quinta-feira, 11 de abril de 2019

Música e Flor - SamBennett (Vídeo)


Música e Flor

De beleza inexplicável
 Inconfundível, inigualável
 É algo que se encontra
 muito além
 de um simples olhar,
 que muitos desconhecem.
 É algo incompreensível
 que somente se
observa, sente e admira.
Não tem asas,
 mas voa.
 Não tem boca,
 mas ecoa.
 Não tem braços,
 mas abraça
e dentro do coração
ressoa!

-Samantha Bennett- 
11/04/2019
Música/Letra: Flores em Vida - Zezé di Camargo & Luciano
 
Quero muitas flores e músicas em vida!! 
 

terça-feira, 9 de abril de 2019

Joaninhas - 😍

Nunca faça mal a uma joaninha.
 As joaninhas são predadoras vorazes de pulgões
sugadores da seiva das nossas plantas.
Proteja-as 

(Renato Bennett)
As joaninhas são predadoras vorazes de pulgões... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/joaninhas-inseto-e-um-predador-voraz.htm?cmpid=copiaecola

domingo, 7 de abril de 2019

Presta atenção - SamBennett (Vídeo)

 

Se vem direto do coração
é real e muito verdadeiro!
 É a sua alma se manifestando!
É para sempre, ou melhor
é desde sempre; infinito.

Honestidade e sinceridade
é a chave para um relacionamento 
seguro e duradouro.

-Samantha Bennett-


Música/Letra/Tradução: Straight From The Heart - Bryan Adams
07/04/2019

sábado, 6 de abril de 2019

O Bruto e o Herói - Rodrigo 'cC'

06/04/2019
 O Bruto e o Herói 
por Rodrigo 'cC'
Meu Paraná, ainda muito pequeno fui chamado de Polaco pelo meu Herói meu pai. Sua vida era na boleia do caminhão para todo lado desse Brasil, ficava agoniado quando  passava dias parado. Minha Mãe quando ele estava na estrada, ouvia e cantava as músicas sertanejas brasileiras nas fitas que ele a trazia de agrado e ele sempre trazia um mimo, uma fruta diferente, um artesanato de um lugar novo nesse gigante solo diverso brasileiro.
Meu Herói é caminhoneiro, um vivente da saudade senão de casa, da estrada, das cenas vista pelo para-brisa ou o pôr-do-sol ao retrovisor o quão a estrada é outra, a luz da lua rasgando horas na madruga, ao sol esquentar a estrada, dias meses, o ronco do escape, o grito da turbina na subida da serra, na troca contínua o cuidado com as vidas, o respeitar faixas, as descidas o pesado e bruto com um astuto na troca na caixa simples ou reduzida, às vezes de pé no assoalho, só a descida livre vem a banguela e logo a pós a subida na habilidade de quem sabe a marcha, entra e de novo o ronco do escape. No gritar das turbinas, os pássaros na mata, o sertanejo de mãos na enxada sabe que vai indo seu trabalho, sua lida, seu cultivo pra uma mesa brasileira, cortando as cidades. Esses roncos de escapes cortam bairros, cidades estados, países para levar o essencial à vida, seja noite, frio, calor ou dia em meio a tempestade sobre o para-brisa seja na dor, na saúde ou na alegria a estrada a liberdade de ser útil a vida de quem for, aonde chega seu remédio, sua comida.

Na boleia do Bruto eu no banco do passageiro, férias de julho ou de janeiro, era eu um Piá vivo, realizado ao lado de meu herói meu Pai. Nessas férias ia meu amigo o Vermelho com o herói dele quando já ansioso na boleia do caminhão esperando a hora que não passava nunca, vira a esquina o ronco do Bruto o festejo da buzina a ar, eu preso ao sorriso faceiro de Piá, minha Mãe feliz a me olhar, meu Herói a nos olhar com a saudade da estrada, da saudade dela de nome Flor, entre todas a mais bela. Um resgate de vida um amor nascido à beira da estrada por uma Goiana qual estava perdida judiada pela vida nascida à beira da pista, numa pobre e triste vida, entre o quase nada a comer e vestir seu próprio existir.

