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quarta-feira, 4 de março de 2020

Conto: O Filho do Silva - Parte 10

Parte 10 - (Continuação)
-Por Rodrigo 'cC"-
[...] Toca musica...
Musica: Oreru Nhamandú Tupã - Memória Viva Guarani
Ouço essa música vagando entre o tempo e o espaço entre a morte e a vida, sinto apenas solavancos, a Índia foge comigo numa armada de pau e couro puxada pelo gigante cachorro, pois sabia que viriam atrás de mim e pensava ela na sua bondade que eu seria um escravo do tráfico assim como os seus vem sendo há gerações explorados, sem direito a vida livre dada pelo Criador.
Eu havia dado a coragem precisa para que a Índia lutasse por sua vida e pela minha, pois nunca ousou fugir mesmo contrariada, pois os seu antigos preferia a morte a serem escravos. A Índia sempre teve essa vontade de fugir e lhe faltava coragem.

A mãe do Piá do Silva preocupada com o sonho de sua irmã que dizia que Deus tinha falado com seu irmão que a fez ligar para a Paraguaia que relatou que ele havia desaparecido. A mãe em berros dizia: - Tu não disse que o protegeria? - Vocês mataram meu Filho?
A Paraguaia conta que ele saiu andar à cavalo e foi encontrado apenas o cavalo, que iria mandar um táxi pegá-la para traze-la até Foz do Iguaçu e quando chegasse iria buscá-la. Assim foi.
Chegando na fazenda a Paraguaia percebe que há dias não vê a Índia. Passa um dia, dois de procura e se irrita, ela acredita que o "Piá do Silva" fugiu com a Índia e para as buscas  e ordena a captura do Piá do Silva e a morte da Índia em silencio ao capanga da fazenda.
Eu preso entre o tempo e o espaço escuto esse som...
Musica: Gennady Tkachenko-Papizh
Um lugar com formas de vidas inteligentes, de energia agradável, um lugar como a terra, mas sem a interferência do humano. Muito lindo, de uma paz que chega a dar prazer.
Em meio a esse passeio encontro meu Pai e vou abraça-lo, mas Ele é alma, é intocável, pergunto a ele se estou morto e me vem o choro, antes mesmo da resposta, que não estou morto, apenas estou em estado de iluminação da alma, que está muito fraco meu corpo e estou em silencio para que a natureza tente regenerar o corpo para que não me falte o sopro da vida. Me admirado com as formas de vidas não terrenas quando elas passam ao meu lado ou sorriem, é um prazer que não consigo explicar. Olho longe, ao alto do monte uma Luz pura, linda saldada pelas outras formas de vida. Era Jesus Cristo a iluminar com seu sorriso. Eu sem conseguir parar de olhar, vejo Jesus a erguer do chão uma garota de cabelos longos chorando, surge um rapaz que parecia até estar vivo interceder por ela junto a Jesus e ao cair no chão de joelhos o casal cabeludos, erguem as mãos ao céu e uma luz vem e os dois desaparecem. Meu Pai diz: - Deus os permitiu voltar. - É meu filho o amor é poderoso, o amor é Deus.
Quando viro-me para o lado, vejo Jesus Cristo que com um sorriso me alvejou, com a mesma luz do casal. Acordo com uma sensação boa, olhando para o céu me sentindo renovado, como se eu acabasse de nascer. Olho para o lado, a Índia assando uma lebre. Pergunto: -O que houve? Mas ela fala em guarani e eu português. Tento me levantar, ela oferece sua mão para me ajudar e ao tocá-la senti algo vibrar meu corpo, uma sensação gostosa.
Nos alimentamos, ficamos perto, sem dizer uma palavra e tive uma ideia, desenhei no chão uma casa, aponto com a mão e ela faz sinal com a cabeça que não. Desenho uma criança do lado de sua mãe segurando uma mão e eu de outra. Vejo a lágrima cair de seus olhos como se soubesse o risco que corria, segurei suas mãos e com os olhos em lágrimas a abracei, foi o abraço mais gostoso que já havia recebido e o mais grato por mim dado. Permanecemos em silencio a olhar para o céu, a lua chegando sorrindo
Musica: Ojos de Cielo - Mercedes Sosa
A noite cai como se a paz estivesse ali sentada com nós a volta da fogueira, de longe avistamos uma luz de carro, vamos em direção a luz, nos escondemos. A Caminhonete para, desce homens armados e vão em direção a fogueira, ouvem o latido do cachorro mais a frente, afastam-se da Caminhonete. Aproveitamos a chance e corremos em direção da caminhonete eu a roubo e voltamos para fazenda.
Minha mãe em desespero, pensando o pior, chega minha irmã e diz: - Calma Mãe o irmão está bem. - Ó sente, ele está vindo.
A mãe a abraça pensando --- Coitada, nem sabe o que diz.---  Melhor assim.
Olhei no retrovisor o cachorro vem correndo, parei a caminhonete e ele pula na carroceria. Os tiros repetidos não nos acerta. Enfim chegamos na fazenda, a Paraguaia correu em direção a caminhonete pensando ser os capangas da fazenda e se deparou comigo e com a Índia qual com seu ódio foi agredindo e indagando o que havia acontecido. Eu entrei na frente, minha mãe correu me abraçar e minha Irmã dizendo que ele estava bem, me sorriu e eu abracei com tanta vontade que não queria solta-la mais.
A Índia contou que eu havia caído do cavalo e pensou que eles iam me matar e que por isso eu estava sem direção correndo muito a cavalo e ela tentou me salvar.
Nesse momento eu não soltava a mão da Índia por nada e percebia o ódio na Paraguaia pela Índia e de seu pai por mim.
No outro dia cedo, comecei a ensinar a Índia um pouco da minha língua, o português, mostrando objetos, animais e dizendo os nomes.

