quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A Caçada - Parte VIII

A Caçada - '08'

Já solto os lobos saem a procura.
A Caçada e a fuga é a aventura em que o tesouro é sair vivo. A Menina da Caveira, certeira pega seus homens e vai sentido leste e os outros três grupos cada um em uma direção, para onde os lobos apontam tem homens da Caveira..

Na outra cena o Cacique conversando com os seus, já a mais de um dia na fuga, diz que vai para o navio libertar o povo que sofria aquela covardia. O Mensageiro livre de ordem se escalou!!-Estou junto! 
O Cacique chama  o Pena Branca seu amigo. Um atentado desde pequeno, um sem medo..
Os outros andariam num pra lá e pra cá, para atrapalhar os lobos que e os levariam a acreditar mais em sua caçada, juntando eles em um só lugar e que ali no centro da armadilha era para dar suas vidas por várias e que eles não deveriam de forma alguma ir em direção da tribo, pois eles que vinham..

A caminho do navio o Mensageiro e o Cacique saem em direção ao Mangue das Onças onde fica mais difícil de segui-los, mas não para a Onça Pintada que não faz nem ruído, mas é a mesma direção da Menina que leva consigo dois lobos. 
Chegando na Praia o Cacique avista os guardas do navio e espera anoitecer ..

A Caçada continua. Os lobos na captura, os homens da Caveira se aproximando, o plano funciona. Os três grupos estavam numa direção, só estavam perto a selvageria. Um lobo mais ligeiro, caçador astuto que não se enganava, chega e pega um índio, denunciando  em uivos a direção da Caçada..

Ao anoitecer na Praia, o Cacique e o Mensageiro esperam  quietos enquanto o Pena Branca com duas machadinhas quietinho mata os guardas 'marcando' chapado no vinho e vão em direção ao navio que na ordem precipitada da Menina da Caveira os deixa bem dizer... sozinhos..

Ao ver um deles morto pelo lobo, os índios sobem nas árvores, mas um mais louco, vai em direção ao lobo e o outro mais ligeiro acerta o lobo na cabeça o derrubando ali mesmo. Já entra em conflito, mas leva um tiro e começa o duelo entre a arma de um tiro de espada na cintura e o cestinho das flechas e ali ninguém pegava o Índio que não deixava se iludir..

No Navio começa a luta que foi fácil, tinham sete apenas e o Pena Branca com aquela machadinha era um perigo, foi rapidinho. O Cacique foi direto na direção do outro navio que só tinha  um velho negro cansado amarrado e o seu povo trancado....

Na mata o bicho pegava, os lobos denunciavam a localização dos índios com seguidos uivos e ao chegar os grupos de Homens da Caveira, volta os guerreiros da Tribo do Cacique Amigo que guiados pelo uivo nunca ouvido, mas que anunciava perigo e a caça vira caçador. Primeiro vão os Lobos pelos exímios arqueiros..

Já libertos o  povo do Velho Negro, ele agradece aos novos amigos traduzido pelo Mensageiro  a conversa de dois chefes de tribos, um encontro entre o Velho e o Novo mundo, o Cacique dá um rumo ao Velho negro, uma terra além da montanha, uma terra farta de muita caça..

Na Mata o caçador foge de sua caça, os índios enfurecidos que num pega e num pega, eles pegam um por um, não adianta correr, fugir, se esconder, a sensação da morte que sente a presa, que o coração acelera, da sensação na barriga, é o pânico que domina e para o sopro, o corpo não tem mais vida e a alma se desliga e vai com sua sobra pra dentro chão, lugar das caveiras..

No navio o Mensageiro da a ideia de irem navegando até perto da  tribo do Cacique,  e ele ensina como navegar ao povo do Velho negro, e vão em direção ao Sul, um lugar de paz nesse Mundo Novo. Que lá poderá viver com seu povo criando seu Quilombo..

Ao chegar na praia, a Menina da Caveira da de cara com seus guardas mortos no mar, apenas um navio longe a deriva e apenas um pequeno barco com três remos em cima.  Ela fica brava pois já nem pensava em vingança, apenas na herança,  que era rica e iria "festar" todo dia. Mas cai como se morresse na praia com sua ganância pela Moeda  que Brilha...