Já crescida ao olhar cruel do Patrão de seu padrasto qual queria o seu corpo de menina. Ela diz para sua mãe a qual queria mesmo é saber da pinga.  Então em desespero foge sem rumo pela estrada da vida. Passou um dia, dois...  Em casa sentiram sua falta e então, passou a persegui-la.
Meu Herói longe, a frente da estrada, quando vê um fusca parado e do nada olha ao lado e percebe uma Menina prestes a ser violentada, seu senso de justiça o instiga, ele para seu Bruto, pega sua espingarda calibre doze, com seu trinta e oito na cintura. Dá um tiro no Fusca. O homem se assusta, a Menina em ódio ataca-o e ele revida a derrubando com um soco. Ela levanta-se em fúria, quer destrui-lo. Meu Herói dispara mais um tiro no fusca, faz com que o homem se ajoelhe e deixa que a Menina solte sua fúria no homem, e assim ela fez sem dó. Meu Herói atira nos pneus do fusca, pega a Flor já cansada e perdida que aceita sua gentileza de tira-la dali e assim seguiram..  Ela contava sua historia triste de vida e meu Herói traz ela para o Paraná ainda Menina. Minha avó a acolhe em casa, meu Herói volta à sua vida na estrada em suas missões, onde não tem parada pelo dia, pela madrugada.

O tempo passou a Menina Flor cresceu desabrochou e assim como eu, o Herói é o mesmo e assim são seus olhos por ele que por mim, depois de mulher me entregou seu amor e essa historia me foi dita na mesa num café da manha enquanto numa rádio tocava a música por ela pedida por marcar seu momento de descobrimento do que o amor fez por dentro,
(Musica: Pé na Estrada- Sula Miranda) 
 e assim fui educado com a certeza de o porque na minha existência e muito me agrada ser fruto da verdade do amor. Agora eu aqui na boleia indo pelas estradas do Brasil à frente o Bruto do Herói do Vermelho, nós a brincar no PX, como se estivéssemos na boleia, mas nada mais era que a imaginação de um dia ser Herói nesse Brasil. Descreviam o que viam pela janela, retrovisor do passageiro e pelo belo cenário que vem do para-brisa, brincavam de dizer de como um dia vai ser seu Bruto e mais adiante vem o mais belo, uma carreta, um baú da Bepo com cavalos desenhados, a mais bela carreta e pra terminar por se encanta r,mais vem atrás outra carreta da Bepo com a imagem de Cristo,  assim se gravou uma das imagens mais lindas.
O sol se pondo... Hora da parada num posto à beira estrada, de janta o arroz carreteiro, o som do violão rasgando uma moda sertaneja, daquelas que parte o coração nas verdades, nas conversas da musica sertaneja Brasileira, de versos e poesias e de muita alegria, de casais no arrasta pé de norte a sul. Nas rádios, seja na boleia do bruto, sentado em uma varanda de casa, fazendo a comida ou até no trabalho, no passeio de carro, no leste ou apenas a apreciar as notas e palavras ditas, a descansar no oeste, mas agora de um outro lado da história meu Herói no prestar atenção ao Bruto, na estrada me pergunta se eu gosto de música, eu digo que sim, ele pergunta: -Tu tem uma que mais goste? Eu digo:- Não! Ele diz: - Eu tenho. Eu digo: - Deixa eu ouvir. Ele pede pra que eu pegue uma fita com um coração desenhado com caneta.  Assim fiz ,desliguei o PX,  quando fui colocar a fita, ele segurou minha mão e disse: -Essa música me da força me trás lágrimas aos olhos e todas as vezes que estou” meio sei lá”. Escuto ela e na lembrança o amor da minha Flor Goiana que trouxe ao mundo você meu fruto. - Agora coloca a fita!! -Em silêncio olhe o que o para-brisa tem a mostrar e sinta a música a qual faz teu Pai escorrer pelos olhos .
(Musica: Caminhoneiro – Chitãozinho e Xororó) 
 Eu olho na mão de meu Herói ao cambio, seu pé no acelerador com uma tatuagem escrita, a mesma mensagem da bandana do Bruto (- Andar com fé eu vou-) no meio do para-brisa um adesivo do rosto de Jesus Cristo com o cabelo cobrindo um lado do rosto, enquanto o outro lado do rosto retrata o sacrifício, um pouco de sangue no coração de Cristo.

