalto,na uma das primeiras criança da Quebrada entre Eu e meu melhor amigo um era do Bem e outro do Mau ,adolescência nos anos noventa pós ditadura geração Tocando o Foda-se, na matemática da quebrada plano Real bebezinho valendo Dollar, fronteira logo ali a quebrada cresce no conceito de que cada um na sua mas tudo irmão,  me sinto realizado assim entre as plantas e bichos, solto pipa, ando de carrinho de rolimã, Caloi Cross, brinco com os piás e meu filho até hoje de bets, esconde-esconde. Nas férias de julho lá está o ‘cC’. Minha Pimentinha é quem me freia, me cuida, prestou tanta atenção em mim ao ponto de me conhecer mais que eu mesmo, até confio mais nela que em mim mesmo. Deixou uma vida na “gringa” pra comigo caminhar na vida lado a lado, Mas morreu antes de se realizar, Minha Amada SamatHa só me fez bem. Eu estava precisando desse gole de juízo que o amor dela me serviu. A inocência foi à primeira coisa que tirei dela, então malandramente ela conseguiu me educar, coisa que nem minha mãe conseguia.

SamantHa Te amo mais que ontem!!! Não acaba aqui minha Gata é só uma questão de Tempo!!
  A Pimentinha é a parte ardida que dá o contraste ideal com o seu doce, uma mistura perfeita que dá até um gostoso dentro do coração e no resto do corpo do ‘cC’. Estou dominado e tenho gratidão.  Tornei-me uma pessoa mais equilibrada, depois de umas apimentadas, me apaixonei perdidamente por uma Doce Garota e Amo loucamente ela Pimentinha mais poderosa nessa mistura gostosa de doce ardência que me leva a loucura de amar cada dia mais ..
Samantha te Amo demais, me faz muita Falta, e no final a maldade do Passado foi comigo minha Amada hoje Tu esta no Céu, e Eu aqui no inferno pagando veneno no efeito da pilantragem de quem fez o que Quis e não o que é certo, se não fosse a pilantragem da mimada Nós estávamos juntos Agora..
Deus não livrou nem seu Filho Jesus Cristo da  Traição, iria Livrar Tu minha amada?? Meu Passado minha quebrada não me traiu..
 Te Amo mais que Ontem SamantHa!!
Por Rodrigo cC
 
 
Musica/Letra/Tradução: Touch by Touch - Joy
16/05/2016

domingo, 12 de maio de 2019

Mãe-Amor Eterno - SamBennett

Instrumental: The sound of silence
(Por -família Bennett) 

Mãe 

É impossível a cada ano no segundo domingo de maio, não me lembrar de você.
Lembranças de como você gostava de reunir todos à sua volta nesse domingo gostoso, com quitutes que você mesma fazia questão de prepará-los. Nós fazíamos cartões, entregávamos logo de manhã com um café da manhã todo especial, entregávamos as flores que você tanto gostava, presentes singelos e  a acarinhávamos demonstrando o que no nosso cotidiano sentíamos. Na mesa do almoço, muitos sorrisos e elogios. Papai tocava sua gaita, festejando o dia que era todo seu, com tanto orgulho.

Um dia você ainda tão jovem, adoeceu, seu corpo foi enfraquecendo aos poucos. E em um curto espaço de tempo, já no hospital, você abriu seus olhos verdes lindos e sorriu levemente pra mim. Seria minha imaginação aquele leve sorrir? Não!! Você sorriu sim! Nesse momento eu segurava forte sua mão e senti o seu adeus, percebi que ali você tinha desistido da vida. No outro dia você se foi, serena, tranquila. Nesse dia aprendi mais uma lição com você, a qual me ensinara a VIVER intensamente e AMAR como se não houvesse amanhã e naquele momento me ensinava silenciosamente como morrer.

Essa saudade é, e sempre será crescente.
Que você minha mãe perdoe as aflições e as preocupações que eu possa ter causado: nascimento, infância, doenças, mudanças, adolescência, estudos, profissões, trabalhos, empregos, desempregos, viagens, encontros, desencontros e tantos momentos mais que por muitas tiraram seu sono.