 -Por Rodrigo 'cC'-
07/08/2017

A Volta - Parte IX

A Volta - '09'

O Pena Branca assando um peixe na folha de bananeira, só de olho na Savana, filha do Velho Negro. Linda, com sua cabeleira, um corpo perfeito, toda desenhadinha, umas listras e círculos desenhados em branco, ela era a mais bela. Com um olhar de fera que deixa encantado o "atentado" do Pena Branca..

O Velho Negro conta que de onde vem, o pasto é gigante tem várias caças, que pouco se planta, que a água do céu vem apenas no tempo certo, o dia é bem comprido, não tem frio e tem um predador que tem uma juba grande, é o maior folgado, que enquanto a fêmea caça, ele fica deitado, mas não se engane!!! Ele é um perigo..

O Cacique conta das frutas permitidas que não fazem mal para a vida  e dos animais, de maior fartura e mais fácil captura lhes dando os macetes de uma planta que faz boiar os peixes e de uma raizinha que dava uma bebedinha que da uma relaxadinha..

O Mensageiro que traduzia tudo encantava-se com a cena de dois mundos tão distantes, mas tão parecidos, pois eram mais primitivos e com isso mais puros, por isso eram judiados pela Corte dos Bobos que viviam em função da Moeda que Brilha..

O Mensageiro ligeiro percebe o Pena Branca olhando a Savana e conta para ele do seu sonho para a vida. A Encantadora dona de seu coração,  que ela era mansa, mas também era brava e que pensava só no beijo e no olho no olho do momento do reencontro, que era uma delicia aquele amor louco e que um dia eles iam sair pelo mundo num Veleiro..
A conversa seguia... Todos ali na praia. O Velho negro diz ao seus que podem serem livres, que ele vai para trás do monte pro Vale das Cavernas, firmar um Quilombo. Um lugar novo nesse mundo novo e que vai recomeçar tudo de novo nessa nova morada pro seu povo..

O Mensageiro incendeia o navio,  no céu a lua cheia, emerge uma Baleia, uma cena linda. Cria-se o reflexo do fogo nos olhos da gigante que com seu canto encanta todos,  na areia que em seus olhos tinha uma bela cena que muda em um segundo, surgindo do céu uma Luz num leve giro e todos abismados, pois nunca tinham visto aquilo..
Ali o Mensageiro já na areia fala de sua crença mostrando seu crucifixo dizendo sobre o filho de Deus, um homem que tinha na mensagem o amor no sacrifício, livrando os seus de seus pecados morrendo na cruz traído, trazendo ao mundo um novo caminho, pois no outro, os homens tinham se perdido.. Tinha entendido porque de ele andar apenas em sua terra, pois no resto da terra andava os puros. 

Na despedida do Cacique na Aldeia, o Mensageiro agradece por sua vida, virando-se despede do Velho Negro e seu povo. Aí chega o Pena Branca com o Baio, um presente por ser amigo..
O Pena branca sai em direção ao Vale das Cavernas guiando o Velho Negro e seu povo pra um lugar seguro. O Cacique como se abençoado pelo desejo do Cacique amigo volta pra sua tribo reencontrando ileso e vivo quase todos os guerreiros que tinham ficado entre o Povo da Caveira, os Lobos e a Tribo do Cacique amigo..

No lombo do Baio sai rumo ao Sul o Mensageiro, com um desejo no pensamento imaginando a sua Encantadora que devia estar preocupada, pois há meses tinha saído, mas na força do amor eles se protegiam. E que por mais difícil fosse a alma de um protegeria a do outro e isso fazia certo o reencontro...

-Por Rodrigo 'cC' -
06/08/2017

No Pensamento - Parte X

No Pensamento -  '10'

Chegando perto do vilarejo onde tinha nascido, o Mensageiro em seu pensamento reconhecia na sua vila o lugar que ele tinha sonhado com sua amiga, os pinheiros, as fruteiras, a pracinha, a capela lá em cima no morro onde eles desciam dia de chuva escorregando, perdendo a inocência em brincadeiras travessas..

Chegando na Vila um piá vem pegar o Baio para por no cercado. Ele lembra do seu tempo de pequeno, onde fazia as correrias se tornando Mensageiro. Um piá arteiro que apenas precisava existir. Nem bonito era, mas enlouquecia as meninas com seu sorriso maroto que despia..


Aos berros, chega a tia que brincava e brigava com as crianças. Fazia delicias na cozinha, agora velhinha, mas cheia de vida, da um abraço, volta um passo e anuncia a festa, as crianças naquela alegria. Vão ter peixe, doce, musica..

