domingo, 6 de novembro de 2016

“O Amor é Para os Raros” - Gustavo Lacombe


Cada vez mais eu tenho certeza de que um Grande Amor não morre. Sim, esses de letras maiúsculas e histórias bonitas. Não morre porque, mesmo depois do fim, ele continua na gente como reticência. E não digo isso por ainda carregar algo do passado comigo com a mesma força, mas porque a grandeza do sentimento fica com toda a força que o fez ser lindo.
E isso nada consegue apagar.
Pode ser que exista uma série de motivos para se esquecer a pessoa, ter raiva da pessoa, não querer ver a pessoa. Pode ser que todo aquele carinho de casal seja substituído por uma amizade ou que até mesmo vire um grande nada. Ainda assim, os momentos vividos intensamente sob a guarida do Amor, ficam impregnados nas paredes da memória.
Acredito, então, que toda relação depende da recíproca para se manter ativa. Se um dos dois começa a perder o interesse, o equilíbrio se desfaz e o inevitável fim não mata tudo que passou. Ele apenas te faz enxergar novos caminhos, novas pessoas, novos jeitos de ver a Vida e coloca todo aquele sentir num outro lugar.
O Amor deixa de lado a vida na suíte e se muda para um quartinho nos fundos.
É claro que você pode ter uma opinião diferente dessa, mas é super óbvio pra mim que os exemplos, os instantes, as lições e tudo de bom que foi provado a dois se petrifica na história. Enraíza, abraça, gruda. Mesmo que seja apenas uma lembrança, tenho certeza que conseguirá arrancar sorrisos por descuidos – que podem fazer doer, eu sei.
O Grande Amor que se vai é isso, uma cicatriz esquecida a enfeitar os dias.
[ Gustavo Lacombe ]
“O Amor é Para os Raros”
06/11/2016