MÃE
(Por Rodrigo 'cC)
Paraná...
Isso aconteceu comigo, meu nome é Esperança.
Ainda muito jovem na escola, adolescência atraente que mexe com o corpo, o desejo se esquece do medo, uma aventura, loucura do escondido, do proibido mistura louca de certo e errado. Sentimentos, anseios pelos sonhos, desejos que se tornem presente aquela pressa. Aquele Menino que passava perto meu corpo reagia, já nem era o pensamento que me dominava, era um fogo em meio ao corpo, minha própria saliva tocando meus lábios o gosto, um anseio ao pecado na musica que ouvia, nas minhas viagens sonhando acordada sozinha.
Ainda muito jovem na escola, adolescência atraente que mexe com o corpo, o desejo se esquece do medo, uma aventura, loucura do escondido, do proibido mistura louca de certo e errado. Sentimentos, anseios pelos sonhos, desejos que se tornem presente aquela pressa. Aquele Menino que passava perto meu corpo reagia, já nem era o pensamento que me dominava, era um fogo em meio ao corpo, minha própria saliva tocando meus lábios o gosto, um anseio ao pecado na musica que ouvia, nas minhas viagens sonhando acordada sozinha.
Esse Menino me
enlouquece me aquece e nem me percebe, por outro lado o Cabeludo de tanto me
perceber me conhece, sabe o que diz, também sei que tem a saliva que molha os
lábios por mim. Um desejo piá louco que só quer amar, mas como ir contra o meu
corpo, contra o que desejo, contra o que atropela meu pensamento, como se não
fosse nada? Aquele que faz de tudo, não
faz sentido nenhum em meu mundo. Que loucura estar perdida em um sei lá na vida.
O tempo passava a chama em mim aumentava, tinha por
necessidade maior que tudo daquele Menino que mexia comigo em todos os
sentidos, fui que nem vi. Eu já era quem não era, queria ele pra mim, mudei de
comportamento, coloquei um shortinho, fiz a louca, comecei a colar nos “rolês”
da pracinha na vila skate, uma bolinha na quadra,as gurias, as piazadas. Adolescentes, não há o que façam geração pós geração fervendo a praça.
Eu nada combinava com a personagem que vesti para atrair o
Menino que com um sorriso veio e me disse: - Gosto de você do jeito que é! O natural
atrai. Eu sem saber o que dizer, cheguei perto e dele roubei um beijo. ---Mas
que beijo se nem beijar sabia?--- então
ouvi um... - Calma Esperança, eu lhe ensino. Assim tudo calminho, fui entrando no
perigo.
O Cabeludo ali de coração partido, nunca mais olhou para mim
ou falou comigo, ali se perdeu no caminho, tornou-se na vila o dito chamado de perigo
e assim ficou conhecido e eu movida pelo desejo e o que me interessava na vida,
o menino trabalhador, um lindo.
O tempo foi passando e mais e mais eu me empolgando pelos
desejos do corpo e da mente; baladas, churrascos, festinhas, escola, namorava o
Menino do “rolê” que todas queriam, mas
o Menino me levava para casa, ia dormir, tudo certinho, que orgulho eu sentia. Ele
sempre me cuidando, ligando no residencial para cuidar de mim. Era bom dia, boa
noite, toda vez que ia comer algo diferente me levava, toda semana cinema, uma
vida regrada, tipo agendada, no resto ele ficava em casa, um Menino tranquilo.
Mas sem que eu percebesse o Menino com seu personagem vestido era um cara da noite, curtia uns postos de gasolina, tinha um automóvel Kadet GSI turbinado, fazia rachas, arrastava as gurias do tudo topa para os “roles,” muito sexo por drogas e cervejas, um cara violento com as gurias do topa tudo. Ele era conhecido por talvez uns assassinatos, desses que ninguém sabe ninguém viu. Trabalhava de segunda a sábado livre de suspeitas, a família o via como o filhão.
Mas sem que eu percebesse o Menino com seu personagem vestido era um cara da noite, curtia uns postos de gasolina, tinha um automóvel Kadet GSI turbinado, fazia rachas, arrastava as gurias do tudo topa para os “roles,” muito sexo por drogas e cervejas, um cara violento com as gurias do topa tudo. Ele era conhecido por talvez uns assassinatos, desses que ninguém sabe ninguém viu. Trabalhava de segunda a sábado livre de suspeitas, a família o via como o filhão.
De repente cai a máscara do personagem do Menino. Numa sexta
feira em um posto de gasolina uma das gurias do "topa tudo" acabou que o
enfeitiçou. Já tomava conta da carteira, do dinheiro e por ela ser aventureira deu
moral a um outro piá, desses encantador pela beleza e o Menino ficou louco, pegou a
pistola e em frente a todos sem pensar em seu personagem, mata sem dó o Piá e
foi sem chance. As câmeras pegaram tudo, e o Menino fez a fuga do local.
Passaram dois dias quando o Menino apareceu em casa, a família e eu preocupada querendo entender o que meus olhos viram nas imagens, mas meu coração tolo fingia que não via. Eu desequilibrada, acredito no Menino que me convenceu no mansinho que foi um vacilo e que nunca mais vai me trair ou matar alguém. Eu acreditei.
Réu primário, Brasil, nem ficou preso muito tempo.
Eu ia ao presido visitar meu Menino tão fofo, lindo comigo.
Eu vi o Cabeludo lá, nem dei moral. Credo! Aquele vagabundo chamado perigo que
isso!! Deus me livre de ele me amar,
tenho nojo dele, bandido. Sem olhar direito, vivendo o efeito do veneno de um
personagem o qual veste seu Menino que só se importa consigo mesmo.