Passaram os dias e eu ia ajudar a Índia na colheita da flor da Cannabis, quando vejo o pai da Paraguaia chegando a cavalo e me pergunta: - Por quê tu ajuda essa coisa aí, ao invés de dar atenção a minha filha que te ama e faz de tudo por você, além de ser milionária?
Eu respondo: - Tu quer um homem para sua filha que fique apenas por interesse e sem amor ou respeito algum por ela?
O Pai dela diz: - Não!
Eu digo a ele: - Sem amor, sua filha será apenas um objeto.
Ele me diz : - Pia do Silva, tu se interessa em ir para Florida USA, trabalhar com o anticristo?
Eu respondo: Não! Não quero.
O pai dela me tenta de novo dizendo: - Vai com o anticristo, tu é do bem e fará um ótimo trabalho com a falsa impressão na religião deturpada qual o diabo se manifesta dentro de suas igrejas.
E novamente eu nego.
Ele continua: - Darei a você o segundo lugar na hierarquia.
Eu nego de volta e digo a ele: - Quero comprar a Índia,
Ele diz: - Piá do Silva, pela sua honestidade comigo, a Índia a partir de agora está livre.
E me pergunta: - Por quê tu não quer dinheiro, poder? Como pode você não ter apego a nada? Como pode você se importar com as pessoas? Usa o dinheiro fazendo o bem aos outro? - Como pode comprar remédios, gás de cozinha, alimentos aos outro e continua pobre?
Eu digo: - Nada me dá mais prazer que ver alguém sorrir com o bem.
Seguro na mão da Índia que esta em extasie de alegria de estar livre e voltamos a sede da fazenda. Conto a minha Mãe sobre a liberdade da Índia.
O pai da Paraguaia me ensina a chegar na tribo dela, peguei a Caminhonete F1000 e vou levá-la de volta para os seus pais.
Chegando perto um rio e em seu sentido leste o sol se pondo, sentamos no capô da F1000 e nos tocamos e fizemos amor a noite toda. Amanhecendo chegamos na tribo, seus pais não se continham em lágrimas de tanta alegria, me agradeciam e eu nem entendia uma se quer palavra em Guarani, mas nem precisava, eu sentia a energia do bem.
Resolvi ficar o dia todo ali, muitas crianças curiosas por mim, pela caminhonete F1000, mas sem dizermos uma palavra nos entendemos, pois a energia da gratidão é universal.
A noite chega e vem a hora de ir embora, nos abraçamos e começa essa musica
Musica: Musica: Nhanerãmoi'i Karai Poty - Memória Viva Guarani 
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(👉 Continua na parte 11)
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terça-feira, 3 de março de 2020

Conto: O Filho do Silva - Parte 11 .

Parte 12 - (Continuação)
-Por Rodrigo 'cC"-

Entro na caminhonete, saio olho e vejo a Índia qual toca minha alma e não apenas o corpo, a mente, o coração. Vejo pelo retrovisor aquele rosto que transparece verdade, o amor puro, faço a primeira curva  com a certeza de estar indo embora do paraíso, deixando lá a vida pura e verdadeira para voltar a loucura da selva de pedra, o inferno. Ligo o toca fitas da F1000,  pego uma fita da Bonnie Tyler aperto o play...
Musica: Total eclipse of the heart - Bonnie Tyler
A certeza no coração que voltar para vila seria um erro, mas tenho mãe irmã que precisam de mim. Eu não importa, preciso cuidar delas e de mim, pois a morte tem me tentado. Acelero a F1000 na estrada de chão que corta o Paraguai para ver se a adrenalina é mais forte que as lágrimas que não param de sair, um nó na garganta um sentimento de tristeza de deixar a Índia no passado.
Vejo um morro, pego a estrada em sua direção e em uma serrinha qual dava a volta ao morro, me deparo com uma puma tentando atacar um tronco oco, defendido por uma cadela Husky Siberiano qual já machucada não recuava. Me envolvi na Briga atirei ao chão a puma me atacou a cachorra a atacou, ela que virou no veneno da sede de matar, precisei atirar e matei a Puma. Senti aquele choque de matar sem nenhuma adrenalina, não tenho alma de caçador. Olhei dentro do tronco uma ninhada de cachorrinhos, olho para o lado, a cadela caída e o que ainda a deixava de pé era a valentia de mãe. Recolhi os filhotinhos e Husky mãe, levei todos para a caminhonete. Voltei para estrada principal, fui até uma casa em uma velha pousada e peço que preparem uma sopa paraguaia. Sento-me junto a cachorra, a alimento e me alimento e faço curativos. A Dona da pousada me ajuda a costur seus cortes e limpar bem o ferimento. Alugo um quarto e ali permanecemos eu. a cachorra e seus filhotes.
Amanhece tomamos café na cama, a cachorra qual me obriguei a chamar de Princesa, pois eu a tratava como uma, meu cuidado com ela foi gigante, nunca havia dado tanta atenção a nada quando dei a salvar essas vidas tão valiosas ao Criador quanto a minha. Pego um a um, dou mamadeira, pois a Princesa estava fraca e se ela fizesse a amamentação sagrada, lhe faltará a energia para vida.

Na fazenda minha Mãe já imaginava que eu não voltaria mais e com a Índia ficaria. Minha irmã a acalma e diz: - Calma mãe! Logo ele vem. Nunca vai me abandonar. - Mãe, vamos pescar para distrair?
A Paraguaia se envolve e vamos a beira do Rio Paraná, ali pescamos por horas, minha Mãe olha para Paraguaia agoniada e diz: - Tu tem que seguir sua vida. Meu filho a tem carinho, mas não tem amor e você  não pode desperdiçar sua vida. Ele é muito novo e tem esse jeito aventureiro com as mulheres e ama a Gaúcha.
A Paraguaia diz acredito que amava. Tu percebeu o esforço que fez pra libertar a Índia e desde o primeiro momento que a viu algo mudou em seus olhos.
A Mãe concorda que realmente seu trato para com a Índia foi diferente e diz: - Só o que me falta ele não voltar mais da tribo!! - E tu Paraguaia sabe onde fica a tribo?
Diz a Paraguaia: - Sei!
E assim seguiram para tribo,  já há dois dias sem aparecer tem algo aí. A Paraguaia pega o carro a Mãe do Piá do Silva e sua irmã a cantar uma musica...
Musica: Aquarela - Vinícius e Toquinho
Então seguem em direção a tribo já há horas de estrada a Irmã do Piá do Silva vê ele pela janela da pousada. A Paraguaia reconhece a F1000 do Pai. Chegam na pousada e se deparam com o Piá do Silva dando mamadeira  aos cachorrinhos. A irmã já vai em sorrisos pegar a mamadeira para ajudar. A Paraguaia acaricia a cachorra a Mãe dá um esculacho em seu filho por demorar em dizer nada e tudo fica bem. Ele pede para que elas fiquem ali mais uns dias para que a cachorra se recupere, que precisa entender algumas coisas que sente no coração, tirar a bagunça da razão, pois não paro de pensar na Índia, não consigo sequer sentir desejo pela Paraguaia de uma forma inconsciente que vem do sentimento. --- Será que estou cego de Amor? -- É, não adianta eu me enganar, eu sempre senti um desejo enorme por essa Paraguaia linda, mas não mais! -- Será que vai ser assim com todas? -- Credo! Como vou fazer com esse meu corpo em fogo? -- Gosto de sexo mais que tudo. -- Bom vou ver qual é com outra em outro momento, se for verdade que o Amor é mais forte que tudo não vai ter jeito. -- Vou ter que andar pelado, tomar banho de rio. Irei atrás da Índia se de fato for Amor, pois se for paixão vai passar logo e se volta em direção a sua irmã. Pegam a F1000 e vão para beira do rio. Já no rio com barro na beirada começam a brincar como se todos os problemas e tormentos em seu coração e mente não existissem e ali as horas passam. Ensino minha Irmã nadar, vamos ao campo colher flores para a Mãe, ficam a caçar com os olhos as variedades de insetos, pássaros, o pôr do sol. Vem a noite que chega trazendo a lua cheia, ficamos deitados olhando pro céu. Passaram estrela cadente, uma estrela que parecia seguir viagem em luz ,direta sem dar uma piscada. Minha Irmã dorme, a pego no colo, coloco na cabine da F1000 e seguimos de volta para pousada e de volta me vem o pensar sem parar na Índia e eu brigando comigo mesmo, dizendo: - Só pode ser Amor--- o que faço estou ficando louco! Liguei o rádio da F1000 e ao tocar essa musica meu coração bagunça...
Musica: Changes- Black Sabbath  