 “Tantas vidas em uma só vida.” Você a Mãe atenta, esposa, filha, neta, médica, professora, educadora, psicóloga, economista, cozinheira, faxineira, decoradora, pianista, chofer...
Você sempre esteve do meu lado. Sempre senti seu amor, suas preces, seu apoio, sua pureza. Sempre recebi suas bênçãos. E ainda hoje sinto tudo de você em mim.

Muito obrigada, minha Mãe, valente, abridora dos caminhos, que livre viveu e livre morreu retornando à fonte de onde tudo começou, começa e recomeçará.
No absoluto vazio de hoje tantos ensinamentos guardados em mim. Fonte inesgotável de vida, música, jorrando sem parar em nosso lar, ensinando nos a trilhar o caminho do bem.
Somente os puros acessam essa pureza. Quem deseja acessar se purifica pelas bênçãos para que essa fonte nunca pare de jorrar.

Hoje com tanta, mas tanta saudades, reabro cartões antigos, fotos, momentos tão breves que se tornaram uma vida inteira. Tudo passou tão rápido e como foi bela nossa história que quase perco a beleza do instante único e precioso do agora, com olhos marejados ao lembrar-me de você com tanto orgulho.

Obedeço suas palavras que dizia: "Que todos possamos nos tornar o Verdadeiro Caminho Iluminado fazendo sempre o bem a todos os seres."

E por tudo isso e muito mais peço que você que tem sua mãe viva, cuide bem dela, esse ser iluminado que sempre está do seu lado seja como for.
Respeite a vida, a diversidade da vida.
Porque nunca sabemos quem primeiro deixará de respirar.
Aqui e agora é o tempo e o lugar.

Pois a dor da perda nunca passa; ela é para sempre, mas o que mudará em nós é a intensidade, ela vai virando saudade, cheia de boas lembranças, bem como o sentido que damos à perda e aos sentimentos que carregamos conosco neste novo momento da vida e do nosso ciclo que se renova.

 Saudades eternas de vc minha Mãe.
 Sua filha: Samantha 

 12/05/2019

quarta-feira, 8 de maio de 2019

O Mateiro - Rodrigo 'cC'


 O Mateiro
(Por Rodrigo 'cC)
 
Eu sou um Paranaense raiz, nascido no Vale do Ribeira, vivo do que tenho a minha volta aqui não dá pra criar nada, tem muita onça, jaguatirica, Leãozinho da cara suja, não da pra se plantar nada, muitos insetos. Alimento-me das varanas do palmito Jussara, frutas, caça, pesca, meus companheiros são dois cachorros urrador, o "Marelo e o Maiado" e meu cavalo baio. Aqui na minha casinha de pau a pique uso de luz lampião, um fogão de barro, um colchão de palha, uma espingarda, um facão na bainha, na parede um velho e rústico crucifixo e uma antiga pintura da mãe do Paraná, Paranaguá na parede retratando sua beleza.

Do meu rancho até Curitiba dá um dia no lombo do baio a moeda vem da caça e do Palmito, compro quase nada, só o fumo, a pinga, o sal e munição. Não gosto de pessoas, não confio nelas pois, vi meu pai ser morto por seu compadre em uma tocaia, por causa de um pote de ouro encontrado em uma caverna no Vale do Ribeira, vitima da ganância, que matou pra ficar com todas as moedas de ouro, eu consegui escapar e sair.
Fui pra casa, chegando lá minha mãe estava morta, eu era ainda muito pequeno, tinha muito pouco a dizer, quase não sabia as palavras, meu vulgo era Jacu, assim era conhecido pela minha timidez, eu era o mais puro bicho do mato, mas fui obrigado a cair no mundão e assim me tornei sozinho na vida. Pensar em vingança naquele momento seria a morte, cavalguei até me sentir seguro, construí meu próprio rancho, desbravei toda a mata, conhecia cada carreiro de paca, cotia, veado, cada fruteira, sua época, as aves que ali se alimentavam, conhecia a onça no cheiro, percebia a buia no mato, era um atirador habilidoso.
-O Marelo e o Maiado, pode acredita! Que num faia.- Essa onça mesmo que senti o cheiro se num fosse eles, eu tava morto, ela veio de trairagem pelas costas, o maiado percebeu, o marelo ja foi num pega e num pega com ela, ai tive de atira, pois ela queria me cumê. Eles tava me defendendo, foi só o barulho, ela gritou os cachorros grudaram em cima. Matei-a de faca, bem no meio do coração, sem dó. Depois disso, nunca mais voltou onça rodear o rancho à noite.

