sexta-feira, 27 de julho de 2018

Eu escolho o Amor....


Que estranho sentimento é o ódio. 
Ele parece inerente ao ser humano. E que por vezes coloca em risco a saúde dele em todas as dimensões, até a própria vida. É algo que corrói por dentro. Ódio é pulsão de morte. Mantê-lo silenciosamente é uma forma de suicídio lento. Quem odeia até pode ter razão por isso, mas fica desprovido da leveza na consciência.

O ódio é algo que pode revelar muito sobre o indivíduo que o mantém e bem pouco sobre o objeto que ele odeia.Seja amor ou ódio,quando o indivíduo expressa um desses conteúdos, o que vai para os outros é apenas uma cópia, pois o original fica sempre dentre dele mesmo. A bala de um fuzil, por exemplo, embora seja veloz ao atingir o alvo, antes de chegar lá ela rompe o próprio cartucho. Ou seja, qualquer emoção ou sentimento que se tenha pelo outro ou em relação a ele, antes, ocorre no próprio sujeito.

 Amor, nobre sentimento para muitos, permeia em tantas dimensões que se confunde com apego, ciúme, desejo de posse, superproteção, até chegar aos patamares da escala humanista e fraternal. É quando ele se mostra desprovido da satisfação apenas do interesse individual. Talvez, essa última escala seja o privilégio de poucos, mas consta no registro da história da humanidade como um estado que categoriza alto grau de maturidade de quem o pratica.

Enfim, amor e ódio podem ser análogos a uma moeda que possui duas faces, cara e coroa. Qual dessas facetas será a que mais prevalece no ser humano? Simbolicamente, esta moeda parece percorrer a existência humana. Contudo, dizer que alguém ama o tempo inteiro ou que odeia a todo o momento poderia ser extremismo. Será cada um que poderá responder a essa questão, pois vai depender do indivíduo,qual dos dois sentimentos ele vai alimentar na maior parte da vida dele. Como reflexão, vale a pena pensar numa das vias que melhor pode canalizar e expressar o amor e quem sabe, evitar o amargor do ódio: é o aumento do quociente emocional. E isso pode ser aprendido diariamente.Vale a pena investir.

Trecho do artigo escrito na Gazeta Digital: por Jair Donato