Meu Herói diz de quão é sábio é o homem que se modela, lado a lado, de igual sua Amada e diz:- Minha Amada é uma Flor que precisa ser cuidada regada, que precisa de boas conversas, de alegrias e ser realizada na vida, para que ela te realize. - Tudo vem mais fácil do Amor, o mais difícil é fortificar esse Amor e isso é uma missão para dois, não adianta um estar a frente e o outro atrás, tem que ser na igualdade, tirar o melhor um do outro, senão for pra ter paz filho!! Abandona que é sofrimento certo e desperdício de vida, pode até ser que tenha outra vida, mas nessa pele é só essa. - Então cuida de você e de quem estiver em seu coração, ao seu lado. Eu no meu entender disse:- Pai gostei mais ainda do nome da Mãe FLOR combinar com Amor.- gostei ! Achei da hora.

Inicia-se a subida da serra, o motor do Bruto sob pressão, eu a olhar a bandana do caminhão do Herói do Vermelho que dizia, (Cuida de Mim Pai). Fiquei comovido, olhei ao retrovisor o escape soprando, a poeira na rotação contínua da marcha reduzida, a neblina começa tomar conta. No PX o Vermelho descrevia da gigante Lua, de uma estrela cadente e um pedido em grito Pai do Céu serei caminhoneiro, um brasileiro que aos seus olhos passa o tempo, cenas tão grandiosas  quanto essa Lua, essa Serra que ecoa a subida dos Brutos e reflete na bela pintura do ônibus, tão linda carrega a imagem de uma menina feliz. A Saudade de meu Herói de sua Heroína na foto carregada no painel dentro da Bíblia, do dizer na viagem ao seu Vermelho de saber viver apenas na liberdade da estrada, só em seu mundo em suas viagens com a certeza de tarefa cumprida a cada chegada ao seu segundo lar e ensinar ao vermelho o valor do Bruto que metade do que ganha é despesa de combustível e a outra metade é manter seu lar, seu imóvel e que seu amor e cuidado com seu lar móvel e Bruto é mais que preciso, pois aqui eu vivo e sobrevivo. -  Não é fácil, é difícil, mas eu amo o que faço e é assim... Quando tem amor se faz bem feito. - Tu não vês o pão e os biscoitos de sua Mãe na feira? -Também tem amor, só que de uma forma diferente, pois lhe afirmo pequeno Vermelho, sem o amor naqueles pães, naqueles biscoitos, eu não conseguiria sozinho vencer o dia a dia, vencer a vida. - Tu também és uma construção do amor lá atrás.

No outro Bruto já chegando a uma cidade, curioso o Polaco pergunta Pai: - Qual é desses homens à beira da estrada que acenam com a mão aos Brutos? Seu Herói responde: - São “Chapas”, pessoas que nos ajudam encontrar endereços e descarregar os Brutos. Eu entendi a importância deles e ao som do PX aparece o Vermelho cantando essa musica e
 ( Musica: Viajante Solitário Cezar e Paulinho )
os Brutos que se conectaram ao Vermelho no PX faziam sinais de luz e musica de buzina a ar. A viagem seguia ao anoitecer já parados em um posto. Hoje era Churrascaria! Pensa a alegria! Mas nem era da carne e sim a variedade de sobremesas. Sentamos gratos a boa viagem  dirigida por homens, mas guiada por Deus. Saímos da churrascaria fomos em direção a cozinha do Bruto, um chimarrão, conversas e de repente Heróis de todo lado desse Brasil, mesmos sotaques e jeitos diferentes, falando uma língua só, aprendendo um com o outro sobre cargas regionais, dando dicas sobre caminhos, outros lugares onde já foram, conversando sobre seus Brutos, contando suas historias, falando de sua cidade tatuada atrás do caminhão.
Naquele momento eu já sentia saudade de minha cama, percebi que eu apesar de brincar na cabine e gostar muito dos Brutos, não tinha o amor preciso e o brilho nas palavras do Vermelho, pois meu sonho ainda não tive, mas o dele era o mesmo do Pai.

Amanheceu, descarregamos me despedi do Vermelho, eles iam carregar mamão para o Sul e nós íamos procurar uma carga para voltar pra casa e na sorte e bênção de Deus vamos conseguir.
Já há muitos quilômetros rodados e nada. Um Bruto logo à frente parado, meu Herói para e o motorista relata que precisa chegar com a carga, mas seu Bruto não aguenta e eu tocado chamo meu Herói de canto e peço que leve a carga. Fiquei comovido ao ouvir o motorista relatar que, ou ele consertava o caminhão ou pagava a prestação. Assim meu Herói fez,  o motorista grato, meu Herói transferiu o valor da carga na conta do motorista e fomos.... Após de ser baldeada e enlonada a carga, levamos ao seu destino.
Eu sentindo muita saudade da Mãe, de jogar bola na rua, brincar de se esconder, fazer travessuras, mas levo a lição do valor da comida a mesa, de fato sei do suor do meu Herói que cantava essa musica cheia de emoção ao voltar para seu lar regar sua Flor..
( Música: Tocando em frente - Sergio Reis)

terça-feira, 2 de abril de 2019

Tudo Me Lembra Você 💕 SamBennett (Vídeo)

Éh! Meu Amor, tudo me lembra você.
  ----
Quando observo o mar em calma,
Eu me lembro dos seus olhos
que desnudam minha alma.