Eu estava até mais tranquilo, tirando palmito, caçando. Mas num dia, eu no rancho, chega um pescador conhecido dos tempos que derrubávamos árvores a machado, as vezes na empreita, ele tinha uns bois, bem lidado, era só dizer, que eles levavam a tora em uma pequena serraria movida a roda d’água. Ele me convidou para ir pra Paranaguá, eu aceitei na hora, peguei uns trocados o Maiado e Marelo nem precisava chamar, subi no lombo do baio e fomos que fomos, duas espingardas, mais os bulldogs do pescador, tínhamos dias, Mata Atlântica adentro, casa no caminho num há, temos que cuidar de onça, cobra, de não se perder ter atenção de algum mal intencionado por ai.
Na primeira noite uma lua gigante linda, uma fogueira, uma paca no fogo caçada pelos cachorros no caminho, que nem foi morta à tiro, bananeiras carregadas, morcegos a degustar nos buracos feito pelos passarinhos na banana, uma rede alta, um fogo alto, pois tirando o homem, nenhum animal tem apreço pelo fogo, assim se afastam.
O pescador gosta de dormir ao lado dos cachorros, os cavalos, ali juntos passaram a noite tranquila. Vai amanhecendo tinha tantos passarinhos diferentes naquela penca madura de bananas que nem deu vontade de sair dali, mas precisávamos ir e fomos nos alimentar com os passarinhos. Os cachorros não deixaram nem o osso da paca. E o pescador com suas histórias de que já havia pescado uma tal de baleia gigante, quem nem acreditei, pois nadar é com ele tipo peixe mesmo, some no fundo da água e eu nem banho sou muito chegado, mas vamos ver essa baleia.

Mais uma noite chega, fogueira, um frango que o pescador trouxe ainda vivo, uma polenta, a parte nobre do Palmito, uma varana refogada, mais uma noite de lua gigante e hoje de historia, o pescador fala de sua irmã artesã, que chama de Sardentinha, fala de sua mãe, de seu pai e que é um Caiçara e eu até gostei desse Caiçara, um povo abençoado no seu levar a vida e que se orgulha de sua cultura.

Estou curioso com o mar e o pescador retruca: -Sua mãe devia ser Caiçara. Aquele quadro é do Porto de Paranaguá. Eu bem “Jacu” pergunto: --O que é um Porto? O pescador na educação responde: -É aonde chegam os navios. - Mas o que é um navio? Ele diz: -- É uma escultura de madeira que dá pra ir além dos olhos. Eu digo: -- Não entendi nada!! Mas vou ver né?  Ele retruca: - Pescador não é só historia. Sim estamos perto, faltam dois dias, para tu ver água que não acaba nunca.  -- Mas é tanta água assim? digo eu. Ele diz: --Você está vendo aquela pedra lá, bem grande e gorda? Eu no ato digo:- - Sim!!  Ele diz: A baleia é maior. Eu retruco: -- Mas, credo que existe isso de onde?  -Está de história pescador?  O pescador explica: -Estou falando!!  Tu vai ver, tem até historia de sereia no mar. Dizem que é linda demais, te encanta com seu canto, te leva para o fundo do mar pra nunca mais. Credo!! Pensei eu: -- Essa de sereia. Eu curioso pergunto: - Mas é verdade mesmo? Tu já viu uma? Ele diz: Não, eu não vi, mas o meu avô falava que o avô dele, contava que era verdade sim. Eu sei lá!