Chego na pousada acordo a minha Irmã que vai correndo em direção a Princesa e seus filhotes, vai na cozinha pede para a cozinheira leite e damos mamadeira a todos, damos carinho pra Princesa e vamos jantar e depois dormir.
O Pai da Paraguaia com o dizer do Piá do Silva de não se envolver com sua filha por não mentir para ela um amor que não sente e não querer levar adiante um sonho realizado de mentira.
A mãe da Paraguaia diz: - Então desistiu de mandar matar ele?
O pai da Paraguaia diz: - É, vou ajudá-lo a se manter no bem. No fundo está quase se perdendo, mas tem alma do bem, não merece o inferno na terra.- Vou perguntar a ele o que deseja em sua vida.

Amanhece, o Piá o Silva sai em direção a fazenda chegando lá vai ao Pai da Paraguaia o chama de canto. O Pai propõe uma pescaria, pegam o Iate e vão Rio Paraná acima. Uma conversa se inicia e o Piá do Silva pergunta: - Como você sabe quando não é paixão e sim Amor?
O Pai responde: - Porque o Amor é  lutar, você faz o impossível e paixão não se faz muito se esquece logo.
O Piá do Silva diz: - Estou com o sentimento que to indo embora do Paraguai e deixando um pedaço de mim.
O Pai diz: - É a Índia?
O Piá do Silva diz: - Sim, mas tem algo a mais que sinto, só não sei o que é.
O Pai pergunta: - Se eu lhe concedesse um pedido que custe até ser meu braço direito ou milhões em dinheiro, fazenda, o que quiser. O que você pediria?
o Piá do Silva diz: - Proíba o trafico na vila onde nasci. É isso que eu desejaria.
O Pai  da Paraguaia diz: - Desejo concedido.
E Pega seu Celular, liga para um Grau acima na hierarquia na Bolívia e consegue que se proíba a venda de drogas em sua vila e conta que vai trazer para o seu lado o Patão da vila assim que sair do presidio do Ahú, que já está cansado dessa vida de poder, perigo, adrenalina que cansou.

O Piá do Silva conversando com um homem tão esperto fala de seu pensamento de usar o reciclável da vila para fazer dinheiro e usar ali mesmo: - Em Curitiba se troca o reciclável por hortifrúti pretendo fazer uma associação comunitária  e penso em realizar bingos para unir a vila e arrecadar o dinheiro da vila para usar na vila.
O pai da Paraguaia não resiste e fala: - Tu não é desse mundo Piá! Tu nasceu para fazer o bem. Eu vou te ajudar. - Ache dois terrenos um do lado do outro que vou doar para te ajudar e fica tranquilo que não se venderá mais drogas na vila.
Eu agradeço e vejo o malandro surpreso com minha atitude e me diz em bom tom: - Piá do Silva se um dia alguém cruzar seu caminho, qualquer um, em qualquer lugar do mundo me diga,que vou matar a família inteira, nem papagaio ou cachorro vai viver. E já diz: - Duvido que vá usar esse poder mas já sabe; - Se você sentir acuado é só dizer: sabe que sirvo ao anticristo, meu chegado da Flórida eu digo:-Se eu ver que não tem jeito mesmo vou ordenar essas mortes sem dó, pois sei que o medo que mata tanto quanto a coragem.
O Pai da Paraguai diz: Presta atenção está puxando.
Eu dou a fisgada e começa a briga com o pintado.
Depois de um tempo de briga, tiro o pintado do Rio Paraná e já combinamos a fazer uma sopa que eu vou preparar. O Pai da Paraguai já me tratando de igual pra igual, eu o olho nos olhos e digo: - É, eu sinto que vou ter que usar seu poder e lhe cobrar a palavra dada de matar para me defender. - Algo me diz que um dia vai acontecer e vai ser sem chance para quem não me deixar outra escolha.

O Pai da Paraguai diz: - Tu sabes que sou da banca do anticristo e tenho tal poder. - Me avisa, mas antes de nomes, pois se algo acontecer saberei quem procurar e onde nada escapa ao anticristo e sabe ser o único até hoje a não se render a ele. - Tu me intriga Piá do Silva.
Voltamos a fazenda e na chegada vejo todos no trapiche o pai da Paraguaia diz: Escuta essa música...
Me Esqueci de Viver - Julio Iglesias
que fala de mim e viva Piá do Silva, viva e tente se manter no bem e seja feliz e se esconde do mundo, pessoas boas não são bem vistas e por muitas atacadas por serem assim e são minoria aqui na terra ..
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👉(Continua na parte 12)  
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Conto: O Filho do Silva - Parte 12