Nos ouvidos da amiga sobre o retorno do Mensageiro, ela se produz, faz um cesto de balas de banana, que ele tanto ama e ele já tomando um vinho com os amigos, contando histórias de aventuras e perigos. Todos rindo, uma noite linda inicia-se ao embalo da musica que contagia..
Toda ansiosa desce a escadaria sentido a praça, na mão a bala que ele amava, no cabelo a mesma flor que ele colocava nas brincadeiras travessas, nas brincadeiras na cachoeira. Em volta outras meninas já mulheres que ele brincava, pois era um arteiro que tinha malícia de falar ao pé do ouvido que mexia com a libido..

No pensamento vem um amigo com uma intimidade conquistada na infância dizendo sobre o que ela tinha feito e que desejava ele desde o dia de sua partida, que ela era dele, nenhum homem ela tinha tocado, pois se guardava para esse dia..
Ele no Pensamento malicioso molinho no vinho, há meses na tortura e na aventura e ela ali toda sua,  as ideias da aquela balançada, o corpo se sentindo tentado. Por outro lado triste de ter prometido algo que não poderia cumprir, pois ama a Encantadora..  

Molinho no vinho já na madrugada a beira da fogueira na praia, olha uma Luz que gira lentamente e em Pensamento diz: -Preciso parar de beber isso! De repente passa correndo sua Amiga, da um mergulho e vem de frente. Ele da aquela olhada para ver se estava vendo direito e estava ela nua, o reflexo do fogo em seu corpo molhado.. E vem o Pensamento... Tô pego!! Ela o empurra no ombro, ele olha ela toda linda, lembra dos olhos dela menina, da uma de louco, da uma fugida e ela vem em cima. Ela queria e ele naquele peco não peco, o seu corpo pedindo... ele se levanta.. 
Ela assustada tipo!!! Como assim?? __Ele diz que ama a Encantadora e que ela o espera. A Amiga vira fera dizendo: - Eu te espero há tantos anos!! - Fiz a Vila dos nossos sonhos!! Que tinha confiado nele. Como ele poderia explicar a ela que amava ele, que ele amava outra!! Que lá longe estava seu amor verdadeiro!?..

Indignada ela sobe correndo para casa. Ele se despede dos amigos e vai indo de coração partido, entendendo o poder da palavra e o efeito da promessa não cumprida que o tempo não cura e fica no Pensamento...

-Por Rodrigo 'cC'´-
08/08/2017

A Musica - Parte XI

A Música - '11'

Indo andando ao lado do Baio tagarelando, olha pro leste e vê duas pedras no mar, mais que ligeiro o Mensageiro fazendo uma fogueira senta-se, pega um vinho, acende o cachimbo com a ervinha do amigo Índio. Na fogueira um peixe, um palmito, estava tudo lindo.. 
O Baio ali do lado ouvindo as risadas e bobagens do Mensageiro, olha à frente e da um 'se liga' no amigo Mensageiro, que olha feliz para a cena. Uma Deusa saindo d'água, a nadadeira vira perna, ela nua cabelo ao vento, uma voz deliciosa, na mão uma concha que fazia Musica.. 
Ele ali na cena perfeita, Musica, uma Deusa, Fogueira vinho ela falava mansinho. Ele quase caindo no seus encantos, acaba adormecendo. Ao acordar ali largado, quase nu, mal sabia se tinha sonhado ou tinha acontecido... Mas no Pensamento "achava" que era o vinho..

Na caminhada um dia inteiro de viagem, encontra um caçador e já sem suprimento vai a casa do caçador, aceita um banho, um pouso. Há dias de viagem, cansado, quer um conforto, um bom papo, fazer amigos. Chegando lá é bem recebido, chega no cercado, solta o Baio que fica faceiro . Ali tinha mais cavalos, ele corre, se despoja, fica de olho no outro lado da cerca que tinha uma égua Pintada..
O Mensageiro vê aquela cena do Baio e fala com o caçador para lhe vender a Pintada,  que a levaria para Encantadora.