Com essa sua historia passaram os dias, apenas puxando os cavalos, terrenos íngremes, muito araçás, cambuís, uvaia, grumixama, guabiroba, cereja, pitangueira, banana, jerivá pra tudo lado, pássaros que nunca ouvi e por eles sou apaixonado, é a música da mata diz o Pescador. Do ponto certo, ele me mostra. -Está vendo o mar? Eu impressionado só me delicio com a grandeza, ele me mostra onde esta a sua Vila, onde é de fato seu lar e pra lá fomos.
Chegamos à beira do mar, ele se jogou no mar com tanta vontade que até eu que não gostava muito de banho me joguei naquela imensidão de água, ruim salgada não gostei não pra beber, mas pra nadar é bom demais.

Cavalgamos na praia após andar puxando os cavalos por dias dentro da mata em carreiros, os cachorros em urros e latidos, tão impressionados quanto eu. Mais a frente eu vejo fumaças, umas casas e quatro moças sentadas embaixo de uma corticeira florida, quando uma percebe grita lá de dentro do mar, eu abobado com tanta beleza falei ao pescador: --Olha!! Uma Sereia!!  Ele disse: -Tá burro? Aquela é minha Irmã. Eu falei:- Foi mal, estou encantado. O pescador diz: - Tá bom! Sei... -Vamos pra casa pra tu ver o tamanho do protetor dela lá em casa.

Chegamos lá, eu jacu, na minha, quieto, com vergonha que nem consegui responder um simples bom dia. Ao contrário de mim, era a Sardentinha de cabelos de fogo, olho cor de mel, a mais bela cena que eu já havia visto que falava por nós dois. A mãe e pai do pescador me receberam muito bem, contei de minha historia, que estava largado no mundo e toda tristeza e simplicidade de vida. A tagarela Sardentinha não dizia uma palavra, só me olhava, eu tinha cara de brabo, de poucas palavras.
Passaram os dias, comi animais e peixes vindos do mar que nem sabia que existia,  ali eu senti o que era ser um Caiçara mais de perto, mas nessa vila em especial, tinha uma caravela e assim seguiram ao estremo Sul caçar uma baleia. A Sardentinha iria cuidar do baio e dos cães.
Apaixonei-me perdidamente, achava que seria impossível viver, se nunca havia sentido meu coração bater tão forte, minha mente não parava de desejar o mar, a vontade de ficar pra sempre na caravela. Nos momentos onde eu dava uma viajada nas ideias, me vinha a imagem da Sardentinha, mas eu sou do respeito, jamais a olharei de outro jeito, nem sei se seria capaz de atrair uma mulher se até virgem sou, nem beijar sei.

Há dias ao mar, chegamos ao ponto de caça. Eu vejo as baleias, nunca nem acreditei no que o pescador dizia e estou aqui cheio de coragem de caçar ela. Instinto de macho, mas primitivo que gosta de guerra, de aventura, de desafiar o perigo, de mostrar a si e ser capaz, como se ser caçador estivesse no seu mais íntimo, nasceu pra isso desde os mais primitivos existe carne passando gene preciso pra coragem habilidade de ouvir ver sem ser ouvido ou visto, mas aqui era mar, a caça gigante. Mas não da nada! Vamos que vamos e assim foi..

Arpoamos a baleia, a trouxemos pra caravela e retornamos.
Chegou à noite, olho a lua sorrindo e a única cena que se forma é a da Sardentinha, e meu coração batendo gostoso, meu corpo reagindo ao pensar nela durmo.
(--) Uma festa à beira da praia, todos felizes, a Sardentinha feliz em um vestido, uma coroa de flor na cabeça, toda linda, uma musica alegre, fartura nas mesas sobre a areia, a lua nascendo através do navio ancorado, a festa rolando, a Sardentinha vem de dentro da canoa, dentro da agua parecia a tal sereia, me encantei de vez.. Ela chega perto de mim com o vestido colado, molhado, senta sobre mim e me beija, eu nem sabia o que estava fazendo, foi instinto de macho. Entramos na canoa e nos descobrimos à noite inteira. (--)
 Do nada no susto acordo, uma gaivota me bicando já amanhecendo, olho na direção onde segundos atrás havia uma lua, agora vem o sol lindo, pulo da caravela no mar, dou uns mergulhos, volto a caravela, a gaivota que me acordou,  ficou voando sobre mim e agora se tornou minha amiga, acompanhando o tempo todo o navio, mora no mastro, ganha peixes está de boa, até fica me ouvindo fala da Sardentinha.