 Parte 12 - (Continuação)
-Por Rodrigo 'cC"- 
De volta à vila vou atrás de comprar dois terrenos. O pai da Paraguaia paga. Eu chamo a vizinhança na ideia de fazer um bingo mensal para arrecadar a grana para construção da associação da vila. O povo mais  chegado num “fervo” toparam na hora.
O primeiro de cada família a participar levou uma prenda boa. As tias da vila levaram de doação: bolos, salgados, fim de outono pinhão catado na mata da vila, milho verde que o seu Maneco doou da sua plantação, cerveja de garrafa refrigerante vendido de copo doação do mercado e o material de construção doou uma generosa prenda e assim foi aquela energia da vila unida. Agora a vila sem trafico, mas morada de malandro de respeito tem uns par de forte “rolê” louco. Meu amigo Mané só vende no peso, o Patrão da vila vai para o Paraguai quando terminar de puxar sua cadeia.
A Vila na paz o Tio do escolar surpreendeu a vila ao chegar ao bingo vestido de Palhaço e atrai todas as crianças pra rua. O primeiro bingo foi feito no bar do Pé Vermelho, brincadeiras de elástico, amarelinha para as gurias, dois golzinhos e pipas para os piás, tudo era vendido a um real.
A noite chegou, o bingo silenciou um espalhado de sorrisos no rosto da galera da vila, crianças cansadas de tanto brincar de tudo ao mesmo tempo, olho para Japa, para Mané: - Vamos dar um “rolê”?

A Japa diz:- Vamos buscar minha prima que chegou do Japão?
Então vou até minha casa no pico da vila, pego o Opala Diplomata e desço. Dou ideia as piazadas para recolher todo o lixo e dou vinte reais para cada e elas vão faceiros recolher. -- Vai virar em pipa a grana – Bom assim.
Seguimos para o centro de Curitiba, ligo o CD, coloco esse som...
Musica: Get Crazy -  Sparks
Avenida Abel Scuissiato, saída da vila quinhentos metros de reta encho o motor em uma brusca acelerada, o Opala seis canecos responde, solto a embreagem e dos pneus traseiros levanta a fumaça, estico a primeira marcha, segunda, seguro o Opala, passo a lombada, levanto o giro, primeira... segunda ... Mercado na esquina, passo de boa, duzentos metros curva forte a direita, BR116 estico as marchas do Opala, ronco louco, entro na Br116 de lado, vou para a pista da esquerda, dou final no motor do Opala, paro no sinaleiro e ao lado para  duas garotas em uma Kadett conversível e pergunta: - Onde vai Apressado?
E Eu respondo: - A procura de uma noite única.
 Diz uma delas: - Vamos a minha festa então?  E passa um bilhete com o endereço.
Sigo a buscar a prima da Japa no Ecoville e vamos à festa. A prima da Japa linda que só. Vamos a festa pego a BR 376, pé no assoalho, escape do Opala a fazer musica alta, acendo um “enrolado,” desacelero, paz na mente, chego na festa em  um sitio, todos a me olhar, descemos, um salão grande, luzes e essa musica começa a tocar...
Musica: Boys - Sabrina Salerno
Já no corredor em direção ao salão me vem meu Pai na memória e entro dançando como se estivesse sozinho. Entrei no meu mais íntimo da mais gostosa viajem e todos me olhavam. Uma ruiva vem a me acompanhar, ela conhecia os passos e ali em sorrisos conversamos,  vou ao bar pego uma lata de Coca-Cola, vou a beira do Lago com a Japa, sua Prima e o Mané, fumamos outro “enrolado” e desenrolamos e fomos ao salão tirar uma viagem com as luzes piscando as pessoas dançando. Quando chega uma guria morena e me pergunta se eu tenho um enrolado para apresentar, vamos à beira do lago, ela me beija, me tenta, mas me vem a Índia na mente e dou aquela broxada, corto a morena que sem entender me respeita e me afasto. Ela diz: - O que foi?
Eu digo: - Eu Amo alguém, não consigo transar com mais ninguém.
Ela então responde: - Vá atrás dela. - Ela é de sorte, mas volte aqui vamos levar ideia de boa, prometo não te provocar.
Nisso chega uma loira e diz: - Amor o que faz ai?
E a Morena diz: - Vim só fumar um enrolado.
A Loira diz: - Acabou?
Então eu enrolo outro e fumamos a morena vira pra Loira e diz: - Acredita que ele não transou comigo por amar outra?
E a Loira ri e tira a roupa e a Morena faz o mesmo e ali as duas começa e se beijar por inteiras e eu ali de boa como se nada tivesse acontecendo.
Não sinto vontade de me envolver fico admirado comigo, pois amo e esse amor é poderoso, volto para festa e deixo as duas ali. Avisto a Japa e o Mané, conto a historia, eles dão risada.

Vou ao Opala encontro a dona da festa que já vem toda de graça, me leva a um lugar reservado, umas dez garotas, a aniversariante é virgem e querem que eu dance para elas e transe com a virgem. Eu sem graça e mandei a real!  Falei! Tenho namorada e não sei trair e foi mesma coisa que dizer: Venha! Choveu gurias de tudo jeito, quando me dei conta estava nu. A Japa me viu pela janela, a olhei com um olhar de socorro e assim foi... Ela entrou me chamando de vagabundo, gritando pra eu ir embora e virou um grileiro. A galera da festa me viu saindo de cueca, fui para o Opala e saímos rindo muito. A prima da Japa de cara fechada, manda a realidade para mim dizendo  que devo me cuidar muito que quem tem a energia que atrai, por muitas atrai o que não quer,e que o não querer quem te quer,gera energia ruim, pois a pessoa que te deseja e não tem coloca energia, muitas de um desejo bom, mas a maioria o desejo ruim e é no desejo que a maldade vem,na força, na energia gasta pra isso e a Japa a traduzir usou um tom de bronca em mim e entendi bem o recado da prima da Japa e acabei descobrindo que não era só com a Paraguaia que eu havia perdido  o interesse pelo sexo e gostado de fazer amor. Coloco uma musica para Relaxar...
 Música: Grobstadnacht - Dreizack
Pegamos a BR376 na direção errada vamos sentido litoral Sul do Paraná e norte de Santa Catarina quando começo a acelerar. A prima da Japa pede para eu a deixar dirigir. Parei o Opala e a deixei. Vou te contar!!! Essa prima da Japa ligou o modo aventura e pisou no Opala os pneus de trás sofreu fazendo fumaça ao patinar sem parar e foi “A adrenalina”. Fumamos outro enrolado  e chegamos em Guaratuba Paraná  quase amanhecendo, nos deliciamos com o nascer do sol no Morro do Cristo e  ali pergunto a Prima da Japa: - O que é a energia que você  dizia?
A Japa traduz e diz: - Da Alma, é ali que somos fracos e poderosos, onde guardamos o que nos tornamos, é onde mora a bondade e a maldade.
Assim, num resumir entendi bem. Eu não tirava a Índia do coração, do bom desejo, do pensamento e no mesmo momento à Índia que pensava nele, uma criança no útero gerava.

