Na
pressa de falar, corremos o risco de dizer o que não queremos,
e diante
de tudo que foi dito, nem sempre temos a possibilidade de consertar o
erro.
Palavras erradas costumam machucar para resto da vida,
já o silêncio certo, esses possuem o dom de consertar.
Por isso, prepara bem a palavra que será dita.
Palavras apressadas não combinam com sabedoria.
Os sábios sempre preferem o silêncio.
E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria.
Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória.
Queira a profundidade da fala que nos pede calma.
Calma para dizer. Calma para ouvir.
...Dizemos, e não somos compreendidos.
Diante do impasse duas realidades são possíveis:
ou alguém disse com pressa, ou alguém escutou sem atenção.
Dizer e ouvir requerem silêncio.
Só diz bem, aquele que pensou antes no que iria dizer, e ouve melhor aquele que se calou para escutar.
A regra é simples, mas exigente.
Por isso hoje, nesse tempo de palavras muitas, queiramos a beleza dos silêncios poucos.
...Minha
gente, muitas vezes aquilo que a gente faz de errado não é o que a
gente diz, mas é COMO a gente diz. É a música que a gente coloca na
frase.
Pode ser que hoje tenhamos ferido com aquilo que
dissemos, pode ser que tenhamos sido feridos por alguém. E, talvez não
tenhamos errado naquilo que nós dissemos. Nós tínhamos razão naquilo
que dissemos, estávamos certos ao reivindicarmos aquilo que reivindicamos, ou dizermos aquela verdade que nós dissemos. Mas talvez
não tenhamos escolhido a melhor forma de dizermos, talvez nos tenhamos
perdido na pressa, na raiva, na ira ...
É
estranho mas na vida a gente perde a razão quando ficamos embravecidos,
na vida a gente perde a ternura quando nos irritamos, porque a ira tem
o poder de retirar de nós a sabedoria.
E, quando nós estamos fora da
sabedoria, geralmente nós não sabemos colocar músicas nas palavras.
...Olha
... cuidado para você não ficar com um tom de voz, com uma forma de
falar igual a todo o mundo. Busque a melodia das palavras. Busque a sua
forma de dizer. E que o seu “jeito” de dizer as verdades evangélicas, o
seu “jeito” de ensinar o evangelho, as palavras de Yeshua, as coisas
boas da vida, esteja de acordo com aquilo que você verdadeiramente
acredita e identifica neste mundo como “ternura”.
A palavra pode ser dura mas a música que envolve a
palavra não precisa ser porque você vai ter um poder de convencer muito
maior do que se você estivesse usando a palavra dura com uma capa, uma
armadura. NÃO!
Todos temos medo de uma
armadura, porque ela nos recorda guerra. E, ás vezes em vez de
colocarmos, música, melodia na nossa palavra, colocamos armadura e
assustamos aquele que nos escuta e machucamos aquele nos escutou!"
Pe. Fábio Melo