Passando em frente do Porto de Paranaguá, o pescador diz: - Tu conhece essa cena?  Eu digo: Sim! É a mesma da pintura do quadro da Mãe. Ele diz: - Será que um dia ela passou bem aqui? Eu digo: - Não sei , mas fiquei feliz agora!
Chegam na vila Caiçara de Guarapirocaba e a primeira coisa que vi quando desci da caravela, foi a Sardentinha me olhando.  Aí eu penso(--) Como não se encantar?? (--)
Todos em clima de festa, a noite chega, a lua sorri e como no sonho tudo se realiza. Descobrem-se e sentem a paixão no fogo do corpo, um bem querer de segunda cena o respeito a eles mesmo passado a noite de amor puro, de primeira entrega mutua. O Mateiro pede a mão da Sardentinha e o pai dela permite.

Nos meses no mar percebeu a boa alma que faria feliz sua pequena Sardentinha, que de primeira engravidou e trouxe o fruto do mais puro amor, que fez de volta a vida do Mateiro ser uma vida feliz..

Música Paranaense Beguine Caiçara - Reinaldo Godinho

08/05/2019

terça-feira, 7 de maio de 2019

Com Você - SamBennett (Vídeo)


Com Você
-Samantha Bennett-

 Com você 
quero a liberdade de dizer coisas sem sentido,
e ouvir de volta um elogio inesperado.
Quero te abraçar bem forte sem nenhum motivo,
chorar de alegria e sorrir de euforia.

Com você 
quero estar sempre por perto,
com vontade de ir logo ali,
sentir no peito aquele aperto
e querer voltar correndo.

Com você 
quero beijos apaixonados
mesmo quando o beijo deixar de ser novidade.
Quero deixar a vergonha de lado, ser atrevida
e fazer você se sentir amado.

Com você 
quero dividir todos meus segredos,
e saber que mesmo assim.
eles continuarão sendo meus segredos,
e você meu confidente até o fim.

Com você, 
quero sentir saudades
juntos ou separados por um metro.
Quero recostar no seu peito
e ouvir seu coração bater com vontade.

Com você
 quero que as mensagens no celular
nunca parem e que as ligações terminem
com promessas de sentimentos verdadeiros
e sorrir com os olhos me vendo no brilho no seu olhar.

Com você, 
quero marcar encontros inesperados
 no lugar de sempre, 
em lugares inusitados.
Quero ouvir e apreciar o nosso silêncio.
e fazer barulho nos seus pensamentos.

Com você, 
quero rir das piadas sem graça
chorar com uma cena de um filme emocionante.
Quero ouvir a chuva incessante
e desenhar uma gaivota na vidraça.

Com você 
quero me surpreender todo dia
com coisas que eu ainda desconhecia.
Quero descobrir aquela dobrinha nova no seu sorriso,
e aquele ruga que há pouco não existia.

Com você 
quero estar sempre junto pra comemorar
e prometo no calendário assinalar
todas as datas importantes de nossas vidas
pra que nunca passem despercebidas

Com você 
quero um amor
que me faça cada dia melhor
que me faça bem
pra que eu possa te fazer bem também.
07/05/2019

Música/Letra/Tradução - The End - Earl Grant

domingo, 5 de maio de 2019

Meu Pai que disse!! - Rodrigo 'cC'


Meu Pai que disse!! 
(Por Rodrigo 'cC') 
Sou um Canário da Terra, nasci entre os campos e araucárias, em um galho de Paineira num velho ninho de João de barro. Meu pai um velho guerreiro que em seu canto nos contava de como foi sua vida.
Que ele ainda de cor parda foi capturado, pois se encantou pela sua pequena em uma gaiola e assim caiu em um alçapão e na tortura humana foi obrigado a sobreviver seus dias muito agressivo. Meu pai era de canto alto e dobrado, corricho continuo, leal a sua amada foi obrigado a lutar em rinhas.
Ele conta que havia um circulo, vários canários pendurados em suas gaiolas, nervosos grudados à grade, cantando muito alto, muita raiva havia neles, prontos a morrer ou a matar.