Passaram os dias...
Eu em casa na vila a pensar na Índia.
E lá no Paraguai sua barriga crescia.
Passados mais de meses a Índia procura a Paraguaia para pedir que me chame que ela precisa conversar comigo, assim a Paraguaia faz.
O Pai da Paraguaia ao perceber a gravidez da Índia a trás para casa e a leva fazer todos os exames. A Paraguaia me liga e pede que eu vá a fazenda o mais rápido possível.
Eu vou ao Opala, ele não liga, vou num amigo e pego sua Kadett Ipanema emprestado e parto para o Paraguai com uma quantia de dinheiro no bolso, nem habilitação tenho, mas na BR277 a fiscalização não é forte.
Chegando a Guarapuava cansado procuro um hotel, preciso dormir não aguento ficar acordado, paro janto na churrascaria, pergunto de um hotel vou até o hotel e já vou deitar. Um sono que me domina, durmo e começo a sonhar com a Índia, acordo durmo e o mesmo sonho me persegue, as horas passam a Índia a me chamar. Eu tento chegar nela e quando vou chegando é um sonho e acordo e isso me colocava em pânico.
Pego a Kadett Ipanema e saio bem louco na estrada, o sono me pega, bato o carro, tudo se apaga, um nada toma conta, tudo fica escuro e o meu pensamento vaga nesse escuro sem entender nada.
No Paraguai e Índia ao chegar para fazer os exames do nada passa mal e é internada num picar de olhos, enfraqueceu e foi ao coma induzido assim como eu me encontrava em um hospital em Cascavel Paraná.
De repente nesse escuro num nada escuto a voz da Índia, meu coração acelera os médicos a observar minhas reações, assim como os da Índia a observar a reação dela. E na beira de um lago encontro a voz que me chama e meu corpo reage e lá esta ela sentada, sento ao seu Lado e de longe vejo um menino correndo e ela diz: - Vai se chamar Raoni, é nosso filho, cuide dele e ofereça a ele o que há de melhor em você. E me abraça e some dizendo: - Te Amo.

Em Cascavel no hospital acordo no susto e no Hospital no Paraguai morre a Índia e nasce Raoni,  antes do tempo, mas o dinheiro do Pai da Paraguaia dá o que precisa para ele  ficar vivo.
A Paraguai já ciente do meu acidente me espera há dias sair da UTI e não me conta nada.
Eu já no quarto conto a Paraguaia do meu sonho e ela me olha assustada e eu pergunto: - O que foi ?
Ela responde: - Nada.
Estava claro que algo acontecia e as horas e dias passam. Saio da UTI, a Policia a me esperar querendo saber do carro, do acidente, do dono do carro, mas minha velha sorte trouxe policias corruptos e o dinheiro da Paraguaia os calou.
Mandei o que sobrou da Kadett Ipanema para o dono. Minha mãe no telefone aos gritos de alegria por eu estar bem e em outros momentos me dando bronca.
Seguimos ao Paraguai: - Pergunto: - O que vou fazer no Paraguai?
E ganho de resposta: - Calma, chegando lá tu vai entender.
Pego uma caixa de fósforo e começo a fazer musica e canto essa musica...
Musica: Is This Love-  Whitesnake
Ás lágrimas vem com força, não controlo meu coração que bate louco, uma sensação estranha, uma vontade de soltar um grito, jogar fora a energia presa.
Chego ao hospital no Paraguai, sinto uma energia gigante, poderosa e olho pra Paraguaia, pergunto o que aconteceu e ela me olha em lágrimas. Me assusto e saio do carro e a Paraguaia diz: - Vai ao quarto 201 e saio sem entender..
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👉(Continua na parte 13)  
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Conto: O Filho do Silva - Parte 13