Quando vejo os pássaros voando
Eu me lembro dos dias alegres
que passamos conversando.

Quando olho a chuva no anoitecer
Eu me lembro das noites
que seu amor me faz estremecer.  
 
Quando ouço nossas músicas
Eu me lembro dos momentos
lindos que me dedicas.
 
Quando contemplo a lua cheia
Eu me lembro das madrugadas
intensas que só ela espreita.
 
Quando vislumbro aquela linda flor  
lembro-me que,
Você é meu primeiro e único amor.  
 
-Samantha Bennett-
02/04/2019
Musica/Letra/Tradução: I Remember You - Skid Row

Nossas💞Músicas

sexta-feira, 29 de março de 2019

Eu Acredito - SamBennett (Vídeo)


Eu acredito no amor incondicional,
Aquele com perfeitas imperfeições.
Isto é: - valoriza tanto as qualidades 
quanto os defeitos da pessoa amada.

Eu acredito no amor que se doa
Aquele que dá tudo de si mutuamente.
Isto é: - o equilíbrio entre o dar 
e o receber no relacionamento.

Eu acredito no amor intenso,
Aquele que da sensação de estar submerso.
Isto é: pode ser confuso e avassalador, 
mas também vital e revigorante.

Eu acredito no amor transparente
Aquele que coloca as cartas na mesa.
Isto é: -ambos abrem seus corações, 
arriscando tudo, mesmo sendo difícil.

Eu acredito no amor infinito
Aquele que é o  fim e o início.
Isto é: - não se imaginam um sem o outro
O que é pra vida toda.

-Samantha Bennett-
 29/03/2019

Musica/Letra/Tradução: All Of Me  - John Legend 

A música fala da reciprocidade e a coragem de se expor completamente, 
mesmo diante dos riscos.

domingo, 24 de março de 2019

O Poder do Amor - Rodrigo 'cC'

Música: Heatseeker - AC/DC 

O Poder do Amor
(Rodrigo 'cC')

Curitiba Paraná 1993... 

Um role para testar o motor de Opala no Chevette 77, nós o chamávamos de “astucioso” era sonho de Piá desde os tempos do carrinho de rolimã nas decidas de nosso role mãe Colombo Paraná. 

Minha "barca" é extensão de meu corpo, a musica é quem gera a emoção, o ronco do motor é quem da adrenalina, mas o role é de boa. Passamos no Parque São Lourenço para andar de rolimã com meu primo sempre junto.

Desde pequeno nos tornamos complementação um do outro, eu mais malandro e ele cuidadoso, tímido e ainda virgem. As meninas ficavam doidas no Primo. Ele era mais novo que eu, mas eu gosto dele, desse jeito de se guardar para o amor verdade. 

Eu já estou sofrido, de coração partido, não entro em qualquer conversa, o sentimento é sim um lugar muito íntimo. Sou apreciador das mulheres, sei que elas gostam de atenção, de sentir sua voz de igual pra igual, elas precisam sentir o ciúme moderado para sentir o cuidado. Minha mente sempre foi aberta para perceber as pessoas, prestar atenção nelas, seu jeito, seu comportamento e converso mesmo, não tenho medo de chegar, gosto de flertar com os olhos, mas olhos sem vida não me interessam, sou egoísta, não tenho afeição à psicologia, quero saber de mim, não minto, nem prometo, mas tenho certo talento com as palavras e boas palavras abraçam, fazem sorrir e gargalhar até deixar as bochechas vermelhas e quentes e nesse meu jeito de ser, eu vivia muito bem. Não levava nada adiante, mesmo sabendo de quantas meninas maravilhosas cada uma com seu ponto atraente, ainda assim eu preferia fechar meu coração e olhar apenas para mim.
Meu Primo esperava o dia dele e em seu respeitoso silêncio havia um dançarino desinibido, um avesso a si mesmo. Decidimos passar no Shopping Mueller, centro de Curitiba. Ao entrar no Shopping descia um Del Rey conversível, os olhos de meu primo brilharam quando ele disse:- Tu viu aquela Princesa? Preciso conhecer ela! Olhei no retrovisor a placa era de Foz do Iguaçu, ele voltou me olhar e disse: - Eu vi nos olhos dela que ela é minha.- Eu dei uma olhada, dei um sorriso, estacionei o Chevette 77 ao lado de um Monza no qual a placa também era de Foz do Iguaçu. Surgiu uma espalhafatosa dizendo: - Seu tio já foi? Um Piá respondeu: - Claro! Olha a sua demora!  - Vamos logo, eles já devem estar na Ilha do Mel. 