Tudo certo!! Na mesa uma paca, estavam o Caçador, a esposa e suas seis filhas, todas ali na fé de ser escolhida,  pois queriam a liberdade que era mentira,  pois casamento naquela época,  a mulher só servia numa incansável rotina..
O Mensageiro foi se deitar, com a Encantadora no Pensamento. Quando se levanta,  já tudo certo despede-se e sai cavalgando no Baio que estava faceiro. A Pintada estava junto na jornada de volta para casa. Chega na areia da praia e caminha o dia todo.. 

A noite de novo vem a Deusa, uma cena linda de voz deliciosa, musica e uma boa conversa. Ela dizia que vinha de um tempo antigo, onde os Deuses tinham sido esquecidos, que elas saem da água de tempos em tempos pra achar um homem pra gerar suas filhas..
Ele dizia que não podia. Ela respondia que sabia que ela estava ali pela pessoa dele, pois quem ama adormece e não cai em seu encanto e que ele tinha feito ela se sentir bem, pois ela tinha uma vida solitária e escondida,  pois os homens não respeitava nenhuma outra forma de vida e ela era uma das últimas e queria uma filha pra não ficar sozinha.. 

Envolta o Baio e a Pintada naquela correria de pura alegria, a Lua gigante no céu, a Deusa sai correndo pra água e vem a Luz, num leve giro, os cavalos se agitam entre as ondas, a Deusa observa atenta, a Luz some num risco em direção a Lua. O Mensageiro sai mais que ligeiro e continua sua jornada rumo ao Sul, para a Encantadora levando a concha que fazia música que a Deusa havia deixado na areia..

-Por Rodrigo 'cC' -
 06/08/2017


A Dança - Parte XII

A Dança - '12'

Já em um grande vilarejo com lindas praias, cercado de morros, chega em uma taberna, pede um vinho. O Baio e a Pintada se alimentando para continuar a jornada. Anoitece, ele decide dormir na taberna, pede a janta, sobe e toma um banho. Compra roupas, volta um vinho.. Já molinho... com seu jeito menino, encanta uma garota de véu no rosto, que mexe com o corpo, deixando qualquer um louco. Aquele véu, os olhos com um ar misterioso, ela o olha no olho, ele já satisfeito, pois só de saber que é desejado fica feliz,  não consuma o ato..  Se senta ao seu lado um homem Sábio de olhos puxados, um vendedor de espadas, piores que navalha. Ele curioso começa uma conversa. O Sábio conta do legado dos seus antepassados, habilidosos guerreiros, que usavam o corpo com muita agilidade..

Já em outra jarra de vinho, ao longo do papo chegam duas garotas de Véu. O Sábio já se ajeita se aproveitando da cena, pois sabia que não era por ele que a cena acontecia. Em cima da mesa a Garota do véu com movimentos curiosos atenta o corpo do Mensageiro, mas ele vai se contendo. 
A tarde ele deitado em seu quarto entram cinco Garotas do Véu dançando e ele com aquele olhar "de meu pai amado!!" Deixa a cena rolar, todas com o olhar em seu olhar a cena aquecendo e aquela que se interessou dispensa as outras, ele mais que ligeiro se levanta e volta ao bar da taberna.. A Garota do Véu ficava mais tentada quando dispensada. 

De repente entra no bar da taberna três homens, ela muda de atitude, todos incomodados ficam e ele malandro percebe o risco, mas sempre tem um pra incentivar o entrevero..
Um dos homens apaixonado pela Garota do Véu, sabendo da cena de uma forma distorcida tem uma atitude homicida,  atira no mensageiro que mais que ligeiro sai do caminho da bala e vai na "porrada". Mas o homem sujo o fura com a faca.. 
O Sábio ao ver aquilo entra na "treta" é pé pra todo lado, quando o Mensageiro foi se armar a briga tinha acabado. Um negro na taberna alerta!! -Vai embora que ele é filho do Garimpeiro!! Mas que ligeiro o Mensageiro no lombo do Baio trás a Pintada pro Sábio e saem em disparada sentido a praia..

Chegando no porto da de cara com as Garotas de Véu fugindo, ele o único com a Moeda que Brilha, pois antes de afundar o navio da Menina da Caveira, pegou pra jornada que estava complicada. Ele de boa fé leva todos na travessia que seria feita por Dusdrede, um cara da paz que tinha um cabelo irado que carregava uma planta, que teve sua função deturpada..