Ele continua a contar:..
Eu que era só minha amada na cabeça, cantei como nunca havia cantado, entre corrichos rodava ao fundo da gaiola pronto pra briga! Tinha de vencer para voltar a ver minha amada e assim fiz, pois ou era ele ou eu e foi pensando assim que me mantive vivo, eu na minha gaiola onde vivia com sua mãe, quando não me tiravam dela só pra ouvir meu canto alto e nervoso, dobrando, canto em cima de canto. Eu nunca entendi se eu canto solto pra que me prender.

Um dia eu vi a chance de fugir, sai pela porta, sua mãe trancada na parte menor da gaiola onde ficava a cumbuca de ninho, num duelo entre a razão e o coração sua mãe no cantar diz: -Vai! Vai, vai!! Então o dono percebeu que fugi, colocou um alçapão, eu com raiva.
Tinha um canário que vivia solto e sempre ia cantar e me desaforar. Voei no poste dei um pau nele, cantei em seu território, o humilhei e ele teve que ir embora, pois é assim na lei da natureza. O território é sagrado. Aí voltei pra gaiola por onde saí, nem entrei naquele alçapão e percebi que no outro dia a porta estava aberta, me fui, cantei , voltei pra gaiola e assim todos os criadores de canários de rinhas me queriam, eu ia nos torneios com minha amada. Agora abria a porta eu ia buscar os canários nas gaiolas, postes, árvores não tinha, virei lenda. Até que um dia num ciclo de estação tínhamos acabado de trocar as penas no verão, é chegada a hora de se alimentar muito, outono, logo chegará o inverno, frio de racha o bico.

Um gavião Piem muda-se para uma araucária próxima a casa onde morávamos na gaiola, eu tinha o privilégio de sair e voltar pra gaiola. Ali quem cantava alto era eu,  numa dessas saídas fui provocar o Piem, ele ficou nervoso comigo, eu estava tirando capim de seu ninho, era o que eu queria, a raiva dele!!! Precisava desequilibra-lo e assim foi..
Chegou um dia que ele veio atrás de mim, eu no ar livre, não ia longe, fui em meio as árvores, casas e sentei em cima da gaiola, ele cego em ódio se choca com a gaiola que cai e livra sua mãe e assim voamos pra longe, mas muito longe! Sua mãe e eu e assim nos tornamos livres como Deus Pai e Mãe Natureza nos fez.

Vou te contar já filho: - O único ser que cria vagabundo é o humano, eu sou fiel, leal a sua mãe e a vocês, até aprenderem o que vim te passar em vida e depois “sai fora”, “se vira”. A ideia é assim: -Tu vai ter sua amada, vai trata-la no ninho enquanto choca seus filhos, se ela sair relaxa e se estica, tu vai enquanto ela não voltar, tratar seus filhos, ensinar a eles o que deve e vai passar seus dias com sua amada, protegê-la com sua vida, proteger seus filhos até que chegue o dia em que tu vai deixar que eles se vão, voar e cantar sua própria vida, fazer sua parte no equilíbrio preciso feito lá no início. Sua alma sobe, sua matéria desce e se manter vivo no eterno é com o gene, tu só se faz vivo no ensinamento.

Então já sabe né!! -Voa vai!! Logo deixará de ser pardo. Nos verões com suas trocas de penas o tornará amarelo, de cabeça laranja, e "fica a dica" a casa do João de barro e do bem-te-vi, não chove dentro.
 -Nunca vá onde têm telhados, a comida ali sai caro. - Eu e sua mãe iremos tirar outra ninhada, já tem poucos Canários da Terra e da tempo ainda nessa primavera e que o bom da Criação lhe proteja, que o mau da Criação não lhe veja.

E assim voei em direção aquele sol se pondo da cor da coroa na cabeça de meu Pai alaranjada e assim atrás da luz fui..

(05/05/2019)