O seu relacionamento original não é meramente ao nível da personalidade, é ao nível da alma, é uma ligação eterna.
A maioria das nossas relações não são assim tão profundas, mesmo que possam parecer. Por exemplo; podemos amar os nossos parentes, os nossos pais, filhos, irmãos, companheiros, etc mas, ainda assim não serem, necessariamente, ligações ao nível da alma. Podemos partilhar a vida, histórias, momentos, etc, com outros seres e ainda assim não estarmos ligados ao nível mais profundo e real da existência. Podemos ter amantes com quem compartilhamos paixão e profunda intimidade e, em seguida, por uma razão ou outra, tudo se dilui.
Então, como pode isso acontecer? Como podemos sentir que amamos outro tão profundamente e depois descobrir que o amor e conexão se esvaíram sem que se consiga reencontra-las? Eu acredito que é porque a conexão não estava ao nível da alma.
Conexões da alma são eternas. Qualquer relacionamento que temos, não importa o quão doce, amável, íntimo ou aparentemente significativo, irá, no final, ser apenas físico e temporário. Esta verdade pode ser difícil de suportar, especialmente quando experimentamos essa sensação em relação às pessoas que nos são muito, muito chegadas e com as quais partilhamos a vida e a nossa intimidade.
É só quando nos encontramos no outro e reconhecemos mutuamente o mistério da vida, a verdade metafísica que transcende tudo o que é conhecido pelos sentidos físicos, que experimentamos e reconhecemos aqui, na matéria, uma conexão eterna.
O amor mútuo, admiração e respeito um pelo outro são intocáveis, infinitos, um vínculo eterno.
Sempre conectadas a um nível Divino, etéreo, mesmo quando na vida física são forçadas a separarem-se ou impossibilitadas de caminharem juntas, continuam a sentir-se através do tempo e do espaço."
Andrew Cohen
04/01/2019
