Minha promessa para criação foi não deixar tu Curi rainha do Sul por um dia só não existir, pois precisas do vento para seu rei lhe polinizar. Nem flor tu tem, nem a abelha trabalhadeira, nem mesmo a bela borboleta pode lhe ajudar.
Por isso eu a Gralha Azul, finco suas sementes em troncos, no solo, por ai, aqui, ali, me faço de esquecida em seus galhos, solto minhas notas, entre seus espinhos faço meu ninho, observo a onça pintada sorrateira que sem se quer comer um pinhão, aos seus pés se alimenta, o velho índio incendeia a sapé da Curi preparando o delicioso pinhão ao som dos estalos da sapé no seu preparar mais rústico, com cinzas nos lábios, nos dedos, nos dias de outono a prenúncio do inverno e ensinando aos pequenos quão é sábia a Gralha Azul que protege a Curi a rainha do Sul.