Embarcado conversa com Dusdrede que fala "maneiro" não faz mal nem a ele mesmo. O Mensageiro mergulha e trás a bordo varias ostras e vira festa um vinho um peixe a Dança das Garotas do Véu ..
A noite a Lua, a Musica, a dança, todos molinhos no vinho. Chega junto a Garota do Véu que se apaixona. Não tem jeito mesmo o Mensageiro sem fazer nada elas ficam piradas, ela se declara, dizendo não ter visto uma luz,  que mexe sem querer com o libido de todas as meninas.. 
Ele envaidecido agradece, pois ali alimenta seu ego, mas diz de forma direta que toda essa jornada é pra voltar pra sua amada que lá em sua casa deitada parece sentir ele sendo tentado e também em perigo. Isso é o amor vivo!! E chegando no porto pega o Baio e a Pintada e segue sua jornada deixando mais uma apaixonada...

-Por Rodrigo 'cC' -
07/08/2017

A Sombra - Parte XIII

A Sombra - '13'

Andando ao lado do Baio e da Pintada, o mensageiro sente algo ruim como se tivesse sendo observado. Sente-se incomodado e vai andando, cantarolando. A Sombra o seguia se movimentando na mata esperando o anoitecer onde poderia andar ao seu lado... 

Anoiteceu, o Mensageiro ao lado da fogueira,  vem e senta um velho amigo que para ele já havia morrido. Ele com um ar desconfiado e tentado por uma vida contada em fartura e alegria, onde havia mulheres e os melhores vinhos...
Amanhece o dia, o Mensageiro cai de sono e começa a sonhar com tudo aquilo que havia ouvido. Chegava a sentir o gosto do bom vinho. A Sombra o observa protegida pela escuridão da floresta. O Mensageiro acorda e sai em caminhada...
Uma região linda, de mar azul, gaivotas, as baleias a enfeitar a cena. Ao leste entre as montanhas o por de sol, ele ali deitado nas costas do Baio em movimento. O Mensageiro sente o cheiro de sua amada, ela em sua casa incomodada pensando nele o desejando bem, pois algo havia de errado..

Anoitece, ele para pra descansar, chega uma mulher linda toda 'nos panos', parecia uma Princesa com promessas tentadoras, dona de frota, queria um aventureiro pra velejar ao seu lado, ser poderoso e deixar um legado...

Ele cansado, pois não tinha dormido direito. Com a Encantadora no pensamento, como sentisse ela em sua casa agitada, o protegendo, o bem dizendo. Vai amanhecendo, ele exausto, há horas acordado meio incomodado, 'apaga' e de novo sonhou o que tinha prometido a Princesa.. Acorda pesado, sai em cavalgada, agora mais rápido, mas é observado pela Sombra que não se cansa, o acompanha desde criança querendo apagar seu brilho, colocando em seu caminho sempre o perigo. Mas com o amor da Encantadora  ele está protegido e tem sentido isso...

Mais um anoitecer chega. A própria Sombra ele esperto firma a fé. A Encantadora em casa em febre ardia, a Graciosa é chamada, a Sombra o tentava, lhe devolvendo a infância, mas com outro caminho que precisava apenas abandonar Cristo. Ele nega esse caminho...
Ali começa o Mensageiro a esmorecer, a Sombra o mal dizer.

A Encantadora deitada dizia uma língua antiga que o devolvia a vida e o mal não resistia a mensagem de Cristo, o amor no sacrifício e foi se rendendo. A Graciosa com medo de tocar a Encantadora, pois o Dom Proibido tinha sentido...

O Mensageiro largado, fraco, a Sombra em volta, a Encantadora com o coração em alta, a Graciosa a toca aliviando sua dor, lendo a cena de um reencontro lindo de um amor antigo que tinha a luz no destino. A Sombra não aguenta e vem a Luz que Gira, levando a Sombra e devolvendo ao Mensageiro e a Encantadora a paz e um sono lento...

Ao acordar o Mensageiro assustado olha pro vinho e faz voar a garrafa pensando: -Esse vinho esta estragado!! Senta-se, acende o cachimbo, da umas bolinhas, (a fumaça faz uma bolinha), ele deseja boa fé a encantadora que dormindo chama seu nome, trazendo o sorriso. 

A Graciosa que se encanta com a sua leitura que tinha uma menina de Olhos de Céu e Cabelos de por de Sol. Entendendo que ela era o anjo que tinha salvado os dois, aquele dia que tinha os escolhido como pais e que logo viria...