Eu mais que ligeiro entrei no Shopping Mueller, saí lá na frente, atravessei a rua dei a volta na quadra e fui ao passeio Público, fiquei viajando nos animais, pirando com os macacos e meu primo viajando em sua Princesa. 
Atravessei a rua, fomos dar um role de roda gigante no Parque Alvorada, trem fantasma, carrinho bate-bate e meu Primo só na imaginação, criando sua vida com sua Princesa.
Era Carnaval eu não aguentava mais aqueles olhos de quem quer muito. Dei uma ficha telefônica a ele e pedi que avisasse em casa que iríamos para praia e assim ele fez.
Eu queria testar o motor de Opala seis "canecos" no Chevette 77. Passei na loja Mesbla, compramos umas bermudas, camisetas e descemos sentido a Ilha do Mel. Até chegar ao topo da serra na Br 277 sentido praia, fui de boa. Coloquei minha fita, equalizei o tojo, aumentei o volume, o carro e eu nos fundimos com a música,
Música: Nowhere Fast - Streets of Fire
o pé vai sentido assoalho, a mão ao cambio, curvas diversas, entre reduzidas, trocas habilidosas, uma ou outra a mão ao freio de mão, fazia o Chevette sem as rodas para fazer as curvas e entre fumaças surgia o astuto Chevette 77, nos retrovisores, carretas e movimento pouco. Já é meia noite, a lua em três dias irá sorrir. Ao terminar a descida da serra, retiro o pé do assoalho e seguimos viagem.
Chegamos a Pontal, entro no barco, olhando o Chevette 77 de coração apertado, fomos à procura da Princesa para dar um sentido à vida de meu Primo.
Diz ele que o mais belo Amor é o dos puros que desde cedo levam a vida juntos na ideia da verdade de o amor ser um só. Eu às vezes até sonho quando viajo em pensamento sozinho que talvez um dia o amor me encontre, pois eu ainda não sei sentir ele, por muitas nem mesmo por mim, então procurar o que?  Mas, vai que vai, barulho da "barca" da travessia, o sorriso de Piá faceiro no Primo e é essa mesmo a ideia:  a pessoa quem gostamos e não querer dizer, que isso que aquilo. Não temos esse direito né? Pra que? Se a vida já é um se vira louco e alma dia a dia pra mim não serve, eu me preservo.
Meu Primo então que não faz mal nem a ele. Eu já sou mais terrível um pouco e legal. –Ah! Como é bom ser livre, pensar. Que delicia ir e vir de pé ou de ponta cabeça. É assim que eu me sinto bem, nem adianta eu querer me envolver, a menina vai sofrer. Sou largadão demais para que me cuidem, nem pra minha mãe digo de mim, fujo de conversa séria e em casa com meu Pai não rola desde muito cedo. Sou assim. Meu Pai xucro, sem vergonha até com as cunhadas se der mole, minha mãe pilar, guerreira família. Minha irmã só de corpinho com os caras pra pagar faculdade, meio estranho, mas é assim.
Já na casa do Primo se é grato até a um copo de água, tipo outro mundo, a casa da avó, mesmas conversas, lembranças e comidas, mas é isso mesmo de todo tipo, cores e aparências. São as famílias que brigam e brincam.

Já na Ilha do Mel, meu Paraná encantado, enfim o chão e os dois sem barraca e nada além da alegria em um bolso e em outro dinheiro. Chego a uma pousada, eu já dei um jeito de ir pescar. Com meu jeito gentil e fácil de lidar, com aquela fome que a alegria causa.
Voltando da pescaria, encontro a tia espalhafatosa toda toda se achando, e podia, porque  naquele biquíni ela estava muito menina, mas a Princesa não estava junto dela. Eu mais que malandro desviei o caminho e vi onde eles estavam acampados, pois naquela hora eu estava até mais interessado na tia que meu Primo na Princesa.