Desenho realista bebê | Desenhos realistas, Desenhos, Realista

Parte 13 - (Continuação) 
-Por Rodrigo 'cC"-

Chegando ao quarto me deparo com o Pai da Paraguaia que me abraça e ali sem entender nada pergunto: - O que acontece?
Ele diz: - Calma!
Eu sinto a presença da Índia, meu coração acelera. O médico se aproxima e diz: - Venha  conversar comigo.
 Eu já vou questionando da Índia. O Pai da Paraguaia abre a porta do quarto e eu sinto uma energia boa e gigante antes mesmo de entrar. E ao entrar me deparo com um bebezinho na incubadora. O sorriso toma conta do meu rosto e o bebezinho assim que sente minha presença reage. Então entendo que não era um sonho que eu tive e sim uma despedida. Olho para o médico e digo: - Já entendi tudo, meu amor morreu no parto e esse é o pequeno Raoni.  
O médico diz: É sim, a Índia disse mesmo que tu virias, segundos antes de morrer e que o nome do piá seria Raoni.  Muito me assusta saber que tu não sabias e sonhou com ela e Raoni. - Ela já estava morta quando tirei seu filho e cuide, pois é de sorte e o que mostra isso é ele estar vivo. Precisa ficar um tempo aqui no Paraguai, Raoni precisa de tempo na neonatal.
Diz o Pai da Paraguaia: - Vamos descansar. Você não pode ficar aqui dentro da neonatal, então vamos até uma cobertura que tenho aqui perto.
Chegamos à garagem do prédio e o Pai da Paraguaia diz: - Tem um carro debaixo daquela capa cinza e a chave esta lá em cima no prédio, pode usá-lo.
Subimos para a cobertura e de lá avisto cassinos e o Pai da Paraguaia diz: - Toma um banho, depois vamos ao cassino distrair e conversar, eu sei que  você está sem chão. - Vamos! -Arrume-se.
No banho lágrimas de tristeza de perder um amor e a alegria de ganhar outro. Uma mistura louca de sentimentos, mas me visto e pego a chave com o símbolo de um puma. Ao descer me deparo com um Puma GTB S1 debaixo da capa cinza. Entro ligo e vem a musica do motor seis cilindros em suave embaralho da marcha lenta ligo o rádio e toca esse som...
Musica: 18 And Life - Skid Row
Seguindo a Ford Bronco do Pai da Paraguaia, vamos primeiro a um Cassino isolado, onde havia briga de cães e de galos, o Pai da Paraguaia me apresentava como Ohaló e todos me saudavam. O Pai da Paraguaia me pergunta se já assisti uma briga de galo e digo que sim que onde moro tem galista. Sentamos para assistir a rinha, o Pai da Paraguaia ia apostar no galo de um amigo já com seis rinhas, da linhagem Alicate vindo do Brasil, contra um galo da Bolívia chamado Asa Dura, da linhagem Pena Curta. O Pai da Paraguaia ia apostar dez mil dólares, eu pergunto: - Mas tu entendes de rinha de galo?
Ele diz: - Vivo apostando aqui e ganho dele mil dólares pra apostar, deixei a rinha começar e assim que o galo da linhagem Alicate começou a levar espora e aguentando firme, morre, mas não corre. Eu apostei nele, pois percebi que o risco era grande, mas acreditei que na hora que batesse iria matar e o Pai da Paraguaia já havia jogado contra o galo de seu amigo como quase todos, pois era o favorito, nove rinhas, mas foi como percebi, o galo Alicate esperou o galo Pena Curta bater e ficar auto confiante e assim foi... Numa saída de nuca  do galo Pena Curta o galo Alicate matou e feliz da vida cantou,  pois essa é sua natureza, não luta porque o humano quer, pois a criação o fez assim, corajoso que luta pela sua vida desde pinto pequeno até ao galo formado que desafia o outro para vencer, passar seu gene, viver entre as galinhas e ter seu sucesso na vida. 
Eu havia pegado dez por um, apostei mil dólares e ganhei dez mil dólares e me veio minha amada na lembrança, lagrimas foram mais forte que Eu.
Saímos da rinha, voltamos à cobertura, fumei um enrolado olhando Assunção capital do Paraguai momento só. A única coisa que me restava ao em vez de lamentar a partida da Índia o amor da minha vida e agarrar a choradeira depressiva. Fui em direção das boas lembranças e lembrei-me do nosso primeiro encontro, de como a vida é louca e por muitas não se faz entender. Fui ao toca disco e dou de cara com um disco da Perla com a primeira música sendo a mesma que cantei para ela no momento em que nos sentimos nos conhecemos sem poder se entender nada das palavras, pois ela falava Guarani e eu Português. Liguei o toca discos escuto a musica..
Musica: Índia - Perla
É como se aquela primeira musica falasse comigo, entrei no silêncio, veio em mim à imagem da Índia no pensamento sorrindo pra mim. Logo entrei naquele sonho onde minha amada me disse do anjo Raoni que trouxemos ao chão. Peguei o telefone, liguei para a Paraguaia e perguntei o que a tribo fará com o corpo dela, e a Paraguaia disse que a colocariam num jarro e perguntei se eu poderia ir vê-la. Ela disse que não, mas que o Cacique queria falar comigo em sete dias, após o ciclo das noites sem luar.
A noite passa que nem vejo, amanhece vou ver o Raoni pela Janela da Neonatal e hoje quem aparece por lá é a mãe da Paraguaia qual mal falava comigo durante esses anos. Achegou-se e me deu um abraço, me pediu para acompanha-la num café na lanchonete do hospital. Pedi meu Nescau e ela um café e me diz: - Tu tens uma vida nas mãos, abandona as aventuras da vida, dê muito contato físico desde o inicio, converse, brinque, criança precisa muito de atenção.
Eu digo: - É Verdade precisa mesmo, tenho uma amiga a Japa e a irmã dela que tem síndrome de down e ao conviver com elas eu percebi a importância da atenção e grudei mais em minha irmã vendo as duas se comportando.
A mãe da Paraguaia diz: - Quando for conversar com o Cacique irei com você, eu falo Guarani, nasci naquela Aldeia, então Piá do Silva apenas se coloca numa situação de paz e certeza não deixe que os índios sintam em tu maldade ou algo assim que não vão lhe confiar o Raoni. – Eu sei que tu és o Pai, mas passe a eles essa sua energia boa e não essa energia que ganha todos a sua volta, me entendeu né?  
Eu respondo que sim a agradeço e vamos ver o pequeno Raoini a mãe da Paraguaia me conta de quando foi mãe de como fugiu da tribo e como foi casar com o filho de uma família que há dezenas de anos tiveram escravos nas fazendas de plantações de Cannabis . Disse-me  que sua Tribo a odiou, depois de seu marido viver essa historia de Amor e ir contra seu pai e casar com uma Índia e ver sua Índia ser aceita na sua Família de brancos milionários norte Americanos que se Julgam superiores e lá servem o anticristo. Agora te ver negar todo o poder que o anticristo tem a oferecer e não querer casar com minha filha milionária, pedir para que pare o tráfico na sua vila, mesmo podendo pedir poder e tudo que quiser. Meu marido libertou todos os escravos que ainda restava e os convidou a ficar para receber salário.: - Então Piá do Silva tu fizeste o que sempre senti vontade de conseguir fazer e te agradeço do fundo do coração. -As minhas razões para mesmo sendo Índia e sendo dona indiretamente das terras onde se tem escravos Guaranis nas plantações de Cannabis, foi o Amor. Sempre acreditei que um dia iria conseguir que meu marido os libertassem e quero que saiba que já passou bem perto para meu marido te matar, sabes que já deu trabalho, prejuízos e que minha filha matou por você, mas acredito cegamente que meu marido se não queria ter um filho como você, pelo menos queria ser um pouco igual a você, pois essa proteção e preocupação não tem nem com a nossa filha e isso surgiu quando você não quis minha filha. Não por não gostar dela e sim por gostar respeitou a verdade de seus sentimentos.
Então dei um sorriso de feliz e disse: - Eu gosto do seu marido, da sua filha e hoje aprendi a gostar da senhora, a conhecendo de história de vida. Fico feliz em sem querer acabar com os escravos, pois a Índia eu conquistei a liberdade até quis comprá-la, mas seu marido a libertou nessa verdade de meus sentimentos que o encantou e na viajem até a tribo que ela engravidou. Agora esta ai, depois de meses o pequeno Raoni a minha amada no fim da vida com Tupã.
Diz a mãe da Paraguaia: - Vamos almoçar?
Eu digo: - Vamos à cobertura estou lá.
Ela de imediato liga para o marido e filha. Entramos na Puma GTB S1 e a mãe da Paraguaia diz: - Esse carro compramos em Curitiba, nunca nem minha filha dirigiu e meu marido umas três vezes e eu só havia andado apenas na viajem de Curitiba a Assunção.