-Por Rodrigo 'cC'-
09/08/2017

Relaxando - XIV

Relaxando - '14'

Cavalgando na praia, montado na Pintada e o Baio correndo na beira d'água, sai do mato um cachorro amarelo de focinho preto, uma orelha meio em pé, a outra caída, com um gingado engraçado, aproxima-se, a cara que era só cicatriz e vai o acompanhando.. 

A noite na fogueira, no céu a Lua sorrindo, o cachorro ali só olhando pro fogo, o Mensageiro com cara de fome fumando o cachimbo. Sai o cão em disparada, o Mensageiro só o acompanha com o olho, No pensamento um 'falou parceiro' vai lá.. Não demora muito chega o cachorro bem pertinho do Mensageiro com uma lebre na boca e a solta bem na frente da fogueira,  faceiro diz o Mensageiro: - Parceiro tu é maneiro!! Dizendo pro cachorro: - Pega o vinho ai que vai fazer um tempero!! O cachorro dá uma olhada.. O Mensageiro num sorriso fala: Meu pai amado! Que isso?? Olha pra mata, vem vindo um em pulinhos de chapeuzinho, chega pertinho, interagindo roubando riso senta-se brinca com o cachorro..

Ali, a fogueira aquecendo, fumando um cachimbo, aparece a Luz que gira lentamente. O cachorro late muito, faz uma farra em giros se balançado de alegria, o de chapeuzinho diz,  que é 'de boa'. A Luz é um anjo que vem e te filtra, vem lá de cima, é luz divina..

Amanhece o dia, o cachorro que é só lambida tipo 'acorda preguiça'. O Mensageiro faz farra, e vira um pega, num pega na areia, nas ondas os cavalos se envolvem, momento de pura energia, O Mensageiro sai correndo, sobe rápido no coqueiro mata sua cede..
Na caminhada o cachorro fica atento e lá na frente passa correndo um veado, ele da uma olhada pro Mensageiro tipo "fui" e com um sorriso o Mensageiro diz: - Vai na paz parceiro!! O cachorro sai em disparada em outra caçada, pois esse é seu jeito no faro, sua habilidade e num pega e num pega  coragem..

O baio na areia correndo muito, o vento no rosto, o Mensageiro de pé se equilibrando tirando uma brisa avista uma ilha, correndo na beira do mar a Pintada linda com a crina, o rabo e as patas brancas, e corpo negro, vai se formando a cena. O Mensageiro pensa... ''' Eu devia deixar vocês dois aqui.'''' Neste lugar esquecido lindo..

Já anoitecendo chega a um vilarejo acomoda os cavalos. Chega em uma taberna, uma área grande em volta da taberna, mesas, redes, um encontro do rio com o mar, uma cena linda! Pede um vinho, começa uma musica e ele largado Relaxando. Ao som da musica,  todos a dançar, num pra lá e pra cá, ele extrovertido soltando uma bobagem aqui outra ali entre risos. Novos amigos chegam,  um 'folgado' que estava com uma linda garota, uma paz no jeito mas toda roxa..
 A festa continua o 'folgado' mexendo com outras garotas e sua garota ali, quietinha. Chega um e chama ela pra dançar, o 'folgado' dá uma olhada. A garota recusa o pedido e esse um vai em outra. O 'folgado' a pega pelo braço, leva lá fora, bate e a trata como se fosse uma vadia..

O Mensageiro mais que ligeiro, pega o 'folgado' de pau e já põe pra dormir. A garota sai correndo, o Mensageiro chama o Baio e vai atrás. Ele a derruba na areia e a acalma. Mas ela em desespero, só pensa em fugir do 'folgado'.. O Mensageiro percebe seu desespero e a ajuda a voltar pra casa. Ela tinha sido roubada ainda menina. Vão em direção a esse vilarejo do Colonizador e no caminho ela toda reprimida como se tivesse medo de tudo. Eram muitos os espinhos em seu caminho..

O Mensageiro com seu jeito natural, vai relaxando a garota que começa a conversar e é participativa na pesca, na fogueira e pela primeira vez sente-se sem medo, em paz e sossego. Dias felizes após anos de tortura e medo, ela vai Relaxando e vendo o Mensageiro de 'outro jeito', vão seguindo seu caminho, ele Relaxando na dele. Ela na dele, desejando aquele momento pois seu coração nunca tinha batido desse jeito...

-Por Rodrigo 'cC'-
11/07/2017