Voltei a pousada, dominei a cozinha, nem falei nada ao meu Primo que ia rolar uma fervo no camping onde estava a Princesa e assim foi...
Na cozinha da pousada, eu a fazer peixe para todos que ali estavam, muita harmonia, a música "Daddy Cool" rolando e meu Primo em seus passinhos perfeitos com  graça em sua ginga. Ali me senti voltando no tempo, cheio de alegria e sorriso bobo acabei entrando dança. 
Jantamos. Eu no grau da cerveja, aquele toque simpático, ousado que fala, conversa e mais meu jeito. Quando me dei conta, nem sabia o nome da menina.

Saí da pousada e fui com meu Primo até sua surpresa envolta a Princesa e assim fomos.  Quando a Princesa viu meu Primo quase levitou em um sorriso, até eu que sou desprovido de sentimentos me comovi. Ali eu acreditei!! O amor existe!!!  Peguei uma cerveja, meu Primo um suco e cada gole que eu dava, mais cara de pau eu ficava. Já me envolvi, fiz amizades com as meninas de Maringá que ali estavam, "deram ideia" e eu fui brincando sorrindo, o carnaval rolando, apenas violão e percussão.

O Pai da Princesa com aquela cara de mal, mas logo percebi que era só cara, nem olhava pro lado. A Patroa devia ser da braba. 

Naquela noite a lua quase em sorriso, num momento de bebedeira do Pai que apagou dando a chance para o encontro. Iniciaram a conversa entre o Primo e a princesa com brilho nos olhos. 
A tia espalhafatosa me acompanhou, fomos ao mar. Lá fora os dois a namorar, olhando a lua, cena perfeita, enquanto eu sem vergonha, na segunda intenção com a tia e em meio as palavras, ela se sentiu a mais bela e desejada, aí foi o primeiro passo a fazê-la se sentir realizada. Assim ambos, no outro dia durante uma conversa, ela contou-me que a Princesa estava muito doente e que esse passeio veio para lhe realizar um desejo e que tudo esta indo mais lindo que o impossível. Então eu de coração apertado, nó na garganta de saber que a Princesa sofre "uns apagos” sem um porque e que por várias vezes sua vida correu e corre risco, mas como vou contar ao Primo isso tudo?  Resolvi não falar nada, apenas peguei o contato da tia, em Foz do Iguaçu.

Assim os dias foram passando, a Princesa era só alegria que até o Pai havia percebido e nesses dias eu
vi o amor, seu poder e fiquei tocado.

Voltamos a Colombo nossa cidade mãe. Eu com aquilo na cabeça sobre a saúde da Princesa e o que eu vi o amor fazer. Então liguei para a tia espalhafatosa e ela contou-me o quanto a Princesa melhorou, que não havia tido mais aqueles "apagos" ou ficado por segundos sem respirar e na graça do Anjo sempre volta, mas deixa o medo de que não volte, a medicina não consegue explicar.
Peguei meu Primo fomos pra Foz do Iguaçu, ficamos na casa da tia espalhafatosa e ali em cada passo, de mãos dadas, naquelas cenas tão belas dos passeios nos parques de Foz do Iguaçu, eu vi amor e vontade de viver. Na minha mente de desacreditado, acreditei que o amor que um tinha pelo outro podia ser a cura.

Voltamos a Colombo. Passado um tempo, a tia espalhafatosa veio a Colombo na casa do Primo, ambiente educado e abençoado. A tia espalhafatosa veio posar em minha casa e assim criamos nossa amizade colorida.

Os meses foram passando, não havia dado mais nenhum ataque na Princesa, ela estava curada pela maior força no mundo “o Amor” que é capaz até mesmo de afastar a morte, é energia viva, divina que precisa de duas almas fundidas se completando que tornam um único gigante chamado Amor e que sim é o mais lindo e também a mais difícil conquista em vida. 
Dois anos se passaram... 

A caminho da Ilha do Mel onde o primeiro beijo foi dado. Voltamos eu com uma nova garota no banco do passageiro do Chevette 77, olho no retrovisor o amor estava ali no banco de trás de mãos dadas e ele cantava essa musica a sua Amada .

 Musica/Letra/Tradução:You and I - Scorpions 
 
 24/03/2019