Vem-me na ideia o almoço, penso numa polenta e ao passar em frente a feira já vejo frango caipira vivo. Comprei, matei, limpei.
A Paraguaia chega e vai me ajudando, a mãe dela namorando nosso comportamento, eu digo: - Faz assim Paraguaia esquente a água na panela, coloca uma colher de sal e uma de manteiga,  pega o fubá, mas não coloca na agua que empelota. -Faz assim: - pega uma colher de manteiga e meio copo de leite misture no fubá seco e acrescente colher por colher na agua fervendo assim não empelota ai tu mexe por quarenta minutos que vou conversando com sua mãe.
A mãe dela ri, pego a panela douro a cebola com uma colher pequena de açúcar jogo o frango já salgado, refogo sem parar de mexer, junto a cebola levemente caramelizada, coloco o alho,  continuo a refogar ,quando chegar em ponto de fritura coloco uma xícara de agua quente e deixo cozinhar. Corto cebolinha e salsinha e reservo. Corto dois dentes de alho coloco no frango quando baixar a xicara de agua coloco outras duas  e acrescento uma colher de colorau e quando estiver baixando coloco a salsinha e cebolinha.
Passaram quarenta minutos. Pronto o frango e a polenta salada de almeirão temperada com bacon e vinho seco. Almoçamos.

Na tribo assando pinhão em volta da fogueira, o Cacique com o pensamento firme de ficar com Raoni na Aldeia. O Pajé de acordo.
A semana vai passando. Os dias na Neonatal com Raoni, as noites na cobertura. Nada me acalma mais que um enrolado e de novo sonho com a Índia linda, gostosa, maravilhosa me levou passear no paraíso, pois acordei como se tivesse feito amor com ela a noite toda acordei amando ela mais ainda, mas cai na realidade.
Vou à geladeira não tinha doce, faço um café, como pão com margarina e açúcar, ligo o rádio  e toca... 
Musica:  Take On Me - A-ha
não me contenho, saio dançando de cueca como se estivesse só no mundo, quando me dou conta uma mulher me olha da outra cobertura e isso me deu uma sensação ruim. Saio, vou ao hospital ver meu pequeno Raoni . Volto à cobertura, pego uma caminhonete F1000 na garagem da cobertura e vou em direção à fazenda, pois é chegada a hora de ir a Aldeia falar com o Cacique e decidir a vida de Raoni ..

(👉Continua na  parte 14)
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Conto: O Filho do Silva - Parte 14

j o • f e v e r e i r o: didática - aldeia indígena I


Parte 14 - (Continuação) 
-Por Rodrigo 'cC"-

Chego à fazenda a mãe da Paraguaia com um ar de preocupada, o pai dela também já querendo ir pra guerra dizendo que é meu e não tem o que vá contra e a Paraguaia com uma suave lágrima. Ligo para minha mãe e minha irmã atende, e nada poderia ser mais poderoso que um interagir com o amor puro gratuito de criança e já em voz espalhafatosa ela pergunta? – Cadê o Raoni? Já está vindo? Como ele é? E a mãe dele? Posso ir ai?
 Eu metralhado com tantas perguntas, mando um eu te amo gritado.
Minha Irmã diz: - Ó é assim, vou cantar uma música para o Raoni. - Coloca o telefone para ele.
Eu digo: - Não estou perto dele.
Ela diz: - Então eu canto para você e depois você canta para ele.
E ela começa..
Musica:Brincar de Índio - Xuxa 
Sorrio e entre todos ali na fazenda olhando eu cantando Xuxa de lágrimas nos olhos, interagindo e dançando como se minha irmã tivesse ali. Continuamos a conversar até que ela deu o celular para Mãe.  Já no Oi Filho dela já me senti abraçado e digo: - Mãe é hoje! Ou Eu vou à tribo e meto o louco e nem vou nada, mas dentro de mim quero essa bênção do Pai da Índia, os vejo mais puros sem mentiras, vivem bem melhor que os da civilização, sem mentira ou maldade de um para com o outro sem nada Babilônico que os diferencia ou que os façam ostentar. -Mãe o que acha?
 Ela diz: - Que pergunta Piá, claro que vai a Tribo.
Escuto o grito da minha Irmã: - Vou Junto!
Peço à mãe que diga a ela que não dará tempo e se desse, eu a levaria e ouço um resmungo: - Sou tia de um índio, ó que legal.
E já vem a pergunta: - Mãe, posso andar pelada e  fazer uns desenhos em mim?
A mãe ri e diz: - Claro que não guria!!
Eu dou risada, o coração conforta, a alma se sente abraçada. Desligo, olho para o Pai da Paraguaia que diz: - Piá do Silva tu é maluco e sua vida é louca!
E saímos em direção a caminhonete F1000. Quando chegamos lá fora, um bando de capangas armados e falo: - Não vamos apenas nós quatro?
O Pai da Paraguaia fala: Tá maluco? Se eu for lá estou pego.
Digo então: - Meu amigo vamos nós três apenas. Estou longe de guerra hoje. -Na volta conversamos.
Um dos Capangas fala: - Vai com a Toyota Bandeirantes que está ruim a estrada. Choveu muito.
Saímos de Toyota Bandeirantes, sentido a aventura, era aquela terra, era preciso 4x4 o tempo todo, muito liso. A Paraguaia dirigindo, logo se perdeu na curva, pois cometia um erro, ela fechava a mão na direção e na lama a ação fica mais rápida e leve, com a palma da mão aberta pressionando o volante. Trocamos de lugar, peguei a direção, seguimos viagem.
Quando chegamos a uma serrinha onde eu havia encontrado minha cachorra Princesa, ali tive de descer, colocar o guincho nas árvores e subir de arrasto. A Paraguaia na chuva me ajudando e a mãe dela dirigindo. Levamos mais de três horas pra andar dois quilômetros até que estourou o guincho e já era. Não teve o que fazer, passou a chuva, a Toyota ancorada no barranco pneu enfiado na lama, a Mãe da Paraguaia diz: - Que a dois Quilômetros tem a fazenda de um amigo da Família.
Fui lá pedir ajuda. Quando ela me avista voltando com dois bois riram de mim. - O empregado da fazenda disse que o trator estava estragado.
Amarrou os bois na Toyota e arrastou morro acima dava impressão que os bois nem estavam fazendo força. Eu e a Paraguai na cor do barro, vamos para carroceria e a mãe dela dirigindo e ao passar por uma ponte a Paraguaia diz: - Mãe para!!!
Ela se e joga no rio, eu fui atrás a Paraguaia tipo sereia, caiu aqui na agua e saiu ali na beirada, a correnteza da chuva não era nada e eu que pulei ali e fui parar uns trezentos metros lá na frente passei assustado, o pior foi voltar pela beira do rio, perdi meu tênis e aguentei as duas me tirando sarro vendo eu sofrendo me atolando, cheguei fedendo lama, tomei um banho no rio voltei pra carroceria da Toyota Bandeirante a Paraguaia me olha e diz um Eu te amo tão espontâneo que me fez bem e começou a cantar essa música..
Musica: One - U2 
 A mãe da Paraguaia parou na Fazenda de outro vizinho tomamos banho, me deu aquela fome fui a lareira me esquentei bem almoçamos seguimos viagem, chegamos na tribo Desliguei a Toyota e dali seguimos a pé, nada mais que quinhentos metros.  Chegamos e fomos recebidos por guerreiros e levados ao Cacique e ao Pajé.  Eu estava numa paz que nem eu acreditei. O ambiente puro, livre de maldade, já estava dando vontade de ficar ali com Raoni, a igualdade entre os Índios é sentida sem mentira, sem querer levar vantagens, tirando apenas o necessário à vida, sem ganância. De fato o melhor lugar do mundo pra se viver é voltar ao inicio, é ser puro, com sentidos mais primitivos, mais perto de sentir e entender o Criador e a Mãe Natureza, mas Piá Urbano já viu, iria pirar ficar lá sem o rico da civilização, tem meu projeto social, acabei de ganhar dez mil dólares em uma rinha de galo, para gastar. Quando voltei dos pensamentos o Cacique me olha sério, o Pajé com um olhar de análise e eu nem ai, sem se deixar sentir.  
A conversa se inicia e eu com fome, vi pinhão e grimpa. Comecei a fazer uma armada de pequenos pedaços da grimpa e colocando os pinhões entre as camadas de grimpa e fui pegar o isqueiro para acender e cai meu pedaço de maconha.  O Pajé me olhou, tentei disfarçar joguei no meio da grimpa e não acendo o fogo ai, mas vem um Piá Índio e mete fogo e aquilo virou um cheiro da erva. Senti uma vontade de pular junto no fogo. Fique corado, sem graça e eu nem entendia o que a mãe da Paraguaia falava com o Pajé e com Cacique. A Paraguaia chapada nem acompanhava para traduzir, sem falar que não parava de comer pinhão assado nem eu estava muito bom.