Meu Menino fora da cadeia, tudo certo. Já tínhamos uma casa
pronta esperando, pois quando o Menino preso recebia auxilio reclusão, eu
trabalhando, a família ajudando.
Engravido, estou que
é só alegria, ai chega a realidade cruel, a convivência, o de fato conhecer quem
tu ama, quem tu oferece seus dias, sua vida. Essa foi à hora que me vi sendo
agredida verbalmente por um homem que amava apenas si mesmo, queria só saber de
cerveja, futebol com os amigos, pescaria, nem parecia que eu existia. Virei um
nada na vida com minha filha pequena, com um pai que nem a percebia, acreditava
que comprar o que precisava bastava, que nada tinha a ver com isso.
Eu presa a uma vida
que eu mesma criei, um monstro que eu alimentei. Agora um “noiado” de cocaína, vivia
“duro,” me fazia lhe dar dinheiro, nem via nossa filha pequena. O amor que eu sentia
foi embora e eu presa a uma vida que não queria, mas fraca de ideia não tomava
atitude de sair disso.
O tempo foi passando... e sem o personagem o Menino virou monstro,
não me sentia fazendo amor e sim estuprada, violentada, mentalmente fraca, acuada,
sem vida, sem desejo por ela que seja.
Tento sair de casa escondida, fui flagrada e apanhei até quase
a morte. Fui salva pelo cachorro que ele só maltratava chutava e naquele momento
vi um anjo envolto a pelos de um grande cachorro vira lata. Os gritos, os
vizinhos, minha filha caída num canto, eu na alma sangrando, a vida se indo
como num espanto.
Meses depois acordo na UTI gritando minha filha, tudo se
acalma. Estamos bem, estamos vivas. De volta ao meu lar, minha família, minha vila,
a praça que agora brinco com minha filha, o Menino na cadeia de vulgo cicatriz,
pois as tem por todo o corpo dada pelo cachorro vira-lata que foi meu anjo.
Então retomo minha vida, volto ao trabalho, mas me volta o pesadelo. Minha filha com leucemia dias de hoje com uma chance de cura, uma nova vida, um cordão umbilical a célula angelical qual é capaz de livrar minha filha do sofrimento da morte certa.
Então retomo minha vida, volto ao trabalho, mas me volta o pesadelo. Minha filha com leucemia dias de hoje com uma chance de cura, uma nova vida, um cordão umbilical a célula angelical qual é capaz de livrar minha filha do sofrimento da morte certa.
Incerta estava minha
emoção de depender de monstro para salvar minha filha.
Desesperada sem parar de tremer, pois o que de pior poderia acontecer. Tenta na justiça, mas o monstro se nega a ceder o seu espermatozoide para que essa vida seja gerada e sua filha salva, mas o Monstro quer a ver humilhada e quer dar a chance única que seja na forma natural, pois é pura a face do mal.
Desesperada sem parar de tremer, pois o que de pior poderia acontecer. Tenta na justiça, mas o monstro se nega a ceder o seu espermatozoide para que essa vida seja gerada e sua filha salva, mas o Monstro quer a ver humilhada e quer dar a chance única que seja na forma natural, pois é pura a face do mal.
Eu em loucura sou chamada ao sacrifício, aceitar e ter
que me deitar com quem tanto me estuprou para para salvar minha filha. A vida veio na
forma maldita, mas eu vou salvar e começar as visitas intima.
O Cabeludo sabendo de tudo, o próprio perigo, por ela mal visto, maldito. Com sua moral no sistema prisional consegue transferência e chega ao presidio onde se encontra o Menino e assim que encarcerado vai até a cela do monstro e lhe dá uma única chance. A de fazer a coleta do espermatozoide que ele está com tudo certo ou será sua morte da forma mais dolorosa possível. O Monstro se” borrou todo”, pois sentiu o medo, topa. O Cabeludo conceituado, conhecido até mesmo pelo secretario do estado, faz com que a cena aconteça.
O Cabeludo sabendo de tudo, o próprio perigo, por ela mal visto, maldito. Com sua moral no sistema prisional consegue transferência e chega ao presidio onde se encontra o Menino e assim que encarcerado vai até a cela do monstro e lhe dá uma única chance. A de fazer a coleta do espermatozoide que ele está com tudo certo ou será sua morte da forma mais dolorosa possível. O Monstro se” borrou todo”, pois sentiu o medo, topa. O Cabeludo conceituado, conhecido até mesmo pelo secretario do estado, faz com que a cena aconteça.
Tudo conquistado, sendo pago com o poder do respeito de quem
no sistema tem o poder, sabe o que está dizendo que tem voz do lado de cá e o
sistema não é bobo sabe que ele é faísca e que nada será bom o fogo.
Chega o dia da visita
intima a Esperança acabada sem dormir, sem paz, sem vida, há dias, entra sem
pensar, pois seu único guia é sacrificar-se por sua filha. Ao entrar na visita
se depara com o Cabeludo ao lado do Monstro com cara de assustado, o Cabeludo
diz o que ele fez e que é para ela que faça a inseminação. Está tudo pago e certo na clínica e salve sua filha. Ela com
o mais belo sorriso, por uma mãe já dado, sai em disparada em
alegria para salvar sua filha como se toda dor de uma vida fosse embora num só dia.
O Cabeludo há dias de sair do sistema, fica não com o sorriso
de sua amada, mas com o rosto sofrido que ela havia chegado e com todo seu ódio
mata aos poucos, da maneira mais cruel possível aquele Menino que cresceu e
virou Monstro, sendo condenado por mais anos e anos de cadeia, lembrando daquele
sorriso de mãe que salvaria sua filha. ouvindo esse som lembrando da Mãe.
Música: Mãe - Emicida