Anoiteceu, o Pajé disse que eu deveria dormir ali para que vissem no meu sono o comportamento de minha alma e eu lesado de enrolado vai se fácil, na hora de dormir me levaram a beira de um lago e ali dormi tendo de um lado o fogo, o outro a água, em cima da terra e abaixo do ar. Dormi e no meu sonho estive com Raoni e minha amada Índia, uma noite qual eu precisava. Fui à minha maior vontade, o meu mais forte desejo, estar junto aos dois. Amanhece e vejo ao meu lado os dois guerreiros que ficaram a me vigiar. Olho no chão vejo pegadas e voltamos a tribo.
Os guerreiros relata ao Pajé que a onça esteve lá me cheirou, deitou e dormiu ao meu lado até amanhecer e saiu de volta para floresta, a mãe da Paraguaia arregalou um olho para mim, a Paraguaia o mais belo sorriso. Me perdi, uma feliz e outra assustada, mas vem a noticia Raoni ficara comigo, pois o que há de mais poderoso o Tupã, me defender. Fazem uma dança a minha volta que chego sentir a energia do bom desejo me tocar me despeço e digo que o trarei na aldeia com frequência e que saberá  quem foi sua mãe e o que fez por ele.

Voltamos em direção à fazenda. Dias de muita chuva, muito barro e logo na primeira subida já usamos o guincho da Toyota pra nos rebocar morro acima. Tirava o guincho de uma árvore pra por em outra as quatro rodas patinando já não vencia tanta lama na subida, mais de hora para subir o morro e muito trabalho físico. Parei no cume do morro ao lado de uma fruteira, de repente mais de vinte Jacus sentaram em uma figueira.  Sentamos no capô da Toyota Bandeirante logo chegaram os bugios, vimos quatis, tucanos, Catetos, pacas, cotias, nunca havia visto uma flora com tanta fauna em volta. Ali ficamos horas de boa, tinha o dia inteiro para voltar, muita lama. Iríamos passar na fazenda do vizinho que passamos na vinda e eu havia prometido fazer um carneiro assado na brasa e teimei que o carneiro que eu assaria o fazendeiro gostaria  teimando que o carneiro que assaram para ele já havia passado da idade de carne nobre.

Saímos cortando o barro com a Toyota guerreira e barulhenta. Chegamos à fazenda e o carneiro estava morto e limpo.  Resolvemos pousar na fazenda, fazer o carneiro para o jantar. Fui temperar, a Paraguaia vem atrás para me ajudar, mas quando cheguei na cozinha dou de cara com uma Argentina com um cabelão negro  gigante, toda amável no comportamento que já se dispôs a nos ajudar. Pedi que pegasse três cabeças de alho, duas cebolas, um vinho branco seco, alecrim, colorau e sal. Trituro o alho, a cebola separados, coloco duas colheres de colorau, dez de sal, o alecrim e misturo tudo. Coloco a pimenta do reino e o sal na carne só depois adiciono os outros temperos misturados ao vinho e vou banhando e a cada pouco durante horas viro o pernil no tempero.
Acendo o fogo de chão. Metade da tarde, aquele vinho branco seco que a Argentina tinha trazido, ficou uma para o tempero da carne e eu e ela e a Paraguaia já estávamos na segunda garrafa. O carneiro no fogo a cada pouco eu o banhava com o tempero no vinho branco seco. Saladas, arroz e mais a farofa e os pernis de carneiro à mesa. O fazendeiro comeu e gostou  e concordou comigo que tem a hora certa de matar, que mesmo sendo da mesma raça o que manda é a hora de matar para que a carne fique nobre. Jantamos, recebi uns elogios a Paraguaia já de olho na Argentina vamos até a varanda, a Paraguaia pega o violão e canta essa canção...
Musica: O Amor e o Poder - Rosana 
Chega a filha mais nova do fazendeiro que o contrariava por gostar de meninas, entramos no papo de lua e seus efeitos na terra, no mar, nas plantas e eu de olho na direção do quarto da cama, eu estava com sono, cansado de lidar com lama, com o guincho, enxada, pá pra desatolar a Toyota. Vou para o banho, vou pro quarto deito durmo de repente sinto uma mão acariciando, meu corpo mudando, uma respiração se aproximando,  um beijo gostoso, abro os olhos e me deparo com...
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Continuação!!!
 👉(Em breve na parte